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Visão do Peão

Visão do Peão

Alex

Cromos esquecidos da nossa caderneta

31.07.23

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Alex Bunbury, hoje com 56 anos, foi internacional canadiano por 65 vezes, marcando 16 vezes. Muitas dessas internacionalizações aconteceram quando jogava na Madeira. Alex, como era conhecido, destacou-se no seu país pelos Hamilton Steelers, Toronto Blizzard e Supra de Montréal. Em 1992 tentou a sorte em Inglaterra fazendo apenas 4 jogos, sem marcar, pelo West Ham.

Seguiram-se seis anos no Marítimo, fazendo 59 golos, ao lado de Paulo Alves, Mário Jorge, Vado, Soeiro, Edmilson, Bruno, Albertino ou Everton. É o melhor marcado da história do clube, à frente de Baba Diawara, Joel Tagueau ou Gaúcho e jogou a final da Taça de Portugal de 1995, perdida para o Sporting de Iordanov, Balakov, Amunike ou Figo. 1994-1995 foi também ano de receber a Juventus na Madeira, para a Taça UEFA. Derrota por 0-1 com golo de Ravanelli. Em Turim, nova derrota, por 2-1 (golo de Paulo Alves contra mais dois de Ravanelli). Despediu-se das competições europeias ante do Leeds, onde brilhava Jimmy, que também tinha sido goleador em Portugal. Terminou a carreira nos EUA, jogando pelo Sporting Kansas City, onde ajudou a vencer uma MLS.

Hubart

Cromos esquecidos da nossa caderneta

29.07.23

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Antigo guarda-redes belga, Guy Hubart, hoje com 63 anos, ficou conhecido em Portugal por ter marcado um golo em 1994-1995, de cabeça, na sequência de um canto. Foi o golo que deu o empate ao Estrela da Amadora ante do Desportivo de Chaves. Hubart jogou pelo RFC Liege de 1979 a 1986, atura em que chegou a Portugal. Entrou pela porta do Boavista, onde teve altos e baixos. Na estreia, assumiu-se como titular, fazendo 23 jogos; no ano seguinte perdeu o lugar para Alfredo, voltando a ser dono da baliza em 1988-1989, fazendo mais 35 jogos. No ano seguinte Alfredo voltou à baliza e o belga jogou apenas 10 vezes e na época seguinte, 17. Em 1991-1992, Hubart não jogou, tendo a baliza ficado, sobretudo para o croata Pudar, vindo do Sporting de Espinho.

Em 1993 chegou à Amadora onde começou por ser suplente de Carlos. Só em 1993-1994 e em 1994-1995 se assumiu como titular, fazendo um total de 56 jogos. Regressaria a Liege para duas épocas no Standard, somando apenas 10 golos.

Edinho

Cromos esquecidos da nossa caderneta

28.07.23

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Hoje com 56 anos, o brasileiro Edinho fez história no futebol português como goleador de Portimonense, Chaves ou Vitória. O seu percurso começou no seu Brasil, defendendo CSA e Avaí. Chegou a Portugal em 1990 para jogar (pouco) pelo Olhanense. Na segunda época, já marcou 4 golos na segunda divisão e trocou Olhão por Portimão, onde fez mais 3 golos. Explodiu em 1993-1994 marcando 16 vezes pelo Portimonense. Chegou à primeira divisão no ano seguinte, defendo as cores do Chaves e marcando 14 vezes na estreia. Subiu de nível e juntou-se ao Vitória. Em Guimarães, mais 16 golos e estreia nas provas europeias, ao lado de Gilmar, Zahovic, Paneira, Capucho ou Tanta.

Nem duas épocas fez no Vitória, já que o Bradford o veio buscar. Começou com 5 golos na segunda divisão inglesa, subindo para 10 no ano seguinte. Em 1998-1999 fez mais 7 golos na Grã-Bretanha, já pelos escoceses do Dunfermline, por empréstimo. Regressou a Portugal em 1999 para mais dez anos, entre União de Lamas, Vizela, Olhanense, Portosantense, Juventude de Évora, Juventude Campinense e Farense. Despediu-se aos 42 anos. No ano passado, treinou o Farense B, após já ter sido adjunto de Farense, Olhanense, Aves ou Inter Almancil.

