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Visão do Peão

Visão do Peão

Signori

Heróis de Culto

29.06.22

 

Antes dos anos milionários que levaram Salas, Crespo, Lopez ou Simone Inzaghi para Roma, era Beppe Signori a referência atacante da Lázio, fixando-se depois como estrela do Bolonha. Nascido há 54 anos, Signori estreou-se em 1984 no AlbinoLeffe, tendo depois passado por Trento e Piacenza. Seria a partir dos 22 anos, no Foggia, que daria nas vistas, com 37 golos em três épocas. Foi com a camisola vermelha e preta que cativou a Lázio.

De 1992 a 1998 jogou e marcou pela Lázio. Muito, nos dois casos. 197 jogos e 127 golos. Não venceria títulos coletivos na sua carreira, mas, em Roma, foi o melhor marcador da Série A por três vezes, com a camisola da Lázio: 26 golos em 1993, superando Balbo (Udinese) e Baggio (Juventus); 23 golos em 1994, superando Zola (Parma) e Silenzi (Torino) e 24 em 1996, em igualdade com Protti (Bari).

Passaria pela Sampdória (cruzou-se com o português Hugo) sem deixar grande marca (3 golos) e chegaria depois a Bolonha onde, com a camisola 10, fez seis boas épocas, com 84 golos. Ainda passaria por Grécia e Hungria antes de se reformar, aos 38 anos.

Pela sua seleção, fez 7 golos em 28 jogos, tendo feito parte do plantel vice-campeão mundial em 1994.

Lombardo

Heróis de Culto

28.06.22

 

Attilio Lombardo estava longe de ter pinta de jogador, com o seu penteado com muito pouco cabelo. Mas, assim que tocava na bola, percebia-se que era jogador e, de eleição. Hoje com 56 anos e parte do staff da seleção italiana, tal como os amigos e ex-Samp, Mancini e Vialli, Lombardo teve uma carreira longa e de sucesso.

O médio ofensivo ainda passou por Pergocrema e Cremonese mas foi na Sampdória que deu nas vistas. Em 1989 reforçou a Samp, foi titular e ajudou a vencer a Taça das Taças. Na Suécia, assistiu aos dois golos de Vialli, no tempo extra, que bateram o Anderlecht. Vialli, Mancini, Vierchowod ou Carboni eram algumas das estrelas. Ficaria um total de seis épocas em Génova, vencendo ainda um campeonato (1991), uma taça (1994) e uma supertaça (1991). Jogou 304 vezes pela Samp, marcando 51 golos. É o 10.º jogador com mais golos pelo clube e o seu oitavo maior goleador. Jogou ao lado de inúmeros craques como Pagliuca, Toninho Cerezo, Silas, Gulitt ou Platt.

Não resistiu ao apelo e em 1995 mudou-se para Turim. Aos 30 anos, estreou-se pela Juventus com a conquista da Liga dos Campeões e da supertaça italiana, numa equipa mítica que contava com Vialli, Ravanelli, Conte, Del Piero, Paulo Sousa, Ferrara ou Peruzzi. No seguinte, jogou o dobro dos jogos (34) e ajudou a Vecchia Signora a vencer a Série A, uma Taça Intercontinental (1-0 ao River Plate de Francescoli, Ortega, Salas e Sorín) e a Supertaça europeia (total de 9-2 ao PSG de Lama, Raí, Le Guen ou Loko). A Juve chegou ainda à final da Liga dos Campeões, perdendo com o Dortumnd (para onde saiu Paulo Sousa).

Aos 32 anos, Lombardo entrou na moda de jogadores italianos na Premier League (Zola, Vialli e Di Matteo no Chelsea; Eranio no Derby County ou Pistone no Newcastle) e rumou ao Crystal Palace. Lombardo, ao lado de Padovano e Bonetti, com passagens pela Juventus igualmente, nem se deu mal com 24 jogos e 5 golos, mas os londrinos acabaram em último. Ainda fez meia época na segunda divisão, mas não recusou o convite da Lázio para regressar a Itália. Fez duas meias épocas e uma completa no Olimpico, vencendo uma Taças das Taças (2-1 ao Maiorca de Dani Garcia, Biagini e Ibagaza) e uma supertaça italiana. Como em Turim, foi essencialmente suplente, num meio campo que tinha Conceição, Almeyda, Nedved ou De La Pena. Em 1999-2000 fez parte de uma época perfeita da Lázio com a vitória na Série A, Taça de Itália e Supertaça Europeia (0-1 ao poderoso Manchester United). Com mais uma Supertaça de Itália conquistada, regressou a Génova para mais 34 jogos.

