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Visão do Peão

Visão do Peão

Ter | 12.09.23

Chico Gordo

Francisco Chaveiro Reis

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Bernardo Francisco da Silva ficou conhecido no mundo do futebol como Chico Gordo e tornou-se no segundo melhor marcador da história do Sporting de Braga. Nascido no Lobito em 1949, faleceu em 2000, com apenas 51 anos enquanto trabalho numa fábrica. Chico começou a ser goleador no FC Lobito, chamando a atenção do FCP que o foi buscar. Teve passagens sem muitos golos pelas Antas e depois passou por Tirsense e Lusitânia Lourosa.

Mas foi no Braga que entrou para a história. Jogou lá entre 1975 e 1980, marcando 89 golos, como avançado possante. Em 1977 ajudou na caminhada até ao Jamor, que acabou com uma derrota ante do FCP, com golo de Fernando Gomes. No ano seguinte marcou 30 golos numa época, com a ajuda de Chico Faria e Nelinho, entre outros. Na sua última época em Braga, venceu a Taça de Honra. Aos 31 anos, chegou a Setúbal para duas épocas e 13 golos. Jogou ainda por Beira Mar, AD Guarda e Macedo de Cavaleiros, antes de se retirar.

Foi internacional por Portugal, 5 vezes pelos juniores e 1 pela seleção B.

Ter | 12.09.23

O Newcastle e a adidas

Francisco Chaveiro Reis

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Vendo o quarto episódio da série da Amazon Prime dedicada ao novo Newcastle United, assistir, a partir do meu tablet, a uma reunião entre a direção dos Magpies e a adidas tendo em conta o regresso da marca alemã ao fabrico de equipamentos para o gigante adormecido do nordeste inglês. Será um regresso feliz, com certeza, já que esta foi uma das parcerias mais icónicas de sempre do mundo do futebol.

Depois de 13 anos com a Umbro e dois com a Asics, o Newcastle juntou-se à adidas em 1995, ficando com a marca até 2010. Em 1995, nasceram dois dos mais bonitos equipamentos de sempre. A camisola principal apresentava um look vintage com um colarinho à antiga e botões até ao peito. Era um piscar de olho à história. Já o alternativo, tendo mesmo colarinho, era inovador, com listas horizontais a cor de vinho e azul, ao contrário dos amarelos ou verdes usados até então. Até as camisolas de guarda-redes eram bonitas.

No ano seguinte repetiu-se o primeiro equipamento, mas nasceu um segundo que também ficou na história. Em azul, com uma barra preta e as três listas brancas da adidas no peito, a segunda camisola destacava-se ainda por um colarinho em v, grosso. O patrocínio da Newcastle Brown Ale também ajudava ao mito. Nessa época, 1996-1997 foi apresentado um fantástico equipamento de guarda-redes, em laranja com o desenho do horizonte da cidade, a preto.

No ano seguinte, mais uma obra prima. O primeiro equipamento ganhou mais riscas, mais finas, manteve uma bonita gola redonda e os logotipos de clube, adidas e patrocinador foram alinhados ao centro. Nas costas, o número e nome de craques como Asprilla (marcou 3 ao Barcelona com esta camisola), estavam enquadradas por um bonito escudo. Melhor, só o alternativo. Azul, com padrão, tinha pormenores verdes e laranja. Um dos mais icónicos de sempre, do Newcastle e de todo o mundo. Nessa época destacou-se ainda uma camisola de guarda-redes laranja com um padrão de espirais a preto. No ano seguinte, o maior destaque foi o equipamento de guarda-redes onde um dos cavalos marinhos do escudo do clube aparecia em grande.

Em 1990-2000, apareceu uma camisola principal mais simples e normal, mas com um colarinho cheio de classe e com pormenores a azul. Mais geométrica e com menos rasgo, a camisola alternativa, sobretudo branca também cumpria bem o seu papel. A tendência de maior risco parece ter ficado nos anos 90 mas até 2010, a adidas continuou a fazer bons equipamentos, lembrados sobretudo pelos golos de Alan Shearer.

Destacaria o alternativo de 2006-2007, que regressou à combinação cor de vinho e azul.

No último ano, a adidas apresentou três equipamentos com listas verticais, sendo o segundo em tons de amarelo e o terceiro em azul e preto. Resultava mas o melhor, tal como o futebol da equipa, ficara nos anos 90.

Ter | 12.09.23

Goleada histórica

Francisco Chaveiro Reis

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Portugal venceu o Luxemburgo por 9-0, no Estádio do Algarve, com bis de Inácio, Ramos e Jota e com Fernandes, Horta e Félix a fecharem as contas. A seleção continua a ter um registo perfeito, somando por vitórias todos os jogos disputados na qualificação para o Europeu do próximo ano, levando 24 golos marcados e 0 sofridos. Esta é mesmo a maior goleada de sempre de Portugal, superando os 8-0, conseguidos por três vezes, duas contra o Liechtenstein (em 1994 e 1999) e uma contra o Kuwait (em 2003).

Não gosto das convocatórias de Martinez, que parecem pouco ou nada mudar, ignorando jogadores em destaque nas semanas anteriores, mas não há como negar os bons resultados de um treinador que além de entregar resultados, se esforça por falar português, canta o hino e dá mostras de estar absolutamente rendido ao projeto.

Ontem destacou-se Bruno Fernandes, autor de três assistências e de um golo. Estiveram bem Gonçalo Ramos, a jogar perto de casa e a dar nas vistas no lugar do castigado Ronaldo; Gonçalo Inácio a justificar a titularidade com dois golos e com boa saída de bola e ainda, Jota, pragmático e objetivo em frente da baliza.