Constelação no banco
Os homens de Mancini
Olhar para o banco italiano, era olhar para uma verdadeira constelação de estrelas. E não falo apenas de Belotti, Bernadeschi ou Locatelli. Mas, sim, da equipa técnica. O treinador principal Roberto Mancini, contou com o apoio dos amigos dos tempos da Sampdória, Gianluca Vialli, Attilio Lombardo e Alberigo Evani. E, ainda lá andava De Rossi.
Mancini, hoje com 56 anos, foi um prolifico goleador italiano dos anos 90. Começou em Bolonha, mas foi em Génova, com a camisola da Samp que mais brilhou, fazendo dupla com Vialli. Depois de 15 anos, mudaria de clube, passando três bons anos na Lázio, nova rica, antes de se reformar no Leicester, sem golos. Logo de seguida, sentou-se no banco da Fiorentina, passando por Lázio e Inter antes do convite para ser o treinador do Manchester City. Passaria pelo Galatasary, Inter (de novo) e Zenit antes de assumir e revolucionar o futebol da seleção, não tendo problemas em chamar nomes menos óbvios, não pondo de parte, mitos como Bonucci e Chiellini. Evani, de 58 anos, foi um médio conhecido, sobretudo, pelas 12 épocas no Milan, contracenando com alguns dos maiores génios da bola dos anos 80 e 90. Passaria depois quatro épocas na Sampdória onde encontrou Mancini. Passaria depois por Reggiana e Carrarese. Lombardo, de 55 anos, é o outro adjunto de Mancini, com o qual jogou seis épocas em Génova. Lombardo, tal como o contemporâneo Ravanelli, era conhecido pelo penteado e passou ainda por Juventus, Lázio (reencontrou Mancini) e Crystal Palace, antes de regressar à Sampdória. Já De Rossi, o delfim (mais ou menos vinte anos a menos), coadjuvou Mancini após 18 anos na Roma e 1 no Boca Juniors. Campeão do Mundo em 2006, acrescenta uma mística mais recente.
Por fim, Vialli, coordenador técnico da seleção e eterno companheiro de Mancini. É verdade que foi campeão europeu pela Juve, numa equipa de sonho e que se deu bem no Chelsea, mas a dupla que fez com Mancini, é lendária e ficou conhecida como “os gémeos do golo”. Juntos, foram campeões (1991), ganharam três Taças de Itália (1985, 1988 e 1989), conseguiram uma Supertaça (1991), conquistaram a Taça dos Vencedores das Taças (1990), chegaram ainda a uma final da Taça dos Campeões Europeus perdida frente ao Barcelona em 1992. Em Wembley, onde se despediram como dupla e onde agora venceram o Euro.