Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Visão do Peão

Visão do Peão

06/01/23

Morreu Vialli

Aos 58 anos

Visão do Peão (16).png

 

Hoje é mais um dia triste para o futebol mundial. Morreu Gianluca Vialli, que nem chegou aos 60 anos de vida. Vialli morreu em Londres, onde jogou, vítima de um cancro no pâncreas, que voltou recentemente, após o antigo avançado ter anunciado que estava em remissão, em 2020.

O seu último papel no futebol foi o de chefe de delegação da seleção italiana, no qual foi campeão europeu no ano passado, ajudando o amigo e ex-colega Mancini, selecionador. Mas, Vialli ficou conhecido essencialmente como goleador de elite. Nascido em Cremona, seria na Cremonese que começaria a dar nas vistas e a marcar. Entre 1980 e 1984, fez 25 golos em mais de 100 jogos.

Seguiu-se a Sampdória onde fez dupla com Mancini e até 1992 fez 141 golos em 327 jogos, ajudando a equipa genovesa a vencer diversos títulos. Em 1985, na época de estreia, venceu a Taça de Itália, marcando na segunda mão. Nesse ano, contava no onze com Vierchwood, Souness ou Francis, que fazia dupla consigo. Na época seguinte, voltou à final da Taça, já com Lorenzo ao lado, perdendo-a para a Roma. Em 1986/1987, começa a dupla com Mancini e Vialli marca por 16 vezes, o dobro da época anterior. Já com Toninho Cerezo, voltou a uma final da Taça e venceu-a. Em 1988-1988, fabulosa época, com 33 golos marcados e a conquista de mais uma Taça. Chegou à final da Taça das Taças, perdida para o Barcelona, que lhe traria novo desgosto mais à frente. Na época seguinte, regresso à final da Taça das Taças e vitória final ante do Anderlecht. Vialli marcou os dois golos do jogo decisivo e foi o melhor marcado da prova.

Em 1990-1991 conquistou, finalmente, a Série A, liderando uma equipa com muitos dos já referidos e, ainda, Lombardo, Pari, Katanec, Lanna, Mannini ou Pagliuca. Marcou 23 golos e a Samp superou o Milan. Ficou mais uma época, marcando mais 20 golos e vencendo a Supertaça Italiana. Chegou à final da Liga dos Campeões, perdida para o Barcelona, em Wembley. Seguiram-se quatro anos muito frutuosos na Juventus, ao lado de Ravanelli, Del Piero, Conte ou Di Livio. Começou a vencer a Taça UEFA. Em 1994-1995, venceu a Série A e a Taça, tendo perdido a final da Taça UEFA. Na despedida, venceu a Liga dos Campeões e a Supertaça Italiana.

No verão de 1996, depois do Euro, chegou a Inglaterra para estrelar o Chelsea por três anos. Fez 11 golos e venceu a FA Cup, ao lado de Zola, Hugues, Wise ou Petrescu, sendo treinado por Gullit, antes de lhe ocupar o lugar. Na sua melhor época blue, fez 19 golos e venceu a Taça das Taças e a Taça da Liga, já como treinador-jogador. Terminou a carreira aos 34 anos, marcando 10 golos e vencendo a Supertaça Europeia.

Por Itália, nada venceu, tendo marcado 16 golos em 59 jogos. Este nos Mundiais de 1986 e 1990 e no Euro 1988. Treinou Chelsea e Watford, tendo depois passado para a seleção italiana com coordenador.

03/01/23

As estrelas da Juve

Azul e amarelo ao longo do tempo

Visão do Peão (18).png

 

A meio dos anos 90, uma camisola azul com estrelas amarelas brilhou no peito de jogadores de topo como Ravanelli, Vialli ou Del Piero. A maglia da Kappa para a Juventus, tornou-se numa das mais icónicas de sempre. Desde os anos 70 que a Juve usava camisolas azuis como alternativa às suas camisolas listadas. E já em 1976/1977 havia uma estrela em tons de amarelo, mas dizia respeito ao número de títulos conquistados e não a um design apelativo. Em 1979, a marca italiana Kappa começou a fabricar as camisolas da Juve, numa parceria que duraria até 2000, trocada pela também italiana Lotto.

Depois de vários anos em que a camisola alternativa foi amarela, em 1994-1995, a Juventus começou a atuar com um equipamento azul e amarelo. A camisola era predominante azul, com duas estrelas amarelas nos braços e no colarinho, símbolo da Kappa em preto, símbolo da Juventus com o seu imponente touro e logotipo da Danone. Nessa época, com Peruzzi, Ferrara, Conte ou Di Livio, sem contar com os já mencionados, a Juve teve sucesso. Foi campeã e venceu a Taça. Na Europa, perdeu a final da Taça UEFA para o Parma, mas não se pode falar senão numa bela época. No ano seguinte, uma camisola muito parecida. A Danone deu lugar à Sony; o símbolo da Kappa passou a branco; o touro passou para a gola e para o seu lugar entrou a bandeira italiana, com duas estrelas por cima. E esse ano, também não correu mal: vice-campeonato, vitória na Supertaça Italiana e sobretudo a Liga dos Campeões.

Em 1996-1997, a camisola manteve a base, mas as famosas estrelas passaram de amarelas cheias a serem “apenas” contornos brancos, mesmo que se tenham mantido pormenores a amarelo. A bandeira italiana saiu e ficaram apenas as duas estrelas que já lá estavam. E foi mais uma vez bem vestida que a Juve foi campeã internamente e venceu a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. Na Liga dos Campeões, perdeu a final. No ano seguinte, o do centenário da equipa, manteve-se o azul e amarelo. O design base passou a ser igual ao do moderno primeiro equipamento, passando a gola a ser mais amarela e a estrelas a manterem-se como contornos brancos. O patrocinador passou a Sony MiniDisc. A Juventus regressou à final da Liga dos Campeões para a perder de novo, mas foi campeã italiana e venceu a Supertaça.

