Depois de catorze anos de reinado Mike Ashley – dominado por protestos constantes, baixo investimento e resultados sofríveis – o Newcastle muda de mãos e acaba de se tornar no novo novo rico do futebol inglês e mundial. Hoje, com sete jogos disputados, o Newcastle é 19.º classificado da Premier League, com três pontos apenas. Com Steve Bruce ao comando e com um plantel mediano, onde apenas Saint-Maximan, Almirón ou Callum Wilson se destacam.

O negócio de cerca de 350 milhões de euros coloca o gigante adormecido do Nordeste nas mãos de fundo ligado ao reino da Arábia Saudita. Os fãs já estão entusiasmados e prevê-se que as próximas janelas de transferências sejam bastante animadas. O primeiro passo deve ser a escolha de um diretor desportivo e de um treinador (Conte está sem clube e já foi campeão em Inglaterra). O segundo, e mais desejado, será a contratações de jogadores que possam colocar o Newcastle no topo. Veremos o que acontece já em janeiro.

Num jogo de loucos, a França apurou-se para a final da Liga das Nações, ante da Espanha. A Bélgica até começou bem melhor e entre os 37 e os 40 minutos, fez dois golos, por Carrasco e Lukaku. O jogo parecia bem encaminhado, mas em sete minutos, tudo voltou a ficar empatado. Primeiro, Benzema, num bom trabalho individual e, depois, Mbappé, de penalty. Ao cair do pano, Lukaku bisou, mas viu o golo ser anulado por fora de jogo. Num golpe de teatro, pouco depois, Theo, fez o golo da reviravolta e da vitória gaulesa.

E de repente, Zlatan Ibrahimovic tem 40 anos e está em atividade, mesmo que não tenha a influencia de outros tempos. O sueco, filho de pai bósnio e de mãe croata, começou a destacar-se ao serviço do Malmo, clube da terra onde nasceu. Extremamente confiante, estreou-se aos 17 anos, marcando 18 golos ao longo de três temporadas. Promissor, chamou a atenção de Arsene Wenger que o quis no Arsenal, depois de passar em treinos-teste. Recusou ser testado e acabaria no Ajax, em 2001.

Em Amsterdão, triunfou ao longo de três épocas: ajudou a vencer três campeonatos, uma taça e uma supertaça, enquanto fez 106 jogos e marcou 48 golos. Cruzou-se com Van der Vaart, Heitinga, Van der Meyde, Nigel de Jong ou Babel. Seguiu-se o país onde está hoje e onde passou a maior parte da carreira: Itália.

Chegou a Turim em 2004. Fez 26 golos em 92 partidas e venceu dois campeonatos, entretanto retirados pela justiça. Com a descida de divisão da Juventus, não acompanhou a equipa até à segunda divisão como Del Piero ou Buffon e mudou-se, com Vieira, para o Inter. Sem a Juve a fazer sombra, ajudou o clube a dominar o Calcio e venceu quatro campeonatos e duas supertaças. Fez 117 jogos e marcou 66 golos. Seguiu-se o sonho do Barcelona, um dos maiores clubes do mundo naquela que rivalizava com a Premier League pelo título de melhor liga do mundo. Fez apenas uma época, regressando a Itália após divergência com Pep Guardiola. Fez 46 jogos, 22 golos e 12 assistências, tendo vencido uma liga e duas supertaças (ainda começou uma segunda época).

Em Milão, desta vez no Milan, voltou a ser feliz. Em duas épocas, fez 87 jogos, marcou 56 golos e 25 assistências. Em 2012 mudou-se para Paris, como uma das grandes contratações desse ano. Marcou 156 golos, ofereceu 55 e fez 180 partidas. Venceu quatro campeonatos, três supertaças, três taças da Liga e duas taças. Saiu como melhor marcador da história do clube, sendo, entretanto, ultrapassado por Cavani. Experimentou depois a Premier League, jogando para José Moutinho no United. Fez 29 golos em 53 jogos e venceu a taça da liga, a supertaça e uma Liga Europa.

Continuou a falar inglês, mas nos EUA, onde se pensou que acabaria a carreira. Chegou aos LA Galaxy com 36 anos, o que não o impediu de fazer 58 jogos e marcar 53 golos. Em 2019-2020, regressou à Europa e a Milão. Teve impacto imediato com 11 golos em 20 partidas e tem sido, desde o ano passado, pilar do Milan de Pioli. É bem possível que acabe a carreira no fim da época, mas, que carreira, tem sido. Parabéns, Ibra.