Drulovic

Cromos esquecidos da nossa caderneta

27.07.23

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Começou por brilhar no Gil Vicente e chegou ao Benfica, mas foi no FCP que Drulovic se tornou num mito do nosso futebol, sobretudo pelas milhentas assistências feitas a partir da esquerda. Ljubinko Drulovic, hoje com 56 anos, começou a jogar pelo Sloga Pozega antes de se mudar para o Rad Beograd. A Portugal chegou em 1992 para reforçar o Gil Vicente. Em Barcelos, 32 jogos e 10 golos, ao lado de Tuck, Cacioli, Tueba, Laureta, Miguel ou Brassard. Fez mais 7 golos antes de ser contratado pelo FCP.

Nas Antas, pegou de estaca e na estreia, fez 13 golos e 2 assistências ajudando a vencer a Supertaça e a Taça de Portugal. Eram os dias de Bobby Robson no banco e de uma constelação de estrelas: Domingos, Folha, Kostadinov, Paulinho, Rui Barros ou Baía. No ano seguinte, mais uma Supertaça e o seu primeiro campeonato. Ao terceiro ano, mais um campeonato. Fez um total de 225 jogos, marcando 40 vezes. Venceu 5 campeonatos, 5 Supertaças e 4 Taças, ajudando goleadores como Domingos, Jardel ou Pena a estarem na lista dos melhores marcadores.

O destino seguinte seria o Benfica, numa mudança surpreendente, mas o Benfica de então não era propriamente um grande rival e o sentimento de amor dos adeptos azuis e brancos manteve-se em relação ao sérvio que ainda fez 50 jogos pelo SLB. Seguiu-se uma curta passagem pelo Partizan na Sérvia e um regresso a Portugal para uma última época, no Penafiel. Despediu-se aos 36 anos.

Drulovic jogou 38 vezes pelo seu país e marcou 7 golos. Ainda como Jugoslávia, esteve no Mundial de 1998 e no Euro 2000. Seguiu-se uma carreira de treinador, sendo o ultimo trabalho, uma passagem pelos sub-23 do Usbequistão, 2020, depois de ter treinado Tourizense, 1.º Agosto (Angola), a seleção da Macedónia ou ter sido adjunto na seleção da Sérvia.

Portugal vence num Mundial

2-0 ao Vietname

27.07.23

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Portugal fez hoje história na Nova Zelândia. Na segunda jornada do seu Mundial de estreia, alcançou os primeiros golos e a primeira vitória. Com sete novidades em relação ao onze que defrontou os Países Baixos, Portugal não demorou a criar perigo e logos aos sete minutos, Telma Encarnação, atacante do Marítimo, fez o primeiro golo do jogo. Não demorou muito até que Kika Nazareth, do Benfica, fizesse o 2-0 final, que apenas pecou por escasso. Telma, Kika, Jéssica, Andreia ou Marchão tiveram várias oportunidades, traduzidas em 26 remates e numa posse de bola de 71%. Segue-se os EUA, campeão em título.

Yekini

Cromos esquecidos da nossa caderneta

26.07.23

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Rashidi Yekini, é o verdadeiro mito da nossa liga, nunca tendo jogado no Sporting, Benfica ou Porto e sendo um grande goleador, com um percurso consistente no Sado. Yekini, falecido em 2012, com apenas 48 anos, começou a carreira jogando na sua Nigéria natal e na Costa do Marfim antes de conhecer Setúbal em 1990.

