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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 27.09.23

Vata

Francisco Chaveiro Reis

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Golo mais famoso com a mão só o de Maradona. Vata, avançado angolano, foi muito mais do que esse golo, desde logo por todos os outros que marcou. Vata Matanu Garcia, hoje com 62 anos, começou a jogar em Angola, no Progresso Sambizanga. Veio para Portugal reforçar o Águeda, em 1983 e logo saltou para quatro bons anos no Varzim. Com a companhia de Bobó, marcou 7 golos no primeiro ano, chegando às meias-finais da Taça. No segundo ano, já na segunda divisão, marcou por 19 vezes. No regresso à primeira divisão, 8 golos, com a ajuda de Rui Barros e Lufemba. Ficou mais um ano e marcou mais 11 golos.

Seguiram-se três anos ao serviço do Benfica, que lhe deram fama e proveito. No primeiro ano, foi o melhor marcador do campeonato com 16 golos, à frente de Jorge Silva (Marítimo) e do paraguaio Amâncio (Penafiel). Foi campeão com Abel Campos, Pacheco, Magnusson ou Diamantino Miranda. Chegou à final da Taça marcando o golo do Benfica na derrota por 2-1 contra Os Belenenses. No ano seguinte marcou por 16 vezes, sendo Rui Águas o maior goleador do clube. Venceu a Supertaça num 4-0 aos Belenenses em duas mãos, com 1 golo de Vata. Chegou à final da Liga dos Campeões. Nas meias, o Marselha venceu 2-1 em casa. Na Luz, 1-0, com golo de Vata. O tal com a mão. Deu a presença na final. Na despedida, foi campeão, mas jogou muito menos e ainda marcou 3 golos.

Mudou-se para o Estrela da Amadora onde se ficou pelos 3 golos. No Torreense, não marcou. Passou um ano em Malta e despediu-se após cinco anos na Polónia. Por Angola, 20 golos em 65 jogos.