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Visão do Peão

Visão do Peão

Sex | 30.09.22

Hesp

Francisco Chaveiro Reis

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Ruud Hesp teve uma longa carreira na Holanda, em clubes de média dimensão, acabando por se tornar jogador do Barcelona, onde Van Gaal fez dele titular. Começou no Haarlem, passando depois sete épocas no Fortuna Sittard. Com uma carreira sustentada, transferiu-se para o Roda onde passou três boas épocas, sendo chamado ao Euro 96. Pela mão de Van Gaal, chegou ao Barcelona em 1997, roubando a titularidade a Vítor Baía. Manteve-se como titular mais dois anos, fazendo um total de 144 jogos na Catalunha. Ajudou a vencer dois campeonatos, duas taças e uma supertaça europeia. Regressou ao Fortuna Sittard para acabar a carreira. Chamado também para o Mundial de 1998, não se chegou a estrear pela Holanda. Tornou-se treinador de guarda-redes, estando hoje no Heerenveen após passagens por PSV, Groningen, Holanda e Roda.

Qui | 29.09.22

Fernando Baiano

Francisco Chaveiro Reis

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Brasileiro, hoje com 43 anos, Fernando Baiano foi goleador no seu país, Espanha, Alemanha e EAU. Tudo começou no Corinthians no fim dos anos 90. No Timão, fixou-se em 1999, marcando 21 golos pela equipa principal, na estreia. Ajudou a vencer dois Paulistas, dois Brasileirões e um Mundial de Clubes, superando o Real Madrid na fase de grupos e o Vasco, na final. Saiu para o Internacional, onde fez 27 golos e conquistou o Gaúcho e depois para o Flamengo, onde marcou mais 16.

Entrou na Europa pela porta do Wolfsburgo, marcando 11 vezes. Regressou ao Brasil, para 6 golos no São Caetano e viajou para Espanha, onde teve sucesso. Começou no Málaga, com 9 golos ao lado de Amoroso, Wanchope, Edgar, Duda ou Litos e passou para o Celta. Em Vigo, servido por David Silva, fez 14 golos na primeira época. Na segunda, com a ajuda do compatriota Nenê, fez mais 18. O Celta desceu de divisão, mas, Baiano manteve-se na La Liga, jogando pelo Múrcia onde fez apenas 7 golos e voltou a descer.

Aos 30 anos, passou a jogar pelo Al Jazira com o também brasileiro Rafael Sóbis e voltou aos golos: 26 numa época e 22 na seguinte, conseguido os seus melhores números de sempre. Passaria depois para o Al-Wahda, sem o mesmo sucesso. Regressou ao São Caetano, foi até ao Al-Ittihad Jeddah e acabou a carreira no Mogi Mirim.

Qua | 28.09.22

Redondo

Francisco Chaveiro Reis

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Ídolo das fãs femininas e símbolo de classe, Fernando Redondo, foi um médio defensivo argentino de grande qualidade. Hoje com 53 anos, Redondo formou-se e estreou-se no Argentinos Juniors fazendo 65 partidas antes de se mudar para Espanha. De 1990 a 1994 foi jogador do Tenerife, ganhando experiência na Europa e fazendo mais de 100 jogos, mesmo tendo sido apoquentado por lesões. Após o Mundial dos EUA, Jorge Valdano pediu-o para o seu projeto do Real Madrid.

Lutou com Milla pelo lugar e após lesão, acabou por conquistar o lugar e ajudar o Real a vencer o campeonato. Venceria mais um campeonato, uma supertaça, uma taça intercontinental e duas Ligas dos Campeões. Totalizou 224 jogos pelo colosso europeu e saiu para o Milan. Passou quatro anos em San Siro, vencendo títulos – Liga dos Campeões, campeonato e Taça – mas fazendo apenas 33 partidas, fustigado pelas lesões.

Pela Argentina, 29 partidas, tendo estado no Mundial de 1994, na Copa América de 1993 e na Taça das Confederações de 1992. A sua recusa em cortar o cabelo terá estado na origem da não chamada para o Mundial de 1998.

Qua | 28.09.22

Seleção à deriva num barco de Santos

JFD
Portugal tem o mais vasto leque de talento futebolístico de que há memória, com jogadores nas maiores ligas de futebol e alguns dos melhores nas suas posições. Mas isso não chega, na medida em que a seleção é um projeto de interesses que não tem por objetivo primeiro o sucesso desportivo, do qual Fernando Santos — que não é treinador, é gestor, nas suas palavras ao Fisco — é o rosto mais evidente, mas menos importante.

