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Visão do Peão

Visão do Peão

19 de Fevereiro, 2023

As mais bonitas de sempre - 17

Alemanha, 1996

 

Visão do Peão.pngNão faltam camisolas icónicas na história da seleção alemã, várias delas compensadas com títulos. Apesar dos modelos de 1990, 1994 e até de 1992 serem mais reconhecidos pelos colecionadores, o meu favorito é o de 1996. Foi usado no Europeu de Inglaterra, vencido pela Alemanha de Sammer, Klinsmann ou Bierhoff e ao contrário dos modelos anteriores não tinha padrões com as cores da bandeira germânica, optando a adidas nacional por um modelo mais simples, em branco, claro, com listas pretas, deixando pormenores de amarelo e vermelho para o colarinho. O escudo, habitualmente redondo, aparecia dentro de uma forma maior, em preto, com três estrelas, e o nome da marca desportiva estava centrado, sem logo. Parte importante da beleza do modelo era dada pela fonte usada nos nomes e números dos craques.

18 de Fevereiro, 2023

Morreu Atsu

Vítima do terramoto na Turquia

Christian Atsu, internacional ganês por 65 vezes (9 golos), foi encontrado morto, na sequência do sismo que abalou a Turquia. O golpe é maior depois de ter circulado a informação de que tinha sido encontrado com vida e que estaria, algures, num hospital turco. O extremo não é uma vítima mais ou menos importante, mas, claro, sendo uma figura conhecida, a consternação em torno da sua prematura partida, é mais pública.

Atsu chegou a Portugal em 2009, vindo da academia ganesa do Feyenoord. Depois de duas épocas nos sub-19 do FCP, estreou-se como sénior com a camisola do Rio Ave, ao lado de João Tomás, Tarantini ou Vítor Gomes. Em 2012-2013, fez a sua única época como sénior no FCP, vencendo campeonato e taça, participando em 32 jogos, fazendo 1 golos e 2 assistências. Eram os tempos de Helton, Danilo, Alex Sandro, Otamendi, Lucho, Varela, James ou Jackson. Mudou-se depois para o Chelsea, pelo qual não chegaria a jogar. Foi emprestado a Vitesse, Everton, Bournemouth e Málaga antes de se fixar no Newcastle onde terá vivido os melhores dias da sua carreira. Jogou depois pelos sauditas do Al Raed, ao lado de Eder. Defendia agora o Hatayspor, pelo qual contava 3 jogos e 1 golo, antes de morrer, justamente em Hatay.

Esteve no Mundial de 2014 e nas CAN de 2013, 2015, 2017 e 2019.

18 de Fevereiro, 2023

As mais bonitas de sempre - 18

Jamaica, 1998

Visão do Peão (4).pngNo momento alto do futebol jamaicano, a equipa nacional apresentou em França muito bem vestida. Refletindo o espírito do país, Burton, Earle, Hall ou Gayle, envergaram um modelo da Kappa, semelhante no design base a modelos que Juventus e Bétis usariam, com um design colorido e alegre, com o amarelo tradicional a ser pintado com verde e preto. O equipamento alternativo era verde, com os mesmos pormenores do que o primeiro, mas em amarelo e preto. Na mesma prova, a África do Sul usou um equipamento relativamente semelhante. Foram apenas três jogos no Mundial mas as cores jamaicanas ficaram na memória de todos.

17 de Fevereiro, 2023

As mais bonitas de sempre - 19

Croácia, 1998

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Não será fácil para qualquer marca, fazer uma camisola aos quadrados para uma seleção. Há a intenção de inovar mas também a de manter alguma tradição. Em 1998, a Lotto, marca italiana, acertou na perfeição na camisola que fez para a Croácia se estrear num Mundial. A jovem nação já tinha estado muito bem vestida em 1996, no Euro de Inglaterra mas os quadrados ondulantes de 1998 batem qualquer equipamento croata feito antes ou depois do Mundial de França. Suker, Boban, Vlaovic, Asanovic, Prosinecki ou Jarni apresentaram-se em França como outsiders e saíram de lá com um fantástico terceiro posto e com Suker como melhor marcador da prova. 

