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Visão do Peão

Visão do Peão

21 de Abril, 2022

Sporting vai ao Dragão

Tentar virar as meias

Francisco Chaveiro Reis

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O Sporting não acabará a época em “seco”. Será, pelo menos, o vencedor da Supertaça e da Taça da Liga. Mas, ainda pode vencer a Taça de Portugal e esse é o grande objetivo do clube para a reta final da época, partindo do princípio de que o segundo lugar já não foge. O Sporting volta ao Dragão depois de lá ter empatado em fevereiro, num jogo marcado pela polémica dentro e fora de campo. Para chegar à final, o Sporting tem que anular o 1-2 da primeira mão.

O FCP, em vias de ser campeão, não quererá facilitar, mas não contará com Pepe, líder da equipa, castigado e possivelmente, nem com Uribe, lesionado. Marchesín deve avançar para a baliza, mas nem por isso o Porto estará mais fraco. Objetivamente, a vantagem do Sporting será a de querer mais vencer a Taça do que o adversário. Estará na atitude a grande diferença entre as equipas mesmo que o Sporting já se tenha mostrado superior no confronto direto. Aliás, até na primeira mão deu a sensação de dominar e ser favorito.

Amorim apostará em Adán na baliza e na defesa é previsível que avance o melhor trio: Inácio, Coates e Reis. Nas alas, há que atacar e Porro e Santos devem ser responsáveis por fazer as alas. No centro, Nunes está certo e não admira que Ugarte avance para o lugar de Palhinha. No ataque, com Pote em baixo de forma, não admira que Edwards se junte a Sarabia nas alas. Gostaria de ver Slimani de início, a fechar o 11.

No Porto, Marche será o guarda-redes e previsivelmente serão João Mário, Mbemba, Cardoso e Zaidu a fazer a defesa. Otávio, Grujic, Vitinha e Pepê; Vieira e Taremi devem completar o 11, sempre com Evanilson sem sentido.

21 de Abril, 2022

United Ten Hag

O que vem aí

Francisco Chaveiro Reis

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Alex Ferguson deixou o comando técnico do Manchester United em 2013. Saiu com um currículo invejável: 13 Premier League, 5 FA Cups, 4 Taças da Liga, 10 Supertaças de Inglaterra, 2 Ligas dos Campeões, 2 Supertaças Europeias, 1 Taça Intercontinental e um Mundial de Clubes. Fergunson fez sempre o balanço entre jovens formados no clube, como Gary e Phil Neville, Beckham, Scholes, Butt ou Giggs e contratações mais ou menos sonantes, que resultaram em cheio, como Schmeichel, Vidic, Ferdinand, Stam, Keane, Van Nistelrooy, Yorke ou Cole. Quando o escocês deixou o clube, pensava-se que teria no compatriota David Moyes, um sucessor à altura. Mas Moyes foi apenas o primeiro de uma lista de falhanços no banco do United, que foram transformando o plantel num amontado de jogadores demasiado caros para o rendimento apresentado.

Desde a saída de Ferguson, o United venceu apenas uma Liga Europa (Mourinho); uma FA Cup (Van Gaal), uma Taça da Liga (Mourinho) e uma Supertaça (Mourinho). Ao mesmo tempo, City, Chelsea e Liverpool dispararam com conquistas internas e externas. Até o Arsenal, desde 2013, conseguiu 8 títulos, 4 FA Cups e 4 Supertaças. Até o Leicester, conseguiu uma Premier League.

Moyes orientou o United em 51 jogos e alcançou 27 vitórias. Seguiu-se Ryan Giggs, lenda dentro de campo que fez a transição para Van Gaal. O holandês quis construir uma equipa de futuro, gastando rios de dinheiro em jogadores como Martial, Depay, Zaha, Di Maria, Herrera, Blind ou Rojo, mas nenhum se deu particularmente bem. Seguiu-se Mourinho, que acabou por vencer três títulos antes de ser despedido, por jogar mau futebol. Contratações sonantes como Lukaku, Ibrahimovic ou Pogba também não devolveram a glória ao United. Seguiu-se a aposta em Solskajer, com ligação a Ferguson, já que foi a sua arma secreta goleadora, quase toda a sua carreira, mas os muitos milhões – Fred, Maguire ou Bissaka – voltaram a servir de pouco. Nos últimos anos, a contratação de Bruno Fernandes, com impacto positivo imediato terá sido daquelas (poucas) que teriam recebido o OK de Sir Alex.

Sem ter um projeto definido e um modelo de jogo próprio, o United tem gasto demasiado milhões em jogadores que não rendem e tem vindo a perder a sua cultura de vitória. É fácil olhar para o plantel de hoje e ver que Lindeloff, Bailly, Jones, McTominay, Matic ou Telles não teriam lugar nas equipas que correm pelo título inglês. Mas, também seria difícil que as estrelas desses clubes brilhassem em Manchester, com esta confusão.

