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Visão do Peão

Visão do Peão

Sab | 23.09.23

Chiquinho Conde

Francisco Chaveiro Reis

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Hoje há Chiquinho, até há pouco tempo houve Chiquinho Carlos a jogar até aos 44 anos, depois de jogar mais a sério por Flamengo, Benfica e Guimarães e houve outro Chiquinho, Conde, moçambicano que brilhou de verde e branco. Nasceu na Beira, Moçambique, há 57 anos e começou a jogar no Maxaquene, onde chegou a ser campeão. Aterrou em Lisboa em 1987 para quatro anos nos Belenenses.

Na estreia, 8 golos, mesmo com a grande concorrência de Chico Faria, Mladenov e Mapuata. Esteve no 1-0 ao Barcelona no Restelo. Na segunda época, 10 golos e um título. Venceu a Taça de Portugal ao Benfica. No ano seguinte subiu para os 13 golos, perdendo a Supertaça e chegando às meias finais da Taça. Na Taça das Taças, caiu à primeira ante do Mónaco de Weah. Já com Chalana no plantel fez um último ano com apenas 3 golos e a descida de divisão do clube. Foi para Braga, marcar 5 golos ao lado de Chiquinho Carlos e Forbs. Regressou ao sul para duas belas épocas em Setúbal, com 27 golos. Na primeira, a fazer dupla com Yekini marcou 12 golos e muito ajudou à subida. Na segunda, 15 golos na primeira divisão e um belo 6.º lugar. Para além de Conde e Yekini, o Vitória tinha, ainda…Chiquinho…Carlos.

Em 1994-1995 tornou-se reforço do Sporting, sendo suplente de Juskowiak e Cadete. Marcou 3 golos, todos decisivos. Primeiro, fez o 2-1 final na vitória ante dos Belenenses. Fez o segundo golo no 2-2 com o Boavista e o único golo leonino no 1-1 em Santo Tirso. Nem no banco esteve, mas fez parte do plantel vencedor da Taça, tal como no ano seguinte, fez parte do plantel vencedor da Supertaça. Em janeiro de 1996, regressou a Belém, sem golos e regressou no ano seguinte a Setúbal, fazendo 7 golos. Passou depois pela MLS, marcando 7 vezes pelos New England Revolution. Nos Tampa Bay Mutiny não marcou e regressou a Setúbal.

No Bonfim, mais 6 golos no regresso, com a ajuda de Kasumov ou Amaral. No ano seguinte, já com a ajuda de Toñito, subiu para os 16 golos e no último ano em Setúbal, já com Maki e Meyong, fez mais 7 golos. Veterano, passou por Alverca, Portimão e Albufeira (Imortal).

Por Moçambique, 12 golos em 43 jogos. Esteve nos CAN de 1986, 1996 e 1998. Não contando com Eusébio, Coluna ou Matateu, é um dos melhores moçambicanos de sempre, discutindo o título, provavelmente, com Tico-Tico (destacou-se na liga sul-africana e na seleção) e Dário (grande figura da Académica).