16 de Fevereiro, 2023

Mais uma desilusão

Empate caseiro

Um golo de Coates, no último suspiro da partida, deu o empate do Sporting, em casa, ante do sétimo classificado do campeonato dinamarquês, parado desde novembro. Amorim, que parece andar tão desorientado como a equipa, voltou a mexer no onze para lá incluir Saint Juste, Nuno Santos, Esgaio, Paulinho e Arthur, viu a sua equipa jogar a passo, com Coates e Ugarte a parecerem serem os únicos seguros e com Edwards a mostrar fogachos da sua qualidade. Sem surpresa, foi tudo a zeros para o intervalo e nem com as entradas de Trincão e Bellerín. O primeiro golo do jogo seria dinamarquês. Adán alivia mal a bola e, estreia, o criativo egípcio Eman Ashour, fez um golo de belo efeito. O empate só surgiu no fim do tempo de desconto, por Coates, já com Chermiti, Inácio e Tanlongo em campo. A eliminatória está em aberto mas fica mais uma vez uma péssima imagem do Sporting desta época.

16 de Fevereiro, 2023

As mais bonitas de sempre - 20

Nottigham Forest, 1995-1997

 

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O Forest, hoje de regresso à Premier League, viveu os seus melhores anos entre 1975 e 1993, sob o comando do mítico Brian Clough. Nesse período venceu duas Ligas dos Campeões, uma Supertaça Europeia e o equivalente a uma Premier League. Nesses dias, a partir de 1976, destacaram-se modelos simples mas icónicos da adidas. Mas, a camisola que destaco é a que a inglesa Umbro fez para o clube e foi usada entre 1995 e 1997, nos jogos fora. A camisola alternativa era amarela, com o símbolo do clube, da Umbro e do patrocinador (Labbatt´s) em vermelho e com desenhos mais ou menos abstratos, a preto e vermelho, onde se lia a palavra Forest. A gola, com listas pretas e pormenores a vermelho era outro dos chamativos. Foi usada por jogadores como Suart Pearce, Bryan Roy, Pierre van Hooijdonk ou Dean Saunders. Na primeira época com ela, o Forest foi 9.º na Premier League e chegou aos quartos de final da Taça UEFA. Na segunda, desceu de divisão.

15 de Fevereiro, 2023

Matigol despede-se

Jogou três anos no Sporting

Visão do Peão (3).pngAos 36 anos, Matías Fernández deixa os relvados. O médio ofensivo, conhecido como Matigol, fez toda a formação no Colo-Colo antes de se estrear pela equipa principal, com um jogo em 2003. Em 2004, com 18 anos, assumiu-se como titular, jogando pelo clube até 2006, somando 37 golos em 82 partidas, vencendo um Torneio Abertura, um Clausura e uma Taça do Chile. Seguiram-se três épocas no Villarreal onde nunca foi figura central mas conseguiu somar 7 golos em 71 partidas. Nada venceu em Espanha e nada venceria em Portugal.

Chegaria ao Sporting em 2009 para três boas épocas a nível individual e uma a nível coletivo. Nessa última, foi figura de monta na campanha europeia que deixou Lázio e Manchester City pelo caminho, marcando um grande livre em Manchester. Fez 12 golos em 69 partidas e seguiu para Itália. Em Florença, passou quatro anos, com um empréstimo ao Milan pelo meio. Pela Fiorentina, 7 golos em 96 jogos. Pelo Milan, 1 golo em 13 jogos e venceu a Taça de Itália, primeiro trofeu em dez anos e primeiro e único na Europa, curiosamente na equipa onde menos importância teve.

Passaria depois pelos mexicanos do Necaxa (dois títulos locais), pelos colombianos do Junior Barranquilla antes de regressar ao Colo-Colo. Terminou a carreira com duas épocas no modesto La Serena. Fez 14 golos em 74 jogos pelo Chile, tendo vencido a Copa América de 2015.

14 de Fevereiro, 2023

Gallardo

Heróis de Culto

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Já se sabe, depois de Diego Armando Maradona, todos os médios ofensivos argentinos de talento, eram vistos como uma reencarnação de D10S. Gallardo – como Ortega, Aimar ou Romagnoli – foi um deles. Nunca chegou a Maradona, mas teve uma bela carreira entre a Argentina e França. Marcelo, hoje com 47 anos, estreou-se pelo River Plate em 1993, fazendo 5 jogos sob o comando de Daniel Passarella. Tinha 17 anos e convivia com outros jovens como Ortega, Almeyda ou Astrada. Em 1994, 8 jogos e a conquista do Torneio Abertura e o convívio com outros rookies: Crespo e Ayala. Explodiu em 1995, assumindo-se como titular e fazendo 33 jogos e 5 golos ao lado de Francescoli, Berti ou Burgos. Venceu o Abertura. No ano seguinte, repetiu os 33 jogos e marcou mais um golo, chegando aos 6. Com Solari e Sorín a espreitarem uma boa carreira, venceu a Libertadores de 1996. Na primeira mão jogou meia hora na derrota na Colômbia e na segunda, jogou pouco mais do que 4 minutos na reviravolta.