Ralf Rangnick é o atual técnico, desde sempre pensado como a prazo. O seu papel será, a partir do verão, o de ser diretor desportivo, ou seja, pensar a estrutura e programar melhor o plantel. Erik ten Hag, holandês de 52 anos, parece se o senhor que se segue. Já mostrou no Ajax europeu que sabe o que faz e que pode fazer muito com pouco, mesmo que o pouco seja a fabulosa escola do clube. Com 5 anos no maior clube holandês e experiência na equipa B do Bayern, pode ser uma boa opção e o seu futebol bonito e de ataque, pode devolver o orgulho aos adeptos do United.

Mas qualquer treinador precisará de algum tempo e de uma revolução no plantel. Cavani, Pogba, Lingard, Mata ou Matic estão em fim de contrato e devem mesmo sair. Não admira que haja abertura para negociar suplentes como Henderson, Jones ou Bailly. Não será comportável fazer uma remodelação tão profunda como necessário, mas cerca de dez caras novas devem chegar a Manchester.

A acreditar que o treinador mantem o 4-3-3 que utiliza no Ajax, pensemos num possível plantel. É de crer que De Gea, um dos melhores do mundo e já com história no clube, se mantenha e seja uma das pedras basilares do novo projeto. Aos 30 anos, tem muitos pela frente e mesmo que pense em regressar a casa, Real, Atlético e Barcelona estão muito bem servidos. Heaton deve manter-se e o United terá que contratar um segundo guarda-redes para o lugar de Henderson, que tem mercado. Aqui, não deve gastar muito. Butland (Palace) seria uma boa opção.

No centro da defesa, Varane parece ser o único acima da média e sua experiência no Real e França e deve receber um novo companheiro. É possível que se mantenha Lindeloff e mais um, talvez um dos jovens emprestados, Tuanzebe ou Mengi e que homens como Jones e Bailly saiam à melhor oferta. Maguire, altamente criticado, pode sair, mesmo que o United nunca venha a receber sequer metade do que por ele pagou. Aqui, não me admiraria que Tem Hag gostasse de contar com De Ligt, jovem, mas com experiência e sem estar no seu melhor na Juventus. Opções mais em conta seriam NDicka (Frankfurt), Konsa (Aston Villa) ou Tomori (Milan).

Nas alas, Bissaka e Shaw têm qualidade e podem dar muito à equipa. Laird, emprestado e Telles, num quadro de poupança podem render e salvar fundos para outras posições. Uma delas, seria a de 6, onde Rice seria uma grande mais valia mas seria uma contratação economicamente estratosférica. O mesmo seria o caso de Jude Bellingham que, mais jovem seria ainda mais caro. Mas o United já mostrou que quando quer, dinheiro arranja-se. É natural que Hag possa trazer alguém do Ajax e pensando numa dupla de médios, salta desde logo o nome de Ryan Gravenberch, de 19 anos, que pode ser 6 ou 8 e tem capacidade técnica e física para jogar na Premier League. Neste quadro, Fred e McTominay assumem-se como opções B. Para atacar, Fernandes é candidato a ter um papel ainda de maior destaque como médio de ataque. Na lógica do nem tudo se muda numa janela e na poupança para outros alvos, o seu suplente deve ser um jovem das escolas, como Hannibal.

Para o ataque, espera-se um avançado e dois extremos. Para as laterais, há Sancho, virtuoso e Rashford, que parece ter por onde explodir. Pelo menos mais um, chegará. Pensando no atual clube, Antony seria opção a ter em conta. Recuperar o Dembelé de Barcelona ou apostar numa das estrelas ascendentes da Premier como Bowen seriam boas soluções. E, depois, há jovens para potenciar, como Shoretire ou Elanga. No ataque, a dúvida maior é a continuidade de Ronaldo. O português caminha para o fim da carreira e poderá não ter vontade de experimentar mais um treinador e ter uma época em branco. Irregular, entre jogos pouco conseguidos e hat-tricks, pode também não agradar ao treinador. A meu ver, não continua e para o seu lugar e de Cavani, devem chegar dois homens. Um mais móvel, que até pode ser extremo, se necessário. Para este perfil, o meu escolhido seria Richarlison. Está habituado à liga e mostra qualidade e compromisso. Dentro do universo de primeira, não é uma opção demasiado cara. Depois, sobretudo se sair Ronaldo, fará falta uma estrela goleadora. Kane, estrela do Tottenham e de Inglaterra, seria uma fantástica opção, capaz de levar o United a outro nível. Partindo do princípio de que Haaland só se muda para Madrid ou para o City, poucos, além de Kane seriam boas opções. Talvez Lautaro, fosse a segunda melhor opção.

Assim, teríamos um plantel mais ou menos assim: De Gea, Heaton e Butland; Varane, De Ligt, Lindeloff e Tuanzebe; Bissaka, Laird, Shaw e Telles; Rice, Fred, McTominay, Gravenberch, Hannibal e Fernandes; Rashford, Sancho, Shoretire, Elanga e Antony; Richarlison e Kane.

Curiosamente, o Transfermarkt apontava ontem um 11 muito diferente daquele que eu sugiro: De Gea, Timber, Akanji, Rudiger e Shaw; Nkunku, Laimer e Fernandes; Sancho, Ronaldo e Darwin. 