Por Itália, fez 19 jogos, marcando 3 vezes sem nunca ser chamado para uma grande competição.

Sporting 22-23

Começa hoje

27.06.22

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Estão agora a começar os trabalhos na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete. É o início de uma época de ilusão, esperando-se que, daqui a um ano, quando os trabalhos voltarem a começar, o Sporting possa ser campeão.

Hoje não se vão ver grandes surpresas e nem nomes que pareciam mais do que certos como Israel e Morita devem treinar. O negócio pelo uruguaio estará mais difícil e o japonês, que estará em Lisboa, deve esperar mais alguns dias. Outros, como Trincão, também não estão certos e não começam hoje. O Sporting ainda estará no mercado por mais um extremo, um avançado e pelo menos mais um médio, sendo que as saídas vão ajudar a decidir as entradas. Palhinha e Nunes podem ser vendas milionárias e espera-se que o clube possa fazer alguns milhões com jogadores com os quais não conta como Plata ou Jovane. Vinagre, Esteves ou Nazinho devem ser emprestados. O primeiro, avaliado em 20 milhões não convenceu. Os segundos, precisam de tempo de jogo.

Para já, o Sporting conta com os guarda-redes Adán e Paulo, sendo que Callai se lhe deve juntar. Na defesa, tem Saint Juste, Neto, Coates, Inácio e os jovens Quaresma e Marsà. Não me admiraria que outro central, como Lamba, fosse integrado. Nas alas, Porro, Esgaio, Santos, Reis e Geny devem começar os trabalhos. No centro, vão trabalhar Ugarte, Essugo, Bragança, Veiga e Abreu, esperando-se Morita e mais um ou dois nos próximos dias. No ataque as alas vão contar com Pote, Tabata e Edwards, além do jovem ganês Fatawu. No centro, para já, Paulinho e Rodrigo. Chermiti ou Skoglund podem beneficiar da ausência de outra opção atacante.

West

Heróis de Culto

26.06.22

 

É tentador atribuir a fama de Taribo West à sua excentricidade, manifestada sobretudo nos seus dois totós, muitas vezes coloridos. Mas, o central nigeriano foi bem mais do que isso, tendo jogado ao mais alto nível por vários anos. West, hoje com 48 anos, deu nas vistas no seu país, com a camisola do Julius Berger, mudando-se para o Auxerre em 1993.

Ao serviço do mítico Guy Roux (treinou o Auxerre de 1963 a 2005), West fez apenas um jogo na estreia (vitória na Taça de França para o clube) mas em 1994-1995 esteve em destaque, jogando 28 vezes. Na época seguinte, fez os mesmos 28 jogos (1 golo) e ajudou o Auxerre a ser campeão e a vence a Taça de França. Eram os dias de Charbonnier, Goma, Silvestre (primo de Mikael, que jogaria no United), Martins, Lamouchi, Laslandes ou Guivarc’h. Já com a estreia na Liga dos Campeões (eliminação nos quartos aos pés do Dortmund, que seria o vencedor final) e com a vitória na supertaça francesa, West mudar-se-ia para Milão.

Com a camisola do Inter terá tido os dois melhores anos da carreira e aqueles pelos quais se tornou mundialmente conhecido. West fez dupla com Bergomi, numa equipa que tinha ainda Pagliuca, Zanetti, Simeone, Djorkaeff, Moriero, Zamorano e, claro, Ronaldo Fenómeno. Não foi campeão, mas venceu a Taça UEFA (3-0 à Lázio) na sua melhor época de sempre, com 34 jogos e 2 golos. Na segunda época, faria mais 31 jogos, encerrando o ciclo (jogaria com Mikael Silvestre, primo do seu colega no Auxerre). Aos 25 anos, a sua carreira não voltaria a ser a mesma. Numa troca típica do futebol italiano, mudou-se para o Milan para apenas 4 jogos e 1 golo.

Sem grande sucesso ou continuidade, passaria por Derby County, Kaiserslautern, Partizan, Al-Arabi SC, Plymouth Argyle, regresso ao Julius Berger e passagem pelo Paykan FC, do Irão.

Pela Nigéria, fez 41 jogos pela equipa principal. Em 1996, foi campeão olímpico em Atlanta, ao lado de uma seleção de luxo, que incluía Babayaro, Okocha, Oliseh, Babangida, Amunike ou Kanu. West fez os seis jogos do torneio. Dois anos depois estaria em França, fazendo 4 jogos no Mundial. Quatro anos depois, jogou duas vezes no Mundial da Coreia do Sul e Japão. Participou ainda em duas CAN.

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