Um selecionador mantido no cargo por ter ganho uma prova europeia por sorte do acaso. Hoje ficou mais uma evidente a sua inaptidão para o cargo, sendo incapaz de perceber que aquele modelo defensivo mal enjeitado acabaria com um golo espanhol. Por isso, por melhores que sejam os ingredientes se não há chef não há gastronomia.
Ter | 27.09.22

Busquets

Francisco Chaveiro Reis

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Pai de Sergio, médio titularíssimo do Barcelona nos últimos anos, Carles Busquets, que se distinguia por usar calças, foi um interessante guarda-redes. Passou grande parte da carreira no Barcelona, sendo que foi suplente durante anos. Esteve em maior destaque entre 1993 e 1996, fazendo 105 jogos e a ponte entre Zubizarreta e Baía. Tem um palmarés bastante rico: 2 supertaças europeias, uma liga dos campeões, uma Taça das Taças, seis ligas espanholas, 2 Taças do Rei e quatro supertaças. Passou quatro anos no Lleida antes de ser treinador de guarda-redes da equipa B entre 2002 e 2020. Nunca jogou por Espanha.

Seg | 26.09.22

Os 26

Francisco Chaveiro Reis

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A poucas semanas do Mundial, poucas dúvidas restarão a Fernando Santos quanto ao lote final de jogadores a estarem no Catar. Vejamos quem são as hipóteses mais fortes.

Na baliza, parece quase certo que Costa (FCP), Patrício (Roma) e (Wolverhampton) são as escolhas. Lopes (Lyon) e Silva (Bétis) devem ficar de fora, restando apenas um dos campeões da Europa de 2016. Nas alas defensivas, também não há espaço para surpresas. Em condições normais, ou seja, sem lesões ou baixas de forma repentinas, vão Dalot (United), Cancelo (City), Raphel (Dortmund) e Mendes (PSG). É certo que ficam de fora vários homens de grande qualidade, mas a seleção estará muito bem representada neste setor. Também forte, estará a defesa, com três nomes certos: Pepe (FCP), Danilo (PSG) e Dias (City). O quarto central será uma das poucas hesitações de Fernando Santos. Djaló (Lille) deve ter vantagem sob Carmo (FCP), Inácio (Sporting) e Fonte (Lille), um habitual da seleção até há pouco, mas possivelmente uma opção arriscada quando já se leva outro veterano e um homem adaptado.

No meio, não devem haver surpresas e Pedro Gonçalves, figura do Sporting deve mesmo ficar de fora. Neves, Moutinho e Nunes (Wolverhampton), Palhinha (Fulham), Fernandes (United), Vitinha e Sanches (PSG) e William (Bétis) devem ser chamados. Acredito que tal como Pote, também João Mário (Benfica) ficará de fora para acomodar Moutinho, habitual nas chamadas. São oito médio de grande qualidade e que dão garantias mesmo que pessoalmente trocasse 2 ou 3 nomes.

No ataque, não se contam com muitas surpresas. Acredito que Ramos (Benfica) fará companhia a Ronaldo (United) e Félix (Atlético) mais pelo meio. Bernardo (City), Leão (Milan) e Jota (Liverpool) são nomes certos e o 26.º poderá ser uma meia surpresa: Trincão (Sporting) ou Jota (Celtic). Mas, conhecendo Santos não admira que opte por um nome mais familiar como o de Guedes (Wolverhampton) ou que mantenha a justa aposta em Horta (Braga).

É bem provável que os 26 sejam: 1-Patrício, 2-Cancelo, 3-Pepe, 4-Dias, 5-Guerreiro, 6-Palhinha, 7-Ronaldo, 8-Moutinho, 9-Ramos, 10-Bernardo, 11-Fernandes, 12-Sá, 13-Danilo, 14-William, 15-Leão, 16-Sanches, 17-Djaló, 18-Neves, 19-Horta, 20-Dalot, 21-Jota, 22-Costa, 23-Félix, 24-Nunes, 25-Mendes e 26-Vitinha.

Seg | 26.09.22

Fora de água?