20 de Abril, 2022

Os móveis

E os pinheiros

Francisco Chaveiro Reis

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A figura de avançado tem mudado nos últimos tempos. Nos anos 90 e 2000, pensava em homens como Trezeguet, Inzaghi, Weah, Kluivert ou Suker, mesmo que fossem muito diferentes entre si. Depois, Messi e Ronaldo, que começaram como extremos, mudaram o paradigma e os avançados móveis ficaram cada vez mais na moda. A seleção espanhola, cheia de glória, chegou a jogar com Iniesta ou Fabregas a fazer de avançado. Vejamos quem são os melhores marcados das melhores ligas.

Em Inglaterra, Lukaku, por exemplo, leva apenas 5 golos. É Salah quem mais marca – 22. Son segue-se com 17 e Jota, com 15, será o homem mais parecido com um 9, mas ainda assim está longe de o ser. Na verdade, os três encaixariam mais como extremos do que como avançados centro, mas, os golos são deles. O City, possível campeão, divide de tal forma os seus golos que o melhor marcado – De Bruyne – só soma 11. E a equipa já leva mais de 70.

Em Espanha, a tradição voltou a ser o que era e quem manda é o 9 do Real, Benzema, com 25 golos. Está longe de ser alguém parado na área, mas ao menos, é um avançado centro. Unal (Villarreal) segue a tendência e leva 15 golos, tantos como De Tomás, esse mais semelhante a Benzema. Em Itália, dominam Immobile, Vlahovic e Simeone. São 9´s mais tradicionais, mas já se sabe que o futebol italiano não está na moda.

Em França, lidera Mbappé, móvel e provável candidato a Bola de Ouro, nos próximos dez anos. Terrier, do Rennes, é o segundo melhor marcador e é também ele, móvel. Bem Yedder, mais 9 do que 7, 10 ou 11 fecha o trio. Pela Alemanha, só Lewandowski poderia reinar, ele que é um 9 mais à antiga, também porque na forma de jogar do Bayern e face à falta de concorrência, pode ter uma postura mais predadora. Schick e Halaand mostram que na Bundesliga ainda compensa ser 9 de área.

Por cá, depois do sucesso de Pote na época passada, Sarabia tem tentado seguir o caminho, apesar de ainda estar longe dos números do colega. Luiz Diaz também esteve goleador até janeiro, mas quem lidera a tabela é Darwin, mistura de 9 e de avançado móvel. Taremi é segundo, mas em terceiro está Ricardo Horta, o Pote deste ano.

Curiosamente, na Escócia, o melhor marcador não é 9 nem avançado móvel, é médio. Chama-se Regan Charles-Cook e joga no Ross County. Apenas na Sérvia há um português (nascido em Cabo Verde, com dupla nacionalidade) no topo da tabela: Ricardo Gomes, com 22 pelo Partizan.

 

20 de Abril, 2022

Goleador de segunda

Mitrovic 40

Francisco Chaveiro Reis

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Quando Mitrovic fetsejou o 3-0 em Craven Cottage, festejou também o seu 40.º golo da época. Em 42 jogos, o sérvio fez 40 dos 98 golos da equipa e ainda teve tempo de oferecer 7 golos aos companheiros. Ainda com a época a decorrer, estes são os seus melhores números de sempre. Mas, porque é que o avançado de 27 anos nunca se destacou na primeira divisão inglesa ou noutra de topo?

Mitrovic fez a formação no Partizan, clube que representava quando foi aos Euros sub-19 de 2012 e 2013. Em 2012, na Grécia, fez apenas um jogo, numa campanha fraca da Servia. No ano seguinte, a competição foi na Sérvia e Mitrovic assumiu-se como melhor jogador da prova. Nas meias, a Sérvia eliminou Portugal de Cancelo, Tobias, Bernardo e Mané. No lado sérvio, o médio Lukovic, hoje na BSAD, foi titular durante toda a prova, numa equipa treinada por Drulovic e marcou o golo da vitória final, contra a França de Rabiot e Martial.

Seguiu-se a ida para o Anderlecht, onde venceu uma liga e uma supertaça e onde foi o melhor marcador da liga. Dois anos depois, aos 21 anos, começou a vestir a camisola 45 do Newcastle. Chegou em 15/16, marcou 9 vezes. Não foi nenhum Shearer mas deixou água na boca, apesar da descida. Na segunda divisão, marcou ainda menos apesar do Newcastle carimbar a subida, como campeão. Ainda fez 7 jogos e 2 golos na Premier League, mas em 2018 chegou ao Fulham. Marcou por 12 vezes e ajudou a equipa a vencer o Aston Villa na final do play-off de subida. Na época seguinte mais 11 golos de primeira, mas nova descida para nova subida, novamente no play-off. Na final, 1-2 ao Brentford e época terminada com 26 golos para Mitrovic, melhor marcador da segunda divisão. Na primeira, nova descida e apenas 4 golitos. Esta, 10 vezes mais.

O que falta a Mitrovic, que também na seleção é goleador? Não teria sucesso numa outra liga como a espanhola ou italiana? Ainda vai a tempo de ser afirmar ou continuará a ser um goleador de segunda?