Em 1997, já com Julio Cruz, Salas, Aimar, Berizzo e Bonano e ainda com Francescoli e Ortega, venceu o Abertura, Clausura e Supertaça Libertadores. Perdeu com a Juventus, a final da Taça Intercontinental. Em 1998 fez 8 golos, o seu melhor registo de sempre no River e venceu mais um Abertura. Despediu-se em 1999. Levou 162 jogos e 27 golos para a Europa.

Aterrou no Mónaco em 1999 para quatro bons anos onde fez 23 golos em 127 jogos. Na estreia, foi campeão, fazendo parte de uma grande equipa que contava com Trezeguet, Simone, Costinha, Marquez ou Barthez. No segundo ano, venceu a Supertaça de França e no terceiro ficou em branco. Despediu-se com a Taça da Liga de 2003, com Nonda, Rothen ou Evra. Regressou a Buenos Aires.

Passou mais três anos e meio no River Plate. Com uma nova geração – Cavenaghi, Lucho e Mascherano – venceu mais um Abertura. Fez também boas campanhas na Libertadores e conheceu Farias, Higuain ou Falcao. Com mais 111 jogos e mais 35 golos rumou ao PSG, de Pauleta para uma época coletiva péssima (15.º lugar). No ano seguinte o PSG ainda desceu mais um posto mas venceu a Taça da Liga, já sem o argentino que se juntou ao DC United para 16 jogos, 4 golos e uma Taça Americana.

Por uma última vez regressou ao River Plate para mais 8 golos em 33 partidas. Acabou a carreira no Nacional, onde venceu uma liga do Uruguai.

Pela Argentina, 14 golos em 44 jogos. Esteve nos Mundiais de 1998 e 2002; nas Copas América de 1995 e 1997; nos JO de 1996 (medalha de prata) e na Taça das Confederações de 1995.

13 de Fevereiro, 2023

Morientes

Heróis de Culto

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Ao olhar para os números de Cristiano Ronaldo, é difícil ficar impressionado com os de Morientes no Real Madrid, mas, o espanhol, hoje com 46 anos teve anos frutuosos de branco, tal como os teve ao serviço de Saragoça, Valência ou Mónaco. Depois de terminar a formação no Albacete, Fernando estreou-se como sénior no mesmo clube, fazendo 7 golos em 28 partidas. Seguiu-se o Saragoça onde fez parte de um onze ao lado de Belsué, Poyet ou Dani. Perdeu a Supertaça Europeia para o Ajax e chegou aos quartos da Taça UEFA, de onde foi eliminado pelo Deportivo. Marcou por 18 vezes, mais 2 do que na segunda época no clube.

Seguiram-se seis anos no Real Madrid, onde viveu os melhores anos da sua carreira. Marcou 100 vezes e ajudou a vencer três Ligas dos Campeões, uma Supertaça da UEFA, uma Taça Intercontinental, dois campeonatos espanhóis e três supertaças de Espanha. Na primeira época, ajudou a vencer a Supertaça de Espanha, ante do Barcelona, em duas mãos. Marcou 16 vezes e venceu a Liga dos Campeões. Jogou 82 minutos na final, um 1-0 à Juventus com golo de Mijatovic. No segundo ano, marcou 25 veze. Na terceira época em Madrid, 19 golos e mais uma Liga dos Campeões, após um 3-0 ao Valência. Foi seu o primeiro golo na final. Em 2001, foi enfim campeão espanhol, tendo feito apenas 10 golos em toda a época. Estaria em grande na época seguinte, fazendo 21 golos e vencendo mais uma Champions, desta vez ao Leverkusen. Venceu, igualmente, a Supertaça de Espanha, ao Saragoça. Na última época completa em Madrid, fez apenas 6 golos, mas foi campeão espanhol, vencedor da Supertaça da UEFA e da Intercontinental. Ainda fez um jogo em 2003-2004 mas deixou Madrid, ele que jogou com lendas como Casillas, Salgado, Roberto Carlos, Redondo, Zidane, Seedorf, Figo, Guti ou Raul.