Yekini começou logo a marcar no Bonfim, fazendo tripla de ataque com Makukula (pai de Ariza, internacional português) e Stoycho Mladenov. Atrás, contava com a ajuda de Jaime Pacheco, Nunes ou Diamantino, com Hélio a dar os primeiros passos. Os 13 golos do nigeriano não evitaram a descida. No ano seguinte, mais 29 golos que não chegaram para o regresso à primeira divisão. Já com Chiquinho Conde ao lado, Yekini chegaria aos 39 golos e finalmente, o Setúbal subiria. Em 1993-1994, o Vitória jogou na primeira divisão, terminando em sexto lugar, com Yekini a marcar 22 vezes, convivendo com nomes como Ivkovic, Quim, Rui Esteves ou Eric Tinkler.

Seguiram-se passagens pelo Olympiacos e Sporting de Gijon antes de uma última dança em Setúbal, com apenas 3 golos. Voltou a ser goleador no Zurique antes de regressar a África para jogar na Tunísia, passando pela Arábia Saudita antes de regressar à Costa do Marfim e Nigéria.

Pelo seu país, 37 golos em 58 jogos, tendo estado nos Mundiais de 1994 (marcou e celebrou abanando as redes, numa imagem icónica) e 1998 e nos CAN de 1984, 1988, 1990, 1992 e 1994. Jogou ainda os JO de 1988, em Seul. Foi decisivo na CAN 1994, marcando 5 golos em 5 jogos, ao lado de Rufai, Amokachi, Okocha ou Oliseh.

 

Ricky

Cromos esquecidos da nossa caderneta

25.07.23

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Richard Daddy Owubokiri, hoje com 62 anos, ficou conhecido em Portugal apenas como Ricky e foi goleador ao serviço do Benfica, Estrela da Amadora e Boavista. Como seria de esperar, Ricky começou a jogar no seu país, no fim dos anos 70. Começou a falar português, não por cá, mas no Brasil, juntando-se ao América, tendo depois passado pelo Vitória. A estreia na Europa, deu-se pela porta dos franceses do Laval, tendo depois jogado pelo Metz.

Aos 27 anos, chegou a Portugal para jogar pelo Benfica, onde fez parte do plantel campeão. Tinha a concorrência de Magnusson, Vata ou Abel Campos e ficou-se pelos 6 jogos, marcando…6 golos. No entanto, foram todos no mesmo jogo, num 14-1 ao Atlético Riachense, para a Taça de Portugal. De 1989 a 1991 jogou na Amadora, marcando 31 vezes em duas épocas. Na primeira, ajudou a vencer a Taça de Portugal, com Paulo Jorge, Basaula, Bobó, Paulo Bento ou Rebelo. Na segunda, perdeu a supertaça para o FCP; ficou-se pela segunda ronda da Taça das Taças, com Rickey a marcar ao Neuchatel Xamax e desceu de divisão. Ricky rumou ao norte.

O avançado chegou com estrondo ao Bessa, marcando 33 vezes em 1991-1992, ao lado de Tavares, Nelo, ou João Vieira Pinto. Ajudou, e muito, o Boavista a conquistar o terceiro lugar na liga e a vencer a Taça. Ricky, claro, fez o golo da vitória na final contra o FCP (2-1), depois de ter bisado no 0-2 ao Benfica, nas meias. Na segunda época, 16 golos e a conquista da Supertaça ao FCP, com Marlon Brandão a ser o herói. No campeonato, 4.º posto e na Taça, nova final, desta feita perdida para o Benfica. Sem a mesma influência marcou apenas mais 11 golos e regressou brevemente ao Brasil, para jogar pelo Vitória. Na fase descendente, ainda se juntou aos Belenenses, mas só marcou 1 golo. Passou por Catar e Arábia Saudita antes de se reformar.

Pela Nigéria, 23 jogos e 1 golo (num 4-0 à África do Sul).

