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Visão do Peão

Visão do Peão

Seg | 17.07.23

Os heróis de Malta

Francisco Chaveiro Reis

O caminho dos sub-19 até às equipas A pode ser tortuoso, mas acabado o Euro de sub-19 há vários jogadores que ficam na retina e devem ser acompanhados de perto:

Gabriel Brás – Numa altura em que Pepe e Marcano caminham para a reforma, Gabriel mostrou-se um belo central que pode ter um grande futuro no FCP, defendendo bem e marcando por duas vezes. Tem que crescer, claro, mas promete muito;

Gonçalo Esteves – Após um ano apagado, em que pouco jogou no Estoril e no regresso ao Sporting, esteves parece ter voltado ao seu melhor e grita por uma nova oportunidade a Ruben Amorim;

Martim Marques – A caminho da Suíça, após muitos anos no Sporting, Martim foi uma das grandes estrelas da equipa, fazendo o corredor com classe;

Hugo Félix – O playmaker do Benfica fez um grande Euro, fazendo 3 golos e 2 assistências;

Gustavo Sá – O médio do Famalicão marcou 2 golos e fez 3 assistências e virou os olhos de muita gente;

João Vasconcelos – O médio do Braga, que deveria ter entrado ontem, também fez 2 golos e foi uma espécie de arma secreta;

Carlos Borges – O extremo do Manchester City foi sempre um velocista que levou perigo pelas alas;

Rodrigo Ribeiro – O goleador das camadas jovens do Sporting, marcou 3 vezes e 3 assistências e provavelmente foi o melhor jogador de Portugal.

Sab | 15.07.23

Gascoine

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (10).pngGazza é um dos muitos casos de grandes jogadores que poderiam e deveriam ter sido melhores do que foro. No caso de Paul Gascoine, antigo internacional inglês, parece ter sido o álcool a meter-se no seu caminho, tal como as lesões, e a desvia-lo de uma carreira ainda melhor. O percurso do médio ofensivo, hoje com 55 anos, começou em Newcastle. Depois de 2 jogos em 1984-1985, assumiu-se como titular na época seguinte, aos 19 anos, jogando atrás de Beardsley. Esteve em 35 partidas e fez 9 golos. No ano seguinte, fez mais 5 golos e na sua última época de preto e branco, marcou por 11 vezes. Nada venceu e mudou-se para Londres.

Em 1988 entrou no onze do Tottenham e por lá ficou até 1992. Fez 112 jogos e marcou 33 vezes. Fenwick, Waddle e Lineker foram alguns dos seus companheiros. Venceu a FA Cup em 1991, tendo-se lesionado na final e ficado afastado dos relvados durante uma época inteira. O regresso foi no Calcio, vestindo a camisola da Lázio. Aos 26 anos assumiu-se como titular dividindo o onze com Riedle, Signori, Winter, Fuser ou Favalli. Fez 26 jogos e marcou por 4 vezes. Com problemas físicos, acabou por ter duas épocas fracas e regressou ao Reino Unido, para estrelar os Glasgow Rangers.

Em Glasgow teve grandes momentos. Como figura central, a jogar atrás de Durie e Laudrup, fez 19 golos, foi campeão, venceu a Taça e ainda jogou na Liga dos Campeões. No segundo ano, 16 golos e nova dobradinha. Ainda marcou mais 17 vezes, mas não conquistou mais títulos. Teve algum sucesso no Middlesbrough e no Everton e antes de se retirar ainda jogou por Burnley, Gansu Tianma (China) e Boston.

Por Inglaterra, fez 10 golos em 57 partidas. Esteve no Mundial de 1990 e no Euro de 1996, no qual marcou um grande golo, na estreia, contra a Escócia.

Seg | 10.07.23

Morreu Suárez Miramontes

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 88 anos, morreu Luis Suárez Miramontes, nome histórico do futebol mundial e primeiro Bola de Ouro nascido em Espanha. Conhecido como El Arquitecto, Suarez, nascido na Corunha, começou a jogar pelo Deportivo, passando depois pelo España Industrial, espécie de equipa B do Barcelona. Pelo Barça, jogaria com tremendo sucesso entre 1954 e 1961, fazendo 80 golos em 176 partidas. Com Kubala, Czibor, Kocsis, Ramallets e Evaristo de Macedo na equipa e com Helenio Herrera no banco, o Barcelona de Suarez venceu um campeonato e uma taça. Venceu também o equivalente a duas Ligas Europa. Em 1960, foi eleito Ballon d'Or em 1960, tendo conquistado o pódio em 1961, 1964 e 1965.

Em 1961 seguiu Herrera para Milão, a troco de 250 milhões de liras, sendo o jogador mais caro do mundo de então. Fez 333 jogos e marcou 55 golos. Venceu três campeonatos, duas Ligas dos Campeões e duas Taças Intercontinentais. Jogou com o guarda-redes Buffon (tio-avo de Gigi) e com estrelas como Facchetti, Mazzola ou Jair. Ficou em Itália após os 9 anos no Inter, passando três épocas na Sampdória, despedindo-se dos relvados em 1973. Por Espanha, foi campeão da Europa em 1964 com Josep Maria Fusté, Amancio Amaro, José Ángel Iribar e Jesús María Pereda. Fez 14 golos em 32 jogos.  Foi depois treinador, passando por vários clubes italianos (pelo Inter, duas vezes) e espanhóis e pela seleção de Espanha.

Morreu em Milão.

Ter | 04.07.23

Anderson Polga

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão.png

Foi o primeiro campeão do mundo a jogar no futebol português. Anderson Polga chegou ao Sporting em 2003 e por cá ficou nove anos, vencendo apenas duas taças e duas supertaças. Hoje com 44 anos, Polga formou-se no Grémio onde jogou como sénior entre 1999 e 2003 fazendo 94 jogos e marcando 9 golos. Venceu uma Taça do Brasil e dois campeonatos gaúchos. Tinga, Zinho, Marcelinho Paraíba e Danrlei eram alguns dos seus companheiros. Chegou ao Sporting no verão de 2003 para ser treinado por Fernando Santos e fazer dupla com Beto. No segundo ano, com Peseiro no banco e Enakarhire ao seu lado, quase foi campeão e quase venceu a Taça UEFA, em casa. Época falhada. Em 2007, a primeira festa como leão, com a vitória na Taça de Portugal, frente aos Belenenses, com golo de Liedson e Paulo Bento no banco. Na época seguinte, dois títulos. A começar, 0-1 ao FCP, com golo de Izmailov e vitória na Supertaça. No fim, nova Taça, com um 2-0 ao FCP, com um bis de Tiuí. Nessa época, novo vice-campeonato e derrota na primeira Taça da Liga de sempre. Em 2008-2009, mais um segundo lugar na liga e na taça da liga e o quarto e último trofeu de Polga em Alvalade. Bis de Djaló num 0-2 ao Porto, na supertaça. Em 2012, mudou-se para o Corinthians, onde venceu o Mundial de Clubes. No 1-0 final ao Chelsea, não saiu do banco.

Pelo Brasil, 11 jogos e 3 golos. Estreou-se em janeiro de 2002, num 6-0 à Bolívia, marcando um golo. Faria mais dois em novo amistoso, contra a Islândia. Foi chamado ao Mundial de 2002, jogando 90 minutos contra a China e outros 90, contra a Costa Rica. Vendo, a partir do banco, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho ou Cafu, foi campeão do mundo.

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