Seguiu-se o Mónaco, onde nada venceu mas onde fez 22 golos com a camisola 10 e liderou uma equipa que incluía Evra, Zikos, Rothen, Giuly ou Prso. O Mónaco desse ano chegou à final da Liga dos Campeões, perdida para o FCP e Morientes, aos 28 anos, foi o melhor marcador da prova, com mais dois golos do que o colega Prso (4 dos seus 7 golos foram marcados no famoso 8-3 ao Depor). Regressou a Madrid para meia época e 3 golos antes de aceitar juntar-se ao Liverpool de Rafa Benitez. Depois de 3 golos, esteve melhor na segunda época e fez 9, vencendo a Supertaça da Europa (3-1 ao CSKA) e FA Cup, ao West Ham.

Com 31 anos, juntou-se ao Valência para três épocas. Na estreia, ao lado de Villa, Silva, Angulo, Abelda e Miguel, fez 19 golos. Nas duas outras épocas, fez mais 15. Venceu uma Taça do Rei, em 2008, marcando um dos golos na final (3-1 ao Getafe). Despediu-se com a camisola do Marselha, fazendo 1 golos em 19 jogos. Venceu a liga francesa e a Taça da Liga.

Por Espanha, 27 golos em 47 partidas. Esteve nos Mundiais de 1998 e 2002 e no Euro 2004.

12 de Fevereiro, 2023

Waddle

Heróis de Culto

Visão do Peão (13).pngDono de um penteado emblemático, o inglês Chris Waddle marcou uma geração, marcando golos por grandes clubes ingleses e pelo Marselha. Hoje com 62 anos, o médio ofensivo/extremo inglês começou a carreira no Newcastle, onde esteve entre 1980 e 1985. Aos 20 anos, fez apenas 17 jogos, marcando 3 vezes, tendo-se imposto depois nas quatro épocas seguintes. Em 1984, chegou finalmente à primeira divisão, fazendo 16 golos em 42 partidas, ao lado de Beardsley e de um jovem Gasgoine. Saiu para Tottenham, 195 jogos e 55 golos depois.

Passou os quatro anos seguintes a jogar em Londres. Na estreia, com Hoddle e Ardiles, fez 14 golos. Na segunda, fez 11 golos, chegou à final da FA Cup e ficou em terceiro no campeonato. Na terceira época, ficou-se pelos 3 golos e em 1988-1989 voltou à boa forma, com 14 golos e com a companhia de Gasgoine. Era hora de rumar a França, para três anos em Marselha. No primeiro ano, fez 14 golos, num trio atacante com Papin e Francescoli, foi campeão e chegou às meias-finais da Liga dos Campeões, sendo eliminado pelo Benfica. No segundo, fez 8 golos, voltou a ser campeão e foi às finais, perdidas, da Liga dos Campeões (para o Estrela Vermelha de Savicevic e Prosinecki) e da Taça de França (para o Mónaco de Weah e Rui Barros). No último ano, 7 golos e novo campeonato francês. Eram os dias de Amoros, Angloma, Mozer, Di Meco, Pelé ou Deschamps.

Aos 32, com os melhores anos atrás de si, regressou a Inglaterra para mais de 150 jogos e 16 golos pelo Sheffield Wednesday. No primeiro ano, chegou às finais da Taça e da Taça da Liga, perdendo-as para o Arsenal de Wright e Merson. Jogou ainda por Falkirk, Bradford, Sunderland, Burnley, Torquay United e Worksop Town, acabando a carreira depois dos 40 anos.

Por Inglaterra, fez 6 golos em 62 partidas tendo estado nos Mundiais de 1986 e 1990 e no Euro 1988.

10 de Fevereiro, 2023

Voller

Heróis de Culto

Visão do Peão (15).pngRudi Voller, hoje com 62 anos, foi um profícuo avançado com passagens por Roma, Marselha ou Bremen. Em 1990, foi campeão do Mundo. Começou nos Kickers Offenbach marcando 23 golos entre 1977 e 1980. Aos 21 anos juntou-se ao TSV Munique. Fez 10 golos, mas desceu de divisão. Na segunda liga alemã, 39 golos em 39 jogos e logo foi contratado pelo Werder Bremen onde fez 36 golos na primeira época. Três vezes vice-campeão e com 119 golos marcado mudou-se para Roma.

Chegou ao Olímpico em 1987 e na estreia, ficou-se pelos 5 golos, ao lado de Boniek. Melhorou na época seguinte, com 15 golos e 16 na depois dessa. Só em 1991 venceria um título, a Taça de Itália, num 4-2 à Sampdória, em duas mãos, com dois golos de Voller. Chegou ainda à final da Taça UEFA. No último de Calcio, fez apenas 7 golos e saiu para Marselha.

Juntou-se à equipa de sonho do OM e, ao lado de Boksic, Pelé, Angloma, Desailly ou Boli venceu a Liga dos Campeões e a liga francesa. Na seguinte, fez apenas 6 golos e regressou à Alemanha. Pelo Leverkusen, despediu-se com 31 golos em duas épocas.

Pela Alemanha, 47 golos em 90 jogos, destacando-se o título Mundial de 1990.  

09 de Fevereiro, 2023

Brehme

Heróis de Culto

Visão do Peão (16).pngAndreas Brehme, hoje com 62 anos, foi o herói alemão no Mundial de 1990, além de ter passado por Bayern de Munique, Inter e de ser figura do Kaiserslautern. A carreira do defesa começou no Saarbrücken, aos 20 anos. No ano seguinte, saltou para o Kaiserslautern, clube da sua terra natal, e na primeira época, ficou em quarto na Bundesliga e foi às meias finais da Taça UEFA, como titular. Ficaria até 1986, somando 169 jogos e somando 39 golos. Sem títulos, aceitou mudar-se para Munique onde à primeira, foi campeão e foi à final da Taça dos Campeões, perdida para o FCP. No ano seguinte, venceu “apenas” a Supertaça da Alemanha, deixando Munique com 8 golos marcados em 80 jogos, ao lado de Rummenigge, Wohlfahrt, Flick e Augenthaler. Seguiram-se quatro épocas no Inter.

 

Na primeira época em Milão, com Matthaus, foi campeão italiano, com mais 11 pontos do que o vice, Nápoles. Fez 3 golos em 38 jogos. No segundo ano, já com Klinsmann, fez 6 golos em 35 jogos e venceu a Supertaça Italiana. No terceiro ano de Calcio, 2 golos e vitória na Taça UEFA. No último ano em Milão, apenas 1 golo e zero títulos. Seguiu-se a experimentação do futebol espanhol, com um ano em Saragoça. Fez 29 jogos, marcou 3 vezes e chegou à final da Taça do Rei, perdida para o Real Madrid de Milla, Michel ou Lasa.

Aos 33 anos, regressou ao seu Kaiserslautern. No primeiro ano, foi vice-campeão. Em 1996, venceu a Taça da Alemanha, mas desceu. No ano seguinte, foi campeão da segunda divisão e no ano seguinte, aos 37 anos, já jogando pouco, foi campeão alemão, terminando a carreira em grande.

Pela Alemanha, 8 golos em 86 jogos. Esteve nos Euros 1984, 1988 e 1992; nos JO de 1984 e nos Mundiais de 1986, 1990 e 1994. Em 1990 foi decisivo, com três golos. Fez o golo da vitória ante da Holanda, nos oitavos; fez o golo num 1-1 com a Inglaterra no tempo regulamentar nas meias e na final, fez o único golo.

 

08 de Fevereiro, 2023

Klinsmann

Heróis de Culto

 

Visão do Peão (19).pngHoje com 58 anos, Jurgen Klinsmann foi um dos grandes goleadores europeus dos anos 80 e 90. No inicio dos anos 80, deu nas vistas nos Stuttgarter Kickers, ao lado de Guido Buchwald, que seria campeão do mundo em 1990. Depois de apenas 3 golos nas duas primeiras épocas, fez uma terceira época em grande, fazendo 19 golos aos…19 anos. Seguiu-se o Estugarda, na mesma cidade, onde passaria cinco bons anos, fazendo mais 88 golos e onde voltou a fazer dupla com Andreas Merkle, que veio também dos Kickers. Sem títulos, o melhor que conseguiu for a presença na final da Taça UEFA, perdida em duas mãos para o Nápoles de Maradona.