Marcelo

Cromos esquecidos da nossa caderneta

23.07.23

 

 

Visão do Peão (3).pngMarcelo dos Santos Cipriano, hoje com 56 anos, deu nas vistas aos 25 anos ao marcar 19 vezes pelo Tirsense, junto a outros craques como Caetano, Giovanella ou Paredão. Brasileiro, mudou-se cedo para Portugal, fazendo a formação no Beira-Mar e na Académica. Como sénior, estreou-se pela Sertanense antes de regressar à Académica onde se ficou pelos 6 golos na segunda divisão como suplente de Lewis e Casquilha. Em 1991-1992, 12 golos pelo Feirense, onde andava Pedro Martins e no ano seguinte, 3 golos pelo Gil Vicente, já na primeira divisão.

Em 1993, chegou a Santo Tirso. Na estreia, 10 golos e subida de divisão, com o título de campeão. Em 1994-1995, já se sabe, quase chegou aos 20 golos e tal como Hassan, melhor marcador da liga, mudou-se para o Benfica. Na Luz, nem esteve mal, fazendo 13 golos e tendo vencido a Taça de Portugal, onde foi destaque. Marcou os 2 golos do 2-0 ao Leiria, nas meias finais e o golo da vitória no 1-0 ao Guimarães, nos quartos. Marcou também na Europa, ao Lierse, na Taça UEFA.

Dispensado por Paulo Autuori, tentou a sorte em Espanha, não marcando qualquer golo pelo Alavés. De 1997 a 2002 jogou em Inglaterra com algum sucesso. Marcou 32 vezes pelo Sheffield United, incluindo 20 golos em 1998-1999, fazendo dupla com Saunders que se mudaria para o Benfica a meio do ano. Pelo Birmingham, mais 26 golos. Fez ainda 1 golo em 9 jogos pelo Walsall onde jogavam os portugueses Jorge Leitão e Carlos André. Regressou a Portugal para duas épocas na Académica, marcando mais 5 golos, 4 deles na época de despedida.

Hoje é empresário, CEO da MC Striker.

Cacioli

Cromos esquecidos da nossa caderneta

21.07.23

Visão do Peão (5).pngMilton Cacioli, hoje com 60 anos, destacou-se no futebol português dos anos 90, passando por Famalicão, Braga, Gil Vicente, Farense, Varzim e Vizela. Médio ofensivo brasileiro, era facilmente reconhecível pela sua calvice à la Lombardo. Chegou em 1989, trocando o modesto Passo Fundo pelo Famalicão. Ao lado de Ben-Hur, Lula ou Hassan Fadil, fez 5 golos em 19 jogos e ajudou a equipa a subir à primeira divisão onde fez 38 jogos e 7 golos. Mudou-se para Braga onde não teve o mesmo protagonismo, fazendo apenas 1 golo em 20 jogos, convivendo com Chiquinho Carlos, Chiquinho Conde ou Forbs.

A paragem seguinte seria Barcelos onde passaria três épocas e onde se notabilizaria. Jogou com Drulovic, Tueba, Tuck, Laureta ou Mangonga, marcando 4 golos em 91 jogos. Aos 33 anos, tornou-se reforço do Farense europeu, convivendo com Ramos, Pintassilgo, Paiva, Punisic ou Idalécio. A estadia a sul durou apenas um ano. Passou um ano no Varzim e despediu-se com três no Vizela.

Cacioli continua a viver em Portugal, treinando hoje o Balasar, da zona da Póvoa de Varzim, após já ter treinado o Vizela ou as camadas jovens do Gil Vicente.

Hassan

Cromos esquecidos da nossa caderneta

20.07.23

 

Visão do Peão (6).pngTeve impacto imediato, fazendo 8 golos na época em que o Farense ficou em sexto na liga. Pitico, Djukic, Portela, Soares ou Zé Carlos eram alguns dos seus companheiros, além de Hajry, seu compatriota. No ano seguinte, 16 golos e o 9.º lugar. Em 1994-1995, a época de maior glória. Hassan fez 24 golos, já com Rufai, King ou Helcinho e o Farense apurou-se para a Taça UEFA.

