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Visão do Peão

Visão do Peão

Sex | 13.01.23

Recoba

Francisco Chaveiro Reis

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Alvaro Recoba é a definição perfeita de herói de culto. Internacional uruguaio, passou grande parte da carreia no Inter onde continua a ser adorado mesmo que nunca tenha sido titular indiscutível. Adolescente, despontou no Danubio, em 1994. 34 jogos e 11 golos depois, mudou-se para o Nacional, clube de maior nomeada, fazendo mais 33 jogos e 17 golos. Mesmo sem títulos, estava pronto para a Europa.

Aos 22 anos viu-se a concorrer com Ronaldo, Djorkaeff, Ganz, Zamorano, Kanu ou Branca. Ainda assim, esteve em 19 jogos e fez 5 golos. Foi vice-campeão italiano e venceu a Taça UEFA. No famoso 3-0 à Lázio na final, não saiu do banco. Na época seguinte, com Ventola e Baggio, acabou por fazer apenas 4 jogos e foi emprestado ao Veneza, onde se impôs com 11 golos em 19 jogos ao lado de Maniero, Tuta, Volpi ou Taibi. Naturalmente regressou e ficou mais 8 épocas no Inter, totalizando 175 jogos e 53 golos. Venceria outros trofeus em Milão: 2 campeonatos, 2 taças e 2 supertaças. Famoso pela sua classe, mostrada vezes sem conta na marcação de bolas paradas, El Chino continua a ser figura consensual mesmo que fique a sensação de que poderia ter sido ainda melhor, se tivesse “descido” um degrau, em termos de clubes, para ter maior protagonismo.

Em 2007, aos 32 anos, ainda fez uma época no Torino (24 jogos e 3 golos, essencialmente como suplente) e deixou Itália, onze anos depois da chegada. Não regressou ao Uruguai antes de cerca de ano e meio na Grécia. Pelo Panionos, 23 jogos e 4 golos. Seguiu-se ao regresso ao Uruguai, primeiro ao Danubio e depois ao Nacional, onde venceu duas vezes. Retirou-se aos 39 anos.

Pelo Uruguai, 11 golos em 69 jogos, tendo estado nas Copas América de 1997 e 2007; na Taça das Confederações de 1997 e no Mundial de 2002, no qual fez um golo.