20 de Abril, 2022

Fulham de primeira

Regressa à PL

Francisco Chaveiro Reis

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O Fulham, equipa londrina treinada por Marco Silva, carimbou o regresso à Premier League ontem. A vitória por 3-0, em casa, frente ao Preston North End determinou o regresso à primeira divisão. Mitrovic bisou e chegou aos 40 (!!!) golos na época e Fábio Carvalho, já a caminho do Liverpool, fez o outro golo. O sérvio e jovem português estão entre as grandes figuras da equipa, acompanhados pelos médios ofensivos Wilson, Carney e Kebano e pelos defensivos Reed ou Seri. Na defesa, brilha o americano Ream. Mas, a grande figura é mesmo Marco Silva que guiou o Fulham a números fabulosos: 42 jogos, 26 vitórias, 8 empates, 8 derrotas, 98 golos marcados e 37 sofridos.

19 de Abril, 2022

A vergonha

Tymoshchuk calado

Francisco Chaveiro Reis

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Anatoliy Tymoshchuk era um herói ucraniano até ao início da ofensiva russa. Agora, mantendo-se em silêncio sobre o tema e mantendo o seu cargo de treinador adjunto dos russos do Zenit, não para de ser criticado. Publicamente, outros jogadores de destaque como Yarmolenko ou Rebrov, já o criticaram. Jogador mais internacional pela Ucrânia, viu a federação “apagar-lhe” a história.

Tymoshchuk iniciou a carreira no modesto Volyn, antes de se destacar no gigante Shakhtar Donetsk. Passou três anos no Zenit antes de atingir o ponto alto da carreira, ao defender o Bayern por quatro épocas. Regressou ao Zenit para mais dois anos antes de arrumar as botas no Cazaquistão. Ao longo dos anos venceu três campeonatos ucranianos, dois russos e dois alemãos, bem como uma Liga Europa, uma Supertaça Europeia e uma Liga dos Campeões. Pela Ucrânia, jogou um Mundial e dois Europeus.

É adjunto do Zenit desde 2017.

19 de Abril, 2022

Beto chega aos 11

Estreia em Itália

Francisco Chaveiro Reis

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Depois de três meses de jejum, o português Beto fez um hat-trick, ante do Cagliari e chegou aos 11 golos na Série A, em 30 jogos. Beto, nascido há 24 anos, ainda começou a época em Portimão (5 jogos e 2 golos) mas mudou-se para Udine, conforme era seu desejo e a verdade é que se tem dado bem no Calcio. Depois do Tires e do Olímpico do Montijo, o avançado, alto e rápido, chegou ao Portimonense onde fez 13 jogos em 46 tentativas. FCP e Sporting ter-se-ão assutado com o preço e Itália foi o passo seguinte. Não admira que se possa juntar, já este verão, por exemplo, ao Watford, de uma liga ainda maior, detido pelo mesmo dono da Udinese. Já merece uma oportunidade na seleção.

18 de Abril, 2022

Académica desce

Nunca jogou abaixo da segunda

Francisco Chaveiro Reis

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A Associação Académica de Coimbra vai jogar na terceira divisão em 2022-2023. Pela primeira vez na sua história a Académica não jogará num dos dois principais escalões do futebol português.

A Académica passou 64 épocas na primeira divisão, chegando a alcançar um segundo lugar, em 1966/1967 com Mário Wilson no banco e Artur Jorge, Toni ou Vítor Campos, em campo. Na Taça de Portugal, os Estudantes chegaram a cinco finais, vencendo duas. Em 1938-1939, 3-2 ao Benfica. Em 2011-2012, 1-0 ao Sporting, com golo de Marinho, no Jamor. Eram os dias de Ricardo Nunes, Cédric Soares, Adrien Silva, David Simão, Edinho ou Diogo Valente. Pedro Emanuel, era o treinador. Venceria a segunda divisão por quatro vezes.

As boas campanhas locais permitiram várias campanhas na Europa. E, 1968-1969, a Académica caiu da Taça das Cidades com Feira por azar. Depois de vencer 1-0 e perder 0-1 com o Lyon, a passagem foi decidida pelo lançamento de moeda ao ar. Jogavam por lá, Quinito, Artur ou Alhinho.

Na época seguinte, chegou aos quartos-de-final da Taça das Taças. Na primeira eliminatória, total de 1-0 ante dos finlandeses do KuPS. Na segunda ronda, total de 2-1 aos alemães do Magdeburgo e nos quartos, total de 0-1 contra o City. Os de Manchester, seriam os grandes vencedores da prova. Em 1971-1972 queda na Taça UEFA aos pés do Wolverhampton e já na Liga Europa, em 2012-2013, terceiro lugar num grupo vencido pelo Plzen e com o Atlético a passar em segundo. A Académica somou 5 honrosos pontos ao vencer o Atlético, em Coimbra, por 2-0, com dois golos de Wilson Eduardo e ao empatar outros dois jogos.