Em 1998-1999, as estrelas desapareceram, passando o azul e amarelo, com muito menos graça do que nos anos anteriores a passar a ser o terceiro equipamento, tal como na época seguinte, em que o azul dominou, saindo o amarelo. Com a mudança para a Lotto, o azul deu lugar a equipamentos brancos e pretos, que alternaram com o tradicional que conjugava as duas cores.

Em 2004-2005, a Nike trouxe de volta o azul, mas apenas com alguns pormenores de amarelo, repetindo a fórmula em 2007-2008 e 2008-2009. Em 2011-2012 regressaram as estrelas. Aliás, uma estrela. Mas, sob fundo…cor-de-rosa, outra cor histórica da Juventus. A Nike fez do equipamento alternativo, rosa, com uma estrela com contornos pretos no peito. Em 2014-2015, vinte anos após a aparição do mítico equipamento, a Nike fez um azul com pequeníssimos pormenores amarelos e estrelas no peito, numa alusão subtil aquilo que a Kappa havia feito. A adidas fabricou vários equipamentos alternativos azuis, sem amarelo, tendo feito uma proposta, na época passada onde misturava azul, amarelo e branco mas, claro, sem estrelas.

03/01/23

Os outros destaques

Liga da Arábia Saudita

Visão do Peão (19).png

 

Cristiano Ronaldo será a maior estrela da liga saudita, claro, mas, há nomes bem conhecidos a atuar por lá. No Al Nassr que receberá CR7, além do treinador francês Rudi Garcia, estão o guarda-redes colombiano Ospina, que brilhou por Nice, Arsenal e Nápoles; o defesa espanhol Álvaro, com passado no Marselha; o vetereno médio brasileiro Luiz Gustavo, que passou por Marselha, Bayern de Munique ou Fenerbahce; o médio criativo argentino Pity Martinez, associado ao Sporting e que passou por River Plate ou pela MLS e dois nomes bem conhecidos do futebol português: Talisca e Aboubakar.

Descendo na tabela, encontramos o Al-Shabab, onde joga Banega, com passado de sucesso no Inter ou Sevilha; Krychowiak, médio criativo polaco que passou por Bordéus, PSG ou Sevilha e Santi Mina, imponente goleador espanhol, que passou por Valência e está emprestado pelo Celta ao clube saudita. No ataque joga ainda Carlos Júnior, que foi goleador do Santa Clara. No Al-Ittihad Jeddah, treinado por Nuno, tem como armas, Hélder Costa, extremo das escolas do Benfica com experiência no Leeds, Valência ou Wolves; o marroquino Hamdallah, que fez parte da grande campanha mundial de Marrocos e Romarinho, goleador brasileiro que passou pelo Corinthians. No Al Hilal, outros conhecidos da nossa liga: Maregam, Vietto e Carrillo. E ainda há Ighalo, goleador nigeriano que passou por Itália, Espanha, China e Manchester United.

No Al Tai, o banco é de Pepa, mas não há muitos nomes reconhecíveis, sem contar com Dener, médio brasileiro que passou por Portimão. No Abha Club, joga Caicedo, que passou por Manchester City, Sporting ou Lázio. O extremo português com passagens por Braga e Famalicão, Fábio Martins, atua no Al Khaleej, treinado por Pedro Emanuel. A lista de estrangeiros interessantes não se fica por aqui, sem contar com os valores locais que contribuíram para a vitória da seleção que seria depois campeã mundial.

03/01/23

Bryan retira-se

Estrela da Costa Rica

Visão do Peão (20).png

 

Bryan Ruiz terminou a carreira. O costa-riquenho ficou marcado em Portugal por um falhanço que poderia ter dado o campeonato ao Sporting, mas foi muito mais do que isso. Médio ofensivo de grande classe e criatividade, Ruiz deu nas vistas no Alajuelense, onde se formou e onde completou três épocas como sénior, marcando, assistindo e conquistando títulos locais.

Aos 21 anos, mudou-se para a Bélgica onde passou três épocas a crescer no Gent. Seguiu-se o Twente. Na primeira época, a sua melhor prestação de sempre: 29 golos e a conquista da liga holandesa. Ficaria mais um ano antes de se mudar para a Premier League onde teve sucesso comedido no Fulham, sendo emprestado ao PSV, pelo meio.

Em 2015 chegou a Lisboa para fazer a ala esquerda ofensiva do Sporting. Venceu a Supertaça, mas os seus 13 golos e 14 assistências não chegaram para que o clube fosse campeão. Os seus números desceriam nas duas épocas seguintes, mas deixou boa imagem antes de rumar ao Santos. Tornou ao Alajuelense para mais títulos e para se retirar, aos 37 anos.

Pela Costa Rica, fez 146 jogos e marcou 29 vezes. Esteve nos Mundiais de 2014, 2018 e 2022; na Copa América de 2016 e nas Gold Cup de 2005, 2011, 2015, 2017, 2019 e 2021.

01/01/23

CR7 na Arábia Saudita

Contrato milionário

Visão do Peão (22).png

 

Cristiano Ronaldo vai jogar nos sauditas do Al-Nassr, numa movimentação de mercado que coloca a liga local no mapa e irá enriquecer ainda mais o avançado português. Tendo em conta as notícias das últimas semanas, esta mexida não surpreende mas não deixar de ser triste ver um dos melhores de sempre fora das maiores ligas mundiais.

Pág. 6/6

Mais sobre mim

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub