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Visão do Peão

Visão do Peão

Nada mal

Scaloni na Argentina

09.09.21

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Aos 43 anos, Lionel Scaloni é um treinador de sucesso, após uma carreira interessante, mas mediana. Scaloni, lateral direito ofensivo, jogou no seu país por Newell Old Boys e Estudiantes antes de se mudar para a Galiza. Com a camisola do Deportivo, viveu os momentos mais felizes da carreira, vencendo um campeonato (2000), Taça do Rei (2002) e Supertaça (2002). Ao longo de oito anos, cruzou-se com craques como Makaay, Pauleta, Turu Flores, Mauro Silva, Donato, Manuel Pablo ou Fran. Seguiu-se uma curta passagem pelo West Ham e uma época no Racing Santander, antes de se vincular à Lázio, que, pelo meio, o emprestou ao Maiorca. Fixou-se em Roma entre 2009 e 2013, antes de terminar na Atalanta, em 2015.

Pela seleção, foi campeão do mundo de sub-20, em 1997, numa equipa de estrelas: Samuel, Placente, Cambiasso, Aimar ou Riquelme. Pela equipa principal (8 chamadas), nada venceria, mas marcaria presença no Mundial de 2006. Depois de passar pelo banco do Sevilha (adjunto) e pelas camadas jovens da Argentina, tornou-se em 2018, treinador principal. Este ano, orientou a equipa que venceu a Copa América, o primeiro trofeu de Messi pelo seu país. Sem derrotas, a Argentina segue em segundo lugar na qualificação para o mundial. Nada mal.

O regresso de Van Gaal

09.09.21

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Parecia que o último trabalho da carreira de Louis Van Gaal seria no Manchester United onde até venceu uma FA Cup mas o seu trabalho foi, essencialmente, no sentido de renovar o plantel. Mas, aos 70 anos, Aloysius Paulus Maria van Gaal está de volta ao ativo à seleção holandesa que orientara entre 2012 e 2014 e entre 2001 e 2002. Para já, começou bem. O 6-1 à Turquia foi uma ode ao futebol bonito, com Memphis, Klaassen ou Bergwijn a darem cartas. Van Gaal soma três jogos e duas vitórias (empate na estreia contra a Noruega que divide a liderança do Grupo G com a Holanda e vitória por 4-0 ao Montenegro).

Van Gaal tornou-se uma estrela mundial ao serviço do Ajax. Depois de funções como adjunto, tomou conta da equipa a partir de 1991, passando lá seis anos plenos de sucesso. A nível interno, três campeonatos (1994, 1995 e 1996), uma taça (1993) e três supertaças (1993, 1994 e 1995). Mas foi na Europa que mais se destacou: na primeira época no Ajax venceu a Taça UEFA, a duas mãos, beneficiando do 2-2 fora, em casa do Torino (Scifo, Casagrande ou Lentini). Van Gaal orientava nomes como Menzo, Bergkamp, Winter, Jonk, Blind ou Frank de Doer. Em 1995, chegaria o fabuloso título de campeão europeu, com um mítico 1-0 ao Milan, com golo do adolescente suplente, Justin Kluivert. A equipa de sonho tinha ainda Van der Sar, Reiziger, Bogarde, Davids, Finidi, Overmars, Seedord, Ronald de Boer ou Litmanen. Essa mesma equipa venceria a Taça Intercontinental, ao Grémio.

Em 1997, Van Gaal chegaria a Camp Nou para ser campeão espanhol (e vencedor da supertaça espanhola e da Taça do Rei) logo à primeira, com os portugueses Baía, Couto e Figo; os brasileiros Sonny, Giovani e Rivaldo; os espanhóis Ferrer, Sergi, Nadal, Guardiola ou De La Pena e, claro, os holandeses Hesp, Bogarde e Reiziger. No ano seguinte, já com Kluivert, Zenden, Cocu e Frank e Ronald De Boer, seria bicampeão. No último ano, já com Litmanen, Simão e Xavi a despontar, não teve sucesso e acabaria por regressar à Holanda (estreia na seleção sem sucesso, falhando a presença no Mundial 2002. Regressaria em 2002-2003 (Overmars, Saviola, Riquelme, Mendieta ou Luis Enrique) mas teria ainda menos sucesso do que na última época.

De 2005 a 2009, reagruparia no AZ, com altos e baixos, mas sairia campeão e voltaria ao topo do futebol, ao comando do Bayern Munique onde venceria um campeonato, taça e supertaças. Seguiu-se o United e uma reforma...interrompida.