17 de Abril, 2022

Páscoa estragada

Derrota em casa

Francisco Chaveiro Reis

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Noite negra em Alvalade. O Benfica foi a casa do rival vencer por 0-2 e o Sporting perdeu quase todas as esperanças de ser bicampeão. A quatro jogos do fim, o Sporting tem menos nove pontos do que o Porto. Deu sempre a ideia de que o Sporting foi melhor, no sentido em que teve mais bola e esteve mais perto da baliza encarnada, mas, na verdade, nunca criou grande perigo e sofreu dois golos em contra-ataque. Parece que resta ao Sporting manter a concentração para garantir o segundo lugar. E, quinta-feira, há a segunda mão das meias finais da Taça de Portugal, que o Sporting, claro, ambiciona vencer.

14 de Abril, 2022

Partiu Rincón

Internacional colombiano

Francisco Chaveiro Reis

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Freddy Rincón não resistiu aos ferimentos causados por um grave acidente e acabou por falecer, aos 55 anos. Rincon, internacional colombiano, iniciou a carreira no Santa Fé, tendo depois passado pelo America Cali antes de se juntar ao Palmeiras e iniciar uma forte relação com o Brasil. Em 1994-1995 mudou-se para a Europa onde defendeu as cores do Nápoles, por uma época. Na época seguinte, terá atingido o seu ponto alto, ao tornar-se jogador do Real Madrid. Regressaria ao Palmeiras, tendo passado ainda por Corinthians, Santos e Cruzeiro antes de acabar a carreira, em 2004, no Timão. Em 2000, no Maracanã, venceu o Mundial de Clubes, numa final contra o Vasco da Gama de Romário, Edmundo ou Juninho. Na fase de grupos, ficou à frente do Real Madrid. Eram os tempos de um Corinthians com Dida, Vampeta, Marcelinho Carioca, Edu, Edilson ou Luizão.

Pela seleção colombiana, esteve nos Mundiais de 1990, 1994 e 1998 e nas Copas América de 1991, 1993 e 1995. Privou com Higuita, Valderrama, Valência ou Asprilla. Teve depois uma carreira modesta no Brasil, como treinador.

Era pai de Sebastian que representou o Vitória.

14 de Abril, 2022

Sauer deixa Portugal

Reforça Botafogo

Francisco Chaveiro Reis

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Gustavo Sauer é reforço do Botafogo, rendendo cerca de 2 milhões de euros ao Boavista. Portugal vê assim sair um dos melhores jogadores da liga, fora dos três grandes. Sauer, médio ofensivo, destaca-se sobretudo pelo seu remate fácil e potente. Sauer, de 28 anos, chegou ao Bessa após experiências no Brasil, Arménia, Coreia do Sul e Bulgária. Regressa ao Brasil, onde não jogava desde 2015.

14 de Abril, 2022

Benfica empata Liverpool

City segue em frente

Francisco Chaveiro Reis

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O Benfica despediu-se da Liga dos Campeões deixando excelente imagem em Liverpool. Depois do 1-3 na Luz, Klopp rodou a equipa, deixando no banco homens como Van Dijk, Robertson, Arnold, Fabinho, Mané ou Salah mas, ainda assim, marcou primeiro, por Konaté, que já inaugurara o marcador na primeira mão. Gonçalo Ramos empataria e levaria assim o jogo para o intervalo. Firmino, em dez minutos, transformaria o resultado em 3-1 e temeu-se uma goleada. Não aconteceu. O Benfica não desistiu e reduziu por Yaremchuk. Darwin faria o 3-3 final. Pouco depois, teve nos pés o 3-4. O Benfica caiu de pé.

Renhida foi a eliminatória entre Atlético e City, com apenas um golo em 180 minutos. Ontem, nulo em Madrid.

13 de Abril, 2022

Ibra aos 40

Uma retrospectiva

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 40 anos, o corpo de Zlatan parece estar a dizer-lhe para parar. Esta época, o sueco soma pouco mais do que 900 minutos, nos quais marcou 8 golos. Com personalidade vincada, é mais certo que deixe Milão e possivelmente o futebol de primeira, caso o Milan seja campeão. Veremos. Mas, olhando para trás, Ibrahimovic só se pode orgulhar da sua carreira, mesmo que, ao contrário do que a sua enorme qualidade faria prever, nunca tenha estado muito próximo de uma Bola de Ouro. Não ter passado mais tempo em Espanha ou Inglaterra ajudarão a explicar esse facto.

Ibra começou a dar nas vistas no Malmo, da sua terra natal, ainda adolescente, ajudando a equipa a regressar à primeira divisão sueca. Sem ter nome no futebol, recusou fazer testes no Arsenal de Wenger (quão diferente teria sido a sua carreira?) e só deixou a Suécia para se tornar no 9 do Ajax. Venceu por lá, 2 campeonatos, 1 taça e 1 supertaça e fez diversos golos de outro mundo. Deixou Amsterdão com 110 jogos, 48 golos e 21 assistências. Por lá, conheceu o lateral brasileiro Maxwell que seria seu companheiro no Inter, Barcelona e PSG.