O sucesso a sul levou-a a duas épocas no Benfica. No primeiro ano, 8 golos, com a concorrência de João Pinto, Marcelo, Paulão ou Mauro Airez. O Benfica foi vice-campeão e venceu a Taça. No ano seguinte, apenas 1 golo e regresso a Faro. De 1997 a 2004, esteve por Faro, tendo em 2000-2001 uma grande época, fazendo 17 golos. Retirou-se aos 38 anos.

Por Marrocos, 15 jogos e 3 golos, tendo sido chamado ao Mundial 1994 (fez um golo) e aos CAN 1988 (marcou) e 1992.

Os heróis de Malta

De Brás a Ribeiro

17.07.23

O caminho dos sub-19 até às equipas A pode ser tortuoso, mas acabado o Euro de sub-19 há vários jogadores que ficam na retina e devem ser acompanhados de perto:

Gabriel Brás – Numa altura em que Pepe e Marcano caminham para a reforma, Gabriel mostrou-se um belo central que pode ter um grande futuro no FCP, defendendo bem e marcando por duas vezes. Tem que crescer, claro, mas promete muito;

Gonçalo Esteves – Após um ano apagado, em que pouco jogou no Estoril e no regresso ao Sporting, esteves parece ter voltado ao seu melhor e grita por uma nova oportunidade a Ruben Amorim;

Martim Marques – A caminho da Suíça, após muitos anos no Sporting, Martim foi uma das grandes estrelas da equipa, fazendo o corredor com classe;

Hugo Félix – O playmaker do Benfica fez um grande Euro, fazendo 3 golos e 2 assistências;

Gustavo Sá – O médio do Famalicão marcou 2 golos e fez 3 assistências e virou os olhos de muita gente;

João Vasconcelos – O médio do Braga, que deveria ter entrado ontem, também fez 2 golos e foi uma espécie de arma secreta;

Carlos Borges – O extremo do Manchester City foi sempre um velocista que levou perigo pelas alas;

Rodrigo Ribeiro – O goleador das camadas jovens do Sporting, marcou 3 vezes e 3 assistências e provavelmente foi o melhor jogador de Portugal.

Gascoine

Heróis de Culto

15.07.23

Visão do Peão (10).pngGazza é um dos muitos casos de grandes jogadores que poderiam e deveriam ter sido melhores do que foro. No caso de Paul Gascoine, antigo internacional inglês, parece ter sido o álcool a meter-se no seu caminho, tal como as lesões, e a desvia-lo de uma carreira ainda melhor. O percurso do médio ofensivo, hoje com 55 anos, começou em Newcastle. Depois de 2 jogos em 1984-1985, assumiu-se como titular na época seguinte, aos 19 anos, jogando atrás de Beardsley. Esteve em 35 partidas e fez 9 golos. No ano seguinte, fez mais 5 golos e na sua última época de preto e branco, marcou por 11 vezes. Nada venceu e mudou-se para Londres.

Em 1988 entrou no onze do Tottenham e por lá ficou até 1992. Fez 112 jogos e marcou 33 vezes. Fenwick, Waddle e Lineker foram alguns dos seus companheiros. Venceu a FA Cup em 1991, tendo-se lesionado na final e ficado afastado dos relvados durante uma época inteira. O regresso foi no Calcio, vestindo a camisola da Lázio. Aos 26 anos assumiu-se como titular dividindo o onze com Riedle, Signori, Winter, Fuser ou Favalli. Fez 26 jogos e marcou por 4 vezes. Com problemas físicos, acabou por ter duas épocas fracas e regressou ao Reino Unido, para estrelar os Glasgow Rangers.

Em Glasgow teve grandes momentos. Como figura central, a jogar atrás de Durie e Laudrup, fez 19 golos, foi campeão, venceu a Taça e ainda jogou na Liga dos Campeões. No segundo ano, 16 golos e nova dobradinha. Ainda marcou mais 17 vezes, mas não conquistou mais títulos. Teve algum sucesso no Middlesbrough e no Everton e antes de se retirar ainda jogou por Burnley, Gansu Tianma (China) e Boston.

Por Inglaterra, fez 10 golos em 57 partidas. Esteve no Mundial de 1990 e no Euro de 1996, no qual marcou um grande golo, na estreia, contra a Escócia.

Morreu Suárez Miramontes

Lenda do Barça e Inter

10.07.23

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Aos 88 anos, morreu Luis Suárez Miramontes, nome histórico do futebol mundial e primeiro Bola de Ouro nascido em Espanha. Conhecido como El Arquitecto, Suarez, nascido na Corunha, começou a jogar pelo Deportivo, passando depois pelo España Industrial, espécie de equipa B do Barcelona. Pelo Barça, jogaria com tremendo sucesso entre 1954 e 1961, fazendo 80 golos em 176 partidas. Com Kubala, Czibor, Kocsis, Ramallets e Evaristo de Macedo na equipa e com Helenio Herrera no banco, o Barcelona de Suarez venceu um campeonato e uma taça. Venceu também o equivalente a duas Ligas Europa. Em 1960, foi eleito Ballon d'Or em 1960, tendo conquistado o pódio em 1961, 1964 e 1965.

Em 1961 seguiu Herrera para Milão, a troco de 250 milhões de liras, sendo o jogador mais caro do mundo de então. Fez 333 jogos e marcou 55 golos. Venceu três campeonatos, duas Ligas dos Campeões e duas Taças Intercontinentais. Jogou com o guarda-redes Buffon (tio-avo de Gigi) e com estrelas como Facchetti, Mazzola ou Jair. Ficou em Itália após os 9 anos no Inter, passando três épocas na Sampdória, despedindo-se dos relvados em 1973. Por Espanha, foi campeão da Europa em 1964 com Josep Maria Fusté, Amancio Amaro, José Ángel Iribar e Jesús María Pereda. Fez 14 golos em 32 jogos.  Foi depois treinador, passando por vários clubes italianos (pelo Inter, duas vezes) e espanhóis e pela seleção de Espanha.

Morreu em Milão.

Anderson Polga

Cromos esquecidos da nossa caderneta

04.07.23

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Foi o primeiro campeão do mundo a jogar no futebol português. Anderson Polga chegou ao Sporting em 2003 e por cá ficou nove anos, vencendo apenas duas taças e duas supertaças. Hoje com 44 anos, Polga formou-se no Grémio onde jogou como sénior entre 1999 e 2003 fazendo 94 jogos e marcando 9 golos. Venceu uma Taça do Brasil e dois campeonatos gaúchos. Tinga, Zinho, Marcelinho Paraíba e Danrlei eram alguns dos seus companheiros. Chegou ao Sporting no verão de 2003 para ser treinado por Fernando Santos e fazer dupla com Beto. No segundo ano, com Peseiro no banco e Enakarhire ao seu lado, quase foi campeão e quase venceu a Taça UEFA, em casa. Época falhada. Em 2007, a primeira festa como leão, com a vitória na Taça de Portugal, frente aos Belenenses, com golo de Liedson e Paulo Bento no banco. Na época seguinte, dois títulos. A começar, 0-1 ao FCP, com golo de Izmailov e vitória na Supertaça. No fim, nova Taça, com um 2-0 ao FCP, com um bis de Tiuí. Nessa época, novo vice-campeonato e derrota na primeira Taça da Liga de sempre. Em 2008-2009, mais um segundo lugar na liga e na taça da liga e o quarto e último trofeu de Polga em Alvalade. Bis de Djaló num 0-2 ao Porto, na supertaça. Em 2012, mudou-se para o Corinthians, onde venceu o Mundial de Clubes. No 1-0 final ao Chelsea, não saiu do banco.

Pelo Brasil, 11 jogos e 3 golos. Estreou-se em janeiro de 2002, num 6-0 à Bolívia, marcando um golo. Faria mais dois em novo amistoso, contra a Islândia. Foi chamado ao Mundial de 2002, jogando 90 minutos contra a China e outros 90, contra a Costa Rica. Vendo, a partir do banco, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho ou Cafu, foi campeão do mundo.