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Visão do Peão

As estrelas da Juve

Azul e amarelo ao longo do tempo

Francisco Chaveiro Reis
03
Jan23

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A meio dos anos 90, uma camisola azul com estrelas amarelas brilhou no peito de jogadores de topo como Ravanelli, Vialli ou Del Piero. A maglia da Kappa para a Juventus, tornou-se numa das mais icónicas de sempre. Desde os anos 70 que a Juve usava camisolas azuis como alternativa às suas camisolas listadas. E já em 1976/1977 havia uma estrela em tons de amarelo, mas dizia respeito ao número de títulos conquistados e não a um design apelativo. Em 1979, a marca italiana Kappa começou a fabricar as camisolas da Juve, numa parceria que duraria até 2000, trocada pela também italiana Lotto.

Depois de vários anos em que a camisola alternativa foi amarela, em 1994-1995, a Juventus começou a atuar com um equipamento azul e amarelo. A camisola era predominante azul, com duas estrelas amarelas nos braços e no colarinho, símbolo da Kappa em preto, símbolo da Juventus com o seu imponente touro e logotipo da Danone. Nessa época, com Peruzzi, Ferrara, Conte ou Di Livio, sem contar com os já mencionados, a Juve teve sucesso. Foi campeã e venceu a Taça. Na Europa, perdeu a final da Taça UEFA para o Parma, mas não se pode falar senão numa bela época. No ano seguinte, uma camisola muito parecida. A Danone deu lugar à Sony; o símbolo da Kappa passou a branco; o touro passou para a gola e para o seu lugar entrou a bandeira italiana, com duas estrelas por cima. E esse ano, também não correu mal: vice-campeonato, vitória na Supertaça Italiana e sobretudo a Liga dos Campeões.

Em 1996-1997, a camisola manteve a base, mas as famosas estrelas passaram de amarelas cheias a serem “apenas” contornos brancos, mesmo que se tenham mantido pormenores a amarelo. A bandeira italiana saiu e ficaram apenas as duas estrelas que já lá estavam. E foi mais uma vez bem vestida que a Juve foi campeã internamente e venceu a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. Na Liga dos Campeões, perdeu a final. No ano seguinte, o do centenário da equipa, manteve-se o azul e amarelo. O design base passou a ser igual ao do moderno primeiro equipamento, passando a gola a ser mais amarela e a estrelas a manterem-se como contornos brancos. O patrocinador passou a Sony MiniDisc. A Juventus regressou à final da Liga dos Campeões para a perder de novo, mas foi campeã italiana e venceu a Supertaça.

Em 1998-1999, as estrelas desapareceram, passando o azul e amarelo, com muito menos graça do que nos anos anteriores a passar a ser o terceiro equipamento, tal como na época seguinte, em que o azul dominou, saindo o amarelo. Com a mudança para a Lotto, o azul deu lugar a equipamentos brancos e pretos, que alternaram com o tradicional que conjugava as duas cores.

Em 2004-2005, a Nike trouxe de volta o azul, mas apenas com alguns pormenores de amarelo, repetindo a fórmula em 2007-2008 e 2008-2009. Em 2011-2012 regressaram as estrelas. Aliás, uma estrela. Mas, sob fundo…cor-de-rosa, outra cor histórica da Juventus. A Nike fez do equipamento alternativo, rosa, com uma estrela com contornos pretos no peito. Em 2014-2015, vinte anos após a aparição do mítico equipamento, a Nike fez um azul com pequeníssimos pormenores amarelos e estrelas no peito, numa alusão subtil aquilo que a Kappa havia feito. A adidas fabricou vários equipamentos alternativos azuis, sem amarelo, tendo feito uma proposta, na época passada onde misturava azul, amarelo e branco mas, claro, sem estrelas.

Os outros destaques

Liga da Arábia Saudita

Francisco Chaveiro Reis
03
Jan23

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Cristiano Ronaldo será a maior estrela da liga saudita, claro, mas, há nomes bem conhecidos a atuar por lá. No Al Nassr que receberá CR7, além do treinador francês Rudi Garcia, estão o guarda-redes colombiano Ospina, que brilhou por Nice, Arsenal e Nápoles; o defesa espanhol Álvaro, com passado no Marselha; o vetereno médio brasileiro Luiz Gustavo, que passou por Marselha, Bayern de Munique ou Fenerbahce; o médio criativo argentino Pity Martinez, associado ao Sporting e que passou por River Plate ou pela MLS e dois nomes bem conhecidos do futebol português: Talisca e Aboubakar.

Descendo na tabela, encontramos o Al-Shabab, onde joga Banega, com passado de sucesso no Inter ou Sevilha; Krychowiak, médio criativo polaco que passou por Bordéus, PSG ou Sevilha e Santi Mina, imponente goleador espanhol, que passou por Valência e está emprestado pelo Celta ao clube saudita. No ataque joga ainda Carlos Júnior, que foi goleador do Santa Clara. No Al-Ittihad Jeddah, treinado por Nuno, tem como armas, Hélder Costa, extremo das escolas do Benfica com experiência no Leeds, Valência ou Wolves; o marroquino Hamdallah, que fez parte da grande campanha mundial de Marrocos e Romarinho, goleador brasileiro que passou pelo Corinthians. No Al Hilal, outros conhecidos da nossa liga: Maregam, Vietto e Carrillo. E ainda há Ighalo, goleador nigeriano que passou por Itália, Espanha, China e Manchester United.

No Al Tai, o banco é de Pepa, mas não há muitos nomes reconhecíveis, sem contar com Dener, médio brasileiro que passou por Portimão. No Abha Club, joga Caicedo, que passou por Manchester City, Sporting ou Lázio. O extremo português com passagens por Braga e Famalicão, Fábio Martins, atua no Al Khaleej, treinado por Pedro Emanuel. A lista de estrangeiros interessantes não se fica por aqui, sem contar com os valores locais que contribuíram para a vitória da seleção que seria depois campeã mundial.

Bryan retira-se

Estrela da Costa Rica

Francisco Chaveiro Reis
03
Jan23

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Bryan Ruiz terminou a carreira. O costa-riquenho ficou marcado em Portugal por um falhanço que poderia ter dado o campeonato ao Sporting, mas foi muito mais do que isso. Médio ofensivo de grande classe e criatividade, Ruiz deu nas vistas no Alajuelense, onde se formou e onde completou três épocas como sénior, marcando, assistindo e conquistando títulos locais.

Aos 21 anos, mudou-se para a Bélgica onde passou três épocas a crescer no Gent. Seguiu-se o Twente. Na primeira época, a sua melhor prestação de sempre: 29 golos e a conquista da liga holandesa. Ficaria mais um ano antes de se mudar para a Premier League onde teve sucesso comedido no Fulham, sendo emprestado ao PSV, pelo meio.

Em 2015 chegou a Lisboa para fazer a ala esquerda ofensiva do Sporting. Venceu a Supertaça, mas os seus 13 golos e 14 assistências não chegaram para que o clube fosse campeão. Os seus números desceriam nas duas épocas seguintes, mas deixou boa imagem antes de rumar ao Santos. Tornou ao Alajuelense para mais títulos e para se retirar, aos 37 anos.

Pela Costa Rica, fez 146 jogos e marcou 29 vezes. Esteve nos Mundiais de 2014, 2018 e 2022; na Copa América de 2016 e nas Gold Cup de 2005, 2011, 2015, 2017, 2019 e 2021.