Já tinha feito 4 jogos e marcado 3 golos pelo Ajax, quando, no verão de 2004, depois de ter estado no Euro 2004, em Portugal (4 jogos e 2 golos ao lado de Larsson), mudou-se para Turim. Por lá, esteve em 92 jogos, marcando 26 golos e assistindo 19 vezes. Foi bicampeão, títulos depois retirados na secretaria, por corrupção. Não seguiu companheiros como Del Piero e Buffon na descida de divisão da Juve e mudou-se para o Inter, que herdou os títulos da Juve e ainda resgatou Ibra e Vieira. Três campeonatos e duas taças, coroaram o seu período interista, no qual esteve em 117  jogos, 66 golos e 32 assistências. Nesta altura, mesmo com o Mundial 2006 vencido pela seleção, Itália já não era o centro do futebol e Ibra aceitou mudar-se para o Barcelona.

Tal como muitos anos antes com Maradona, o Barcelona parecia ser a casa perfeita para o sueco, agora rodeado por Messi, Henry, Iniesta ou Xavi. Esteve em 46 jogos, marcou 22 golos e ofereceu 16. Nada mau. Mas não se deu bem com Guardiola e teve guia de marcha, apesar de ainda ter começado a época seguinte.

Regressou a Itália, onde se sentia confortável e teve sucesso no Milan. 85 jogos, 56 golos e 26 assistências. Ainda apanhou históricos como Inzaghi, Seedord, Ambrosini, Gattuso ou Pirlo e venceu uma liga e uma supertaça.

Em 2012, tornou-se na joia da coroa do PSG, novo rico do futebol mundial. E valeu cada centavo. Ajudou a vencer 4 ligas, 3 supertaças, 3 taças da liga e 2 taças. Deu 61 golos e marcou 156 em 180. Saiu como melhor marcador da história do clube, tendo sido, entretanto, superado por Mbappé e Cavani, o que não apaga a sua importância. Aos 35 anos ainda experimentou a liga inglesa, passando uma época em Manchester. Pelo United de Mourinho, venceu uma supertaça, uma taça da liga e uma Liga Europa, marcando 29 vezes e oferendo 10 golos.

A ida para os LA Galaxy cheirou a fim de carreira, mas Ibrahimovic continuou a ser impressionante: 53 golos e 17 assistências em 58 jogos na MLS. Em 2019-2020, regressou ao Milan, onde cumpre a sua terceira e possivelmente última época. Soma 28 golos e 8 assistências e tem servido de guia aos jovens jogadores do plantel que, esta época, está em boa posição de vencer a Série A, 11 anos depois.

13 de Abril, 2022

Real supera Chelsea

Virrarreal elimina Bayern

Francisco Chaveiro Reis

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O Villarreal ignorou a fanfarronice do Bayern de Munique e na Baviera eliminou aquela que era das grandes favoritas à vitória final. O Bayern já tinha perdido em Espanha, na semana passada, por 1-0, mas quase toda a gente pensou que Lewandowski e companhia virariam a eliminatória. Não aconteceu. Lewandowski só marcou aos 52’ mas, a 2 minutos do fim, o nigeriano Chukwueze, bateu Neuer, empatou o jogo e devolveu a liderança ao Villarreal, nos dois jogos. Emery, vencedor de quatro Ligas Europa, chega agora às meias da Liga dos Campeões.

Em Madrid, jogo de elite. Quando se pensava que ao Real, bastava controlar o 1-3 de Londres, o Chelsea, campeão em título, fez prova de vida e chegou, com naturalidade e justiça ao 0-3 com golos de Mount, Rudiger e Werner e grandes exibições de outros como Kanté, Kovacic ou Alonso. O 0-4 até parecia estar mais perto quando Courtois fez a defesa da noite, mas seria Rodrygo (só marcou nesta prova, este ano) a fazer mexer o marcador. 4-4 e tempo extra. E aí, voltou a aparecer Benzema, novamente de cabeça, a dar a vitória na eliminatória, com o seu quarto golo em cinco, marcados pelo Real.

Hoje há Liverpool-Benfica e Atlético-City.

12 de Abril, 2022

Fernandinho de saída

Chegou ao City em 2013

Francisco Chaveiro Reis

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A Fernandinho terá fugido a boca para a verdade, algo que muito surpreendeu Guardiola. O histórico Fernandinho, médio do City, anunciou a sua saída de Inglaterra em plena conferência de imprensa, o que muito surpreendeu o seu treinador. O brasileiro não tardou em ir para as redes sociais escrever que mantém o foco na equipa e nos seus objetivos e que só falará no futuro, no fim da época.

Aos 36 anos, Fernandinho já não é titular, apesar de continuar a ser visto como o capitão de equipa. Chegou à Premier League, em 2013, por cerca de 40 milhões de euros e leva 373 jogos, 25 golos e 13 títulos, até agora. Antes, passara oito anos na Ucrânia, onde também granjeou respeito e títulos: 6 ligas ucranianas, 4 taças, 3 supertaças e 1 Liga Europa. Foi um dos muitos brasileiros que o Shakhtar Donetsk contratou ao longo dos tempos, para garantir sucesso interno e, por vezes, externo. Antes dele, chegaram Brandão, Matuzalém, Elano ou Ivan, mas Fernandinho será caso raro de sucesso e longevidade. Os 8 anos numa liga periférica não o impediram de chegar a Manchester aos 28 anos, a tempo de se tornar numa peça chave e de ajudar a vencer 4 ligas, 6 taças da liga, 1 taça e 1 supertaça.