Seguiu-se uma aventura de três anos no Inter, numa altura em que o Calcio era destino popular para os alemães. Na estreia, fazendo dupla com Serena e sendo abastecido por Berti e Matthaus, fez 15 golos e venceu a Supertaça de Itália (2-0 à Sampdória de Vialli e Mancini). No segundo ano, 17 golos e a conquista da Taça UEFA. Na final, derrotou a Roma de Voller, Giannini e Aldair. No último ano em Milão, fez apenas 8 golos e nada venceu. Saiu para o Mónaco. Em França, voltou aos dois dígitos, fazendo 34 golos em 2 anos, convivendo com Djorkaeff, Rui Barros, Puel, Petit ou Scifo. Sem nada vencer, mudou-se para a nova competição da moda, fazendo 29 golos pelo Tottenham, ao lado de Sheringham, Barmby, Anderton ou Sol Campbell. O sétimo lugar, desviou-o para Munique.

No poderoso Bayern, com Zickler, Papin, Sforza ou Scholl, venceu a Taça UEFA. Foi o melhor marcador da prova, com 15 golos (fez 31 na época), incluindo 6 ao Benfica, 4 em Munique e 2 na Luz, numa eliminatória que os bávaros venceram por 7-2. Na final, a duas mãos, contra o Bordéus de Zidane, Dugarry e Lizarazu, marcou mais um. Na segunda época, foi, enfim, campeão nacional, aos 32 anos. Fez 17 golos e tornou a Itália, onde fez apenas 2 golos como suplente de Montella, na Sampdória. Terminou a carreira com 9 golos pelo Tottenham, ao lado de Ferdinand, Ginola, e o mesmo Berti com quem se cruzara em Milão. Em 1998, jogou o Mundial e despediu-se, tendo regressado brevemente ao futebol, em 2003, pelos norte-americanos do OC Blue Star.

Pela Alemanha, 47 jogos em 108 partidas, sendo campeão mundial em 1990, em Itália e europeu, em 1996, em Inglaterra. Fez 3 golos em 7 jogos. Esteve ainda, nos Mundiais de 1994 e 1998; nos Euros de 1988, 1992 e 1996 e nos JO de 1988. Marcou em todas estas ocasiões.

07 de Fevereiro, 2023

Edilson Capeta

Heróis de Culto

Visão do Peão (18).pngEdilson, conhecido por Capeta ou Capetinha, hoje com 52 anos, foi um belo avançado brasileiro com longa carreira no Brasil e curta passagem por Portugal. Tudo começou no inicio dos anos 90, jogando por Industrial e Tanabi antes de começar a dar nas vistas pelo Guarani, onde fez 11 golos. Logo saltou para o Palmeiras onde começou a marcar imediatamente. Na primeira época, fez 21 golos, com Edmundo, Evair, César Sampaio e Roberto Carlos e venceu o Brasileirão e o Paulista. Na segunda época, com Zinho e Rivaldo, fez 14 golos e revalidou os títulos. Com golos e títulos seguiu para a Luz, por empréstimo. Não era um bom Benfica mas Edilson, suplente de Caniggia, Isaías e João Pinto, ainda fez 17 golos mas seguiu para uma aventura no Japão, no Kashiwa Reysol, marcando 58 golos em dois anos, encontrando Careca, antiga estrela do Nápoles.

O passo seguinte foi o Timão. Pelo Corinthians, jogou entre 1997 e 2000, marcando quase 50 golos ao lado de Vampeta, Marcelinho Carioca, Sylvinho ou Gamarra. Venceu dois campeonatos do Brasil e um Paulista. Mas o grande feito em que esteve, foi a conquista do Mundial de Clubes. Em 2000, venceu um grupo que tinha o Real Madrid e bateu o Vasco da Gama na final. Manteve-se no Rio mas mudou-se para o Mengão, para mais 33 golos, 2 Cariocas e uma Copa dos Campeões, convivendo com Júlio César, Juan, Pektovic ou Adriano. Saltou depois para o Cruzeiro de Luisão onde venceu títulos locais de Minas Gerais e fez mais 11 golos. Sem o mesmo folego, voltou ao Japão para 7 golos pelo Kashiwa Reysol. Voltou ao Flamengo e fez mais 15 golos. No ano seguinte, mais 22 pelo Vitória. A sua última grande prestação foi nos EAU, aos marcar 19 golos em 11 jogos pelo Al-Ain. Ainda passou por São Caetano, Vitória e Bahia, terminando a carreira em 2010, aos 39 anos. Regressou em 2016, para 2 jogos pelo Taboão da Serra.

Pela seleção, teve pela frente concorrência feroz mas ainda fez 5 golos em 23 jogos e, em 2002, foi campeão do mundo, jogando em 4 partidas, sendo titular nas meias, contra a Turquia.

06 de Fevereiro, 2023

Les Ferdinand

Heróis de Culto

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Les não será o mais conhecido dos Ferdinand da Premier League, perdendo para o primo Rio esse título, mas é, sem dúvida, um herói de culto que passou a carreira a fazer muitos golos. Les, hoje com 56 anos, nasceu em Londres e começou a ser goleador no Hayes antes de se mudar para o QPR onde esteve entre 1988 e 1995. No início da sua ligação enquanto jovem, foi emprestado (sem sucesso) ao Brentford e ao Besiktas. Na Turquia, onde não é assim tão comum jogarem ingleses, fez 14 golos, vencendo a Taça da Turquia e sendo vice-campeão. Regressou a Londres fazendo 10 golos em 2 anos até amadurecer e fixar-se como estrela do QPR em 1991, marcando 12 vezes. Nas épocas seguintes, 24, 18 e 26 golos. Sem títulos, mudou-se para o Newcastle.

Em Newcastle, já se sabe, também nada venceu apesar de ter estado próximo. Na primeira época, com Clark, Lee ou Ginola, fez 29 golos e ficou em segundo na Premier League, a quatro pontos do Manchester United. Na segunda e última, fez 21 golos, já com a ajuda de Shearer e o Newcastle voltou a ser vice-campeão, voltando a perder a corrida para o United. Voltou a Londres para cinco anos e meio no Tottenham onde venceu um título, a Taça da Liga, em 1999, dez anos após a Taça da Turquia. Foram os seus dois únicos títulos. No White Hart Lane teve a concorrência de Klinsmann, Iversen, Sheringham ou Rebrov, marcando 39 golos apenas. Seguiu-se o West Ham, onde marcou 2 golos e o Leicester onde fez a sua última boa campanha, marcando 14 golos aos 37 anos. Passou por Bolton, Reading e Watford antes de arrumar as botas.

Por Inglaterra, fez 5 golos em 17 jogos. Contemporâneo de grandes nomes não teve mais oportunidades. Ainda assim, fez parte do plantel que esteve no Euro 1996, em “casa” e no Mundial 1998.

06 de Fevereiro, 2023

Icardi renascido

Ainda a tempo de deixar marca

Mauro Icardi parecia ter tudo para ser um dos melhores avançados do mundo, seguindo as pisadas da escola argentina e de nomes maiores como Batistuta ou Crespo, mas a sua turbulenta vida privada parece ter-se metido no caminho. Brilhou no Inter mas não deu o salto para uma liga maior. Fui suplente no PSG (fez 38 golos em três épocas, o que não é propriamente desastroso, mas…) e agora, aos 29 anos, está a encontrar-se de novo, no modesto campeonato turco. Ainda assim, faz golos, o que mais interessa. Em 13 aparições com a camisola do Galatasary, 9 golos. Nada mau. É figura central no líder da liga turca e em janeiro já havia rumores acerca da sua saída. Acredito que dobre o número de golos e seja campeão. Depois, aos 30 anos (faz este mês), tem via aberta para jogar em Espanha, habitat natural dos argentinos na Europa, ou mesmo em Inglaterra onde mora o melhor campeonato e onde Icardi ainda vai a tempo de se mostrar como goleador de elite.

02 de Fevereiro, 2023

Giovanni

Heróis de Culto

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Giovanni, hoje com 50 anos, foi internacional brasileiro, chegou ao Barcelona e fez golos por onde andou. Segundo avançado, começou a carreira no início dos anos 90, ao serviço de clubes modestos como Tuna Luso, Remo, Paysandu e Sãocarlense antes de se juntar ao Santos, em 1994, com 22 anos. Edinho, filho de Pelé; Demétrios, que jogaria no Campomaiorense, Boavista, Beira-Mar e Moreirense, eram alguns dos seus companheiros. Em 1995, conquistou a titularidade e teve um ano de sonho com 41 golos em 31 jogos. Ficou mais um ano, marcando mais 25 golos. Seguiu-se a sensacional transferência para o Barcelona onde usou a camisola número 10.

Na época de estreia, fez dupla com Ronaldo, jogando à frente de Figo, Guardiola e Luis Enrique. Venceu a Taça das Taças, Taça do Rei e Supertaça Espanhola, com Bobby Robson. No ano seguinte, já com Van Gaal e fazendo dupla com Sonny Anderson, venceu a Liga Espanhola, Taça do Rei e Supertaça da UEFA. Na última época na Catalunha, já suplantado por Kluivert no onze, venceu ainda uma Liga mas deixou o clube, 35 golos depois. Juntou-se depois ao Olympiacos, passando cinco anos e meio em Atenas.

Tornou-se na estrela do Olympiacos marcando mais de 100 golos e vencendo cinco Campeonatos e uma Taça. Regressaria três vezes ao Santos, com passagens pelo Al Hilal, Ethnikos e Mogi Mirim. Terminou a carreira em 2010 no Santos, “apadrinhando” uma geração que contava com Neymar ou Ganso.

Pelo Brasil, fez 6 golos em 20 jogos, ajudando a vencer a Copa América de 1997. Com a concorrência de Ronaldo, Rivaldo, Romário, Bebeto e vários outros, não conseguiu jogar mais pelo Escrete.

02 de Fevereiro, 2023

Espanha

Mercado fechado

Sem mexidas no Barcelona e Real Madrid, o mercado espanhol, como o italiano, também não foi muito interessante. Foi em Barcelona a transferência mais cara: o central mexicano Cesar Montes chegou ao Espanhol por 8 milhões. Seguiu-se o lateral brasileiro Abner que chegou ao Bétis, tendo a equipa de Sevilha pagado 7 milhões. O top três fecha-se com a ida do promissor ucraniano Tsygankov para o Girona. O médio ofensivo rendeu 5 milhões ao Dinamo Kiev. Destaque ainda para o Atlético de Madrid que somou Depay (Barcelona) e Doherty (Tottenham) ao seu plantel.

02 de Fevereiro, 2023

Itália

Mercado fechado

O mercado italiano não mexeu muito mesmo com Juventus, Roma, Milan ou Inter a precisarem de melhorias urgentes. A entrada mais cara foi o médio checo Barak que trocou o Hellas Verona pela Fiorentina, por menos de 9 milhões. A Florença, por valores simbólicos, chegaou ainda Brekalo (Wolfsburgo). Segue-se o extremo brasileiro Matheus Martins, que custou 6 milhões à Udinese, vindo do Watford. Diego Llorente, chegado a Roma, vindo do Leeds, será o nome mais conhecido dos que agitaram – pouco – o mercado.

01 de Fevereiro, 2023

Inglaterra

Mercado fechado

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Inglaterra, como vem sido hábito dominou o mercado. O Chelsea, a fazer má época, foi quem mais gastou. Ontem, fechou a maior contratação de sempre da história da Premier League ao contratar Enzo ao Benfica por mais de 120 milhões. Antes, já fizera chegara Mudryk (Shakthar) por cerca de 70 milhões, Badiashile (Mónaco) por 38; Madueke (PSV) por 35; Malo Gusto (Lyon) por 30; Andrey (Vasco da Gama) por 12,5; Fofana (Molde) por 12 e o empréstimo de Félix (Atlético). De referir que Malo Gusto só se junta à equipa no verão.

O líder Arsenal garantiu Jorginho (Chelsea) por um valor simbólico, tendo aberto os cofres para ter Trossard (Brighton) e o jovem defesa polaco Kiwior (Spezia). O Newcastle continua em grande, tendo ido ao lado azul de Liverpool, buscar Gordon por mais de 47 milhões. Já o Liverpool, reforçou-se com Gakpo, em destaque no PSV e seleção neerlandesa, gastando 42 milhões.

Nas equipas mais abaixo na tabela não faltam destaques, nem milhões. O Leeds passa a contar com Rutter, que deixou o Hoffenheim por quase 30 milhões; o Southampton foi buscar o extremo ganês Kamaldeen Sulemana ao Rennes; o Bournemouth fortaleceu-se com o central Ilya Zabarnyi (Dinamo de Kiev) e o extremo Dango Ouattara (Lorient). Os dois custaram cerca de 45 milhões. Paul Onuachu, goleador nigeriano que dava cartas na Bélgica, vai tentar ajudar o Southampton a ficar na primeira divisão. Custou 18 milhões.

O Forest também atacou o mercado e fez chegar Navas (PSG), Felipe (Atlético de Madrid), Shelvey e Wood (Newcastle) e Danilo e Scarpa (Palmeiras). Nota, ainda, para o avançado inglês Ings, que deixa o Aston Villa para se juntar ao West Ham.