Francisco Chaveiro Reis

 

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Miguel Vítor, formado no Benfica, internacional israelita. George Baldock, nascido em Inglaterra, onde jogou quase toda a vida, com exceção de uma pequena experiência na Islândia, internacional grego. Matty Cash, nascido em Inglaterra, onde fez toda a sua carreira, internacional polaco. Estes são três dos jogadores que atuaram este fim-de-semana pelas suas seleções, sendo que, a avaliar pelos nomes, parecem não pertencer a estes países.

Miguel Vítor, central, chegou a Israel em 2016 após três temporadas no PAOK e uma vida no Benfica. Identificou-se com o país, venceu sete títulos e surgiu com naturalidade a hipótese de ser internacional, acrescentando valor ao país de acolhimento, já que tinha piúcas possibilidades de jogar por Portugal. Leva 4 jogos. Aos 33 anos, não fará um número incrível de jogos nem chegará à fase final de uma grande competição, mas fica com esta experiência internacional.

Já Baldock e Cash, valem-se da família. Baldock, lateral direito, só há pouco, à beira dos 30 anos, se estreou pela Grécia. O inglês de gema tem uma avó grega, o que lhe possibilitou a chamada a uma equipa que conta várias vezes com Zeca, português de nascença, que numa história semelhante à de Miguel Vítor, se tornou internacional pelo país de acolhimento. Baldock leva 5 jogos. Já, Cash, lateral do Aston Villa, leva 7 jogos e 1 golos por uma equipa onde tem o prazer de jogar com Lewandowski. Matthew Stuart Cash aproveitou a descendia polaca da mãe para se juntar a uma equipa que marca presença regular em fases finais.

Seg | 26.09.22

Portugal quase na fase final

Francisco Chaveiro Reis

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Portugal está a um empate de estar na fase final da Liga das Nações. É claro que esse empate terá que ocorrer ante da equipa espanhola, mas com Ronaldo, Bernardo, Fernandes e tantos outros, Portugal tem qualidade para ombrear com qualquer equipa. Portugal assim juntar-se a Croácia, Países Baixos e provavelmente Hungria na Final Four. Portugal, recorde-se, recebeu e venceu a primeira edição da fase final da prova. No sábado, numa das melhores exibições dos últimos tempos, Portugal bateu a Chéquia por 0-4, em Praga, com dois golos de Diogo Dalot, um de Bruno Fernandes e um de Diogo Jota, pecando o resultado por escasso, mesmo que Ronaldo, estrela da companhia não tenha estado no seu melhor. No mesmo dia, a Espanha foi surpreendida em casa pela Suíça, perdendo 1-2.

Seg | 26.09.22

Alfonso

Francisco Chaveiro Reis

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Alfonso Perez passou por Real Madrid e Barcelona, foi internacional, mas é essencialmente conhecido como goleador no Bétis. Natural de Madrid, onde nasceu há 50 anos (faz hoje), Alfonso fez a formação no Real Madrid, sendo utilizado 119 vezes na primeira equipa, entre 1990 e 1995, fazendo 22 golos e ajudando a conquistar uma liga, uma taça e uma supertaça. Em busca de maior protagonismo, mudou-se para o Bétis. Em Sevilha, fez 57 golos em 152 jogos e tornou-se no ídolo dos adeptos. Em 1996-1997 fez a sua melhor época de sempre, marcando 26 vezes e chegando à final da Taça do Rei, onde perdeu por 3-2 com o Barcelona de Figo. Alfonso marcou um dos golos e no ano seguinte, mudou-se para o Camp Nou.

Juntou-se a um Barça em reconstrução, sendo companheiro de Kluivert, Overmars, Rivaldo ou Guardiola. Marcou 5 golos e ajudou a equipa a chegar às meias-finais da Taça UEFA, perdendo com o Liverpool. Ficou mais meia época em Barcelona e outra meia em Marselha. Regressou ao Bétis para mais 12 golos, sendo o sexto melhor marcador da história do clube. Despediu-se sendo parte do plantel que venceu a Taça do Rei de 2005.

Por Espanha, 38 jogos e 11 golos. Marcou presença nos Euro 1996 e 2000 e no Mundial 1998. Como jovem, esteve nos Jogos Olímpicos de Barcelona, que ajudou a vencer ao lado de Kiko, Guardiola, Luis Enrique, Lasa, Abelardo ou Ferrer.

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