Fernandinho chegou à Europa vindo do Atlético Paranaense e diria que este é um destino provável para o médio terminar a carreira e regressar ao seu país, após 17 épocas na Europa.

Pela seleção, Fernandinho nunca foi titular indiscutível, tal a concorrência, mesmo em anos de menor fulgor brasileiro, mas em 2003 fez o golo da vitória do Brasil ante de Espanha, que lhe daria o título de campeão mundial de sub-20. Liderava então uma equipa que contava com Kléber Gladiador, Nilmar, Daniel Carvalho, Dudu Cearense ou Alcides, que passou pelo Benfica. Fernandinho, na final, saltou do banco aos 70’, marcou aos 87´ e foi expulso, aos 90´. Pelos A, esteve nos Mundiais de 2014 e 2018 e nas Copas América de 2015 e 2019. Nesta última fez 2 jogos e sagrou-se campeão.

12 de Abril, 2022

Quaresma a acabar

Extremo em fim de carreira

Francisco Chaveiro Reis

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Inconstante, Ricardo Quaresma é dos melhores jogadores portugueses das últimas décadas, mas, suplente no Vitória, parece estar a chegar ao fim, uma carreira com mais de 20 anos. Quaresma, hoje com 38 anos, irmão de Alfredo, que como ele, esteve nas camadas jovens do Sporting, estreou-se no futebol sénior em 2001-2002, com Lazlo Boloni. Fazia parte de um plantel de luxo que contava com Jardel, Niculae, Sá Pinto, João Pinto, Paulo Bento, Pedro Barbosa ou André Cruz e à primeira, foi campeão e venceu a Taça. Esteve em 36 jogos, fazendo 5 golos e outras tantas assistências. Na época seguinte, venceu “apenas” uma Supertaça e já com Cristiano Ronaldo na equipa, fez 38 jogos, os mesmos 5 golos e 8 assistências. Aos 20 anos, mudou-se para Barcelona.

Não se deu bem na Catalunha, sob as ordens de Rijkaard. Talvez tenham sido as saudades de casa, talvez a juventude ou talvez a pressão enorme de estar num dos maiores clubes do mundo. Ainda esteve em 28 partidas, mas nunca ao nível de companheiros como Overmars, Kluivert, Ronaldinho ou Xavi. Curiosamente, depois de privar com Ronaldo, partilhou balneário com Messi. Regressou a Portugal e, na verdade, nunca vingou numa grande liga europeia. Quem o recebeu na nova fase foi o FCP, clube da sua vida, apesar de ter sempre frisado respeito ao clube que o formou.

No Dragão, conquistou rapidamente os adeptos e esteve, em quatro épocas, em 158 partidas, marcando 31 golos e fazendo 48 assistências, várias delas com a sua célebre trivela. Ajudaria a vencer três campeonatos, uma taça, duas supertaças e uma Taça Intercontinental. Apanhou Del Neri, Couceiro, Fernandez, Co Adriaanse, Barros e Jesualdo e conviveu com os históricos Baía, Costa, Lucho ou Helton, bem como com outras estrelas como Lisandro, Costinha, Maniche ou Derlei. Aos 25 anos, encheu-se de força e voltou a emigrar. Reforçou o Inter, de José Mourinho e parecia estar no momento certo para estar à altura de Ibrahimovic, Cruz, Crespo, Adriano ou Zanetti. E, tinha o apoio de Figo e Pelé. Voltou a não se dar bem, nunca justificando o investimento e fazendo apenas 1 golo e zero assistências em 19 participações. Mudar-se-ia a meia da época para Londres, onde o Chelsea de Scolari apostou nele e, voltou a falhar. Fez apenas 5 jogos ao lado de uma galáxia: Anelka, Drogba, Lampard, Deco ou Terry.

Em 2010, voltou a ser feliz e conheceu aquele que será o único clube a rivalizar com o FCP pelo coração do extremo: o Besiktas. Na Turquia teve duas épocas de sonho, tornando-se num ídolo eterno. Fez 18 golos em 73 jogos. Terá sido a vertente financeira que o fez mudar-se para os EAU, fazendo 11 jogos pelo Al Ahli. 2013 seria hora de regressar ao Porto para mais duas épocas: 67 jogos, 19 golos, 10 assistências e…0 títulos (chegou depois da Supertaça vencida). Sem ter os favores de Lopetegui, regressou ao Besiktas para mais quatro épocas e dois campeonatos. Cumpriu 154 jogos, marcou 19 golos e ofereceu 42!

Histórico do Besiktas, saiu aos 36 anos para o Kasimpasa, fazendo ainda 26 jogos e marcando 4 vezes. Na época passada, chegou a Guimarães, com grande entusiasmo. Aos 37 anos, já não tinha a mesma velocidade, mas mantinha toda a classe. Esteve em 31 jogos, marcou 4 golos e ofereceu 6. Esta época, está a começar a decair, tendo participado em apenas 24 partidas. O fim não estará longe, mas o orgulho de uma grande carreira estará sempre presente.

E, ainda nem falamos da seleção. Em 2000 era a estrela da seleção que venceu o Euro sub-16. Marcou os dois golos na final contra a Rep. Checa, liderando Custódio, Viana ou Meireles. Pelos A, foi trunfo na conquista do Euro 2016, marcando o golo da vitória contra a Croácia. Esteve ainda nos Euros 2008 e 2012 e no Mundial 2018, tal como na Taça das Confederações, um ano antes. Já não esteve no grupo que venceu a Liga das Nações, em 2019.

 

12 de Abril, 2022

Fim de ciclo

Trio de ouro

Francisco Chaveiro Reis

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Está a chegar ao fim o ciclo de Lewandowski, Muller e Neuer no Bayern de Munique. O polaco, provavelmente o melhor jogador do mundo nos últimos dois anos acaba contrato daqui a um ano e estará a caminho do Barcelona, que vê nele uma alternativa realista a Haaland. Aos 33 anos, o avançado ainda vai a tempo de dar muito aos culés. Lewandowski deu nas vistas no Lech Poznan, tempo depois brilhado no Dortmund. Está no Bayern desde 2014, tendo ajudado a vencer 7 ligas (deve vencer a oitava, este ano); 3 Taças da Alemanha; 5 Supertaças; uma Liga dos Campeões; uma Supertaça da UEFA e um Mundial de Clubes. Mas, o 9 do Bayern tem-se destacado por ser exímio na sua arte: os golos. Para já, são 340. Lewandowski é o segundo melhor marcador de sempre do Bayern, atrás do Bombardeiro, Gerd Muller. Em dezembro, quebrou o recorde de golos de Muller num só ano civil.

Já Thomas Muller, 25 do Bayern, passou a carreira toda em Munique jogando como médio ofensivo, extremo ou avançado e é o segundo jogador da história do clube com mais jogos e o terceiro melhor marcador do Bayern. Em 2008-2009 saltou da equipa B para a A, fazendo 5 jogos e 1 golo numa época em que nada venceu. Nada que não se resolvesse rapidamente. Hoje, Muller conta com 10 Bundesligas; 6 Taças; 7 Supertaças; 2 Ligas dos Campeões; 2 Supertaças da UEFA e 2 Mundiais de Clubes. Ao contrário de Lewandowski, Muller beneficiou ainda de jogar numa seleção de topo e conquistou ainda um Mundial, pouco antes do polaco chegar a Munique. Desconhecem-se interessados em Muller que, aos 32 anos, poderá optar por fazer um último ano no Bayern antes de sair. Terá espaço em qualquer liga, sendo provável que opte pela Premier League por 2 ou 3 anos.

Por fim, Manuel Neuer. Brilhou na baliza do rival Shalke 04 antes de chegar a Munique em 2011, para se assumir como titular indiscutível e herdeiro natural de Oliver Kahn, hoje seu presidente. Venceu 9 Ligas; 5 Taças; 5 Supertaças; 2 Ligas dos Campeões; 2 Supertaças da UEFA e 2 Mundiais de Clubes. Neur tem muita concorrência, mas se não é o melhor guardião da história do clube é um dos melhores do clube, do futebol alemão e do futebol mundial.

Começa, pois, a conversa da sucessão, algo que o Bayern costuma preparar com antecedência. Para a baliza, está contratado Alexander Nubel, vindo do Shalke 04, que esteve uma época quase sem jogar no Bayern. Vai na segunda época de empréstimo ao Mónaco e deve regressar à Baviera já na próxima época, mesmo que Neuer fique mais um ano. Além disso, está no plantel, o jovem Christian Früchtl.

Para o lugar de Muller, enquanto médio ofensivo móvel, não faltam opções: Sané, Gnabry, Coman ou Musiala. É provável que chegue mais um homem quando sair Muller, mas o seu lugar está bem garantido.

Para o ataque parece não haver para já uma opção, o que espanta. Choupo-Moting é voluntarioso, mas tem a mesma idade de Lewandowski e há jovens interessantes como Grant Mamedova, Gabriel Vidovic, Armindo Sieb, Lucas Copado ou Malik Tillman mas o Bayern irá ao mercado e terá que fazer uma grande operação. Poucos são os homens capazes de substituir Lewandowski e até não será de espantar que cheguem dois homens ao ataque do Bayern, já que o polaco tem sido, praticamente, o único homem do ataque. Haaland deve mudar-se para Inglaterra e vejo poucas opções de qualidade para Munique: Lukaku (Chelsea), Lautaro (Inter) ou Kane (Tottenham). Werner (Chelsea), Richarlison (Everton) ou Haller (Ajax) são outros nomes interessantes. A meu ver, Vlahovic, resgatado pela Juventus à Fiorentina em janeiro, teria sido o nome perfeito. Veremos.

Para a história, fica um trio de luxo, marcado a ouro na história do Bayern.