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Visão do Peão

Visão do Peão

Uma escolha legítima

O Sporting não quis João Mário

12.07.21

Design sem nome (5).pngNuma jogada que parece ser destinada a contornar a clausula antivirais, João Mário rescindiu com o Inter, numa altura em que ainda tinha um ano de contrato com o clube que pagou mais de 40 milhões de euros por ele. Falhou a sua aventura em Itália. Na Premier League e mesmo em Moscovo, não foi determinante. Aos 28 anos, o seu destino, mais dia menos dia, passa pelo Estádio da Luz. Não considero uma traição e a nível pessoal, desejo-lhe tudo de bom. Esteve bem no Sporting na primeira e longa passagem e deixou por cá um belo encaixe. Na segunda, foi titular na equipa campeã. Chegado o fim do empréstimo, o Sporting não quis mais contar com ele. É legítimo e faz parte do mundo do futebol. O investimento feito e por fazer em dois laterais, supostamente suplentes, mostra que não foi falta de dinheiro que fez com que o 17 saísse. Foi falta de vontade da estrutura leonina. E as escolhas feitas no último ano, dão-me fé de que também esta tenha sido uma escolha acertada.

O meu 11 do Euro

De Gigi a CR7

12.07.21

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Donnarumma (Itália) tem que ser a escolha, depois de protagonizar duas decisões nos penaltys e de já ter sido eleito o melhor jogador da prova. Destaque, ainda, para Schmeichel (Dinamarca) e Sommer (Suíça).

Para a defesa, escolho a defesa a 3 que tanto se usa agora. Walker, ora lateral, ora central pela direita, foi sempre um poço de força e segurança e merece o primeiro lugar. Depois, os dois italianos, Bonucci e Chiellini, mesmo que alguém tenha defendido que deviam ganhar a Bola de Ouro em conjunto, não os posso nomear como um só. Assim, fica de fora, com grande pena minha, Kjaer (Dinamarca), exemplo dentro e fora do campo.

Na linha do meio, dois alas e dois médios centro. No centro, começo por Pedri (Espanha). O jovem de 18 anos é o futuro de Espanha e começou a mostrar toda a sua qualidade em eventos de seleções A. Para o seu lado, escolho Rice (Inglaterra), sempre silencioso e quase invisível, foi um dos pulmões ingleses e um dos melhores da final de ontem. Aqui, nota para vários nomes de qualidade, que se destacaram na prova: Mount e Phillips (Inglaterra) ou Barella e Jorginho (Itália). Nas alas, a esquerda tem que ser de Shaw (Inglaterra), que até marcou na final, mas Spinazzola (Itália), morde-lhe os calcanhares. Pela esquerda, destacaram-se, ainda, Maehle (Dinamarca) e Gosens (Alemanha). Pela direita, um homem que eu achava que até deveria ter ficado em Itália, em vez de Calabria: Di Lorenzo. Na verdade, mostrou-se um dos melhores da equipa e merece aqui o seu lugar.

No ataque, escolhas atípicas. Sterling (Inglaterra) será a mais óbvia. É verdade que esteve em destaque como mergulhador, mas, em várias fases, foi decisivo, oferecendo e marcando três golos. Depois, Schick e Ronaldo, goleadores da prova. Schick (República Checa) marcou 5 golos, entre eles, aquele que será um dos golos do ano, num chapéu fabuloso à Escócia. E, Ronaldo, que também fez uma assistência e jogou menos, minutos, fez os mesmos 5 golos e foi o melhor marcador do Euro 2020. No ataque, claro, não faltam homens interessantes, mas, que a meu ver, não chegam ao 11 final. Chiesa (Itália) será o mais injustiçado. Outros, como Dolberg e Damsgaard (Dinamarca), Kane (Inglaterra) ou Ferrán (Espanha) bem que podem reclamar comigo mas gostos, são gostos…

 

PS: O 11 da UEFA, acabou por ser: Donnarumma, Walker, Maguire, Bonucci e Spinazzola; Hojbjberg, Jorginho e Pedri; Chiesa, Lukaku e Sterling.

Itália Saka o Euro

Itália é campeã

12.07.21

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Donnarumma, mal visto para os lados de Milanello, é o novo herói nacional italiano, após mais uma grande exibição e a conquista da distinção de melhor jogador do Euro 2020. Ah, e defendeu o penalty de Saka, dando à Itália o título europeu, que lhe escapava desde 1968.  O jogo até começou mal para a Itália, com Shaw a aproveitar um pouco usual buraco italiano para fazer o 1-0, logo aos 2 minutos. O jogo até continuou mal para a Itália com um mau preenchimento das alas e um domínio aparentemente tranquilo dos ingleses. Mas, aos poucos, na segunda parte, a equipa italiana, que até ficou sem Chiesa, lesionado, foi dando provas de vida e Bonucci, um dos melhores do torneio e melhor do jogo de ontem, fez o 1-1 que duraria até ao fim dos 120 longos minutos. Com cerca de 65 mil espetadores, a grande maioria, ingleses, avançou-se para os penaltys. Berardi. Golo. Kane. Golo. Belotti. Defesa de Pickford. Maguire. Golo ao ângulo. Bonucci. Segundo golo da noite. Rashford, entrado de propósito para isto. Bola ao poste. Bernadeschi. Goloooo. Sancho, na mesma situação de Rashford. Donnarummaaaaaaa. Jorginho. Especialista. Vai marcar. Poste. Sako. Defende! A Itália sucede a Portugal.

Maracanazo: nova temporada

Messi vence Copa América

12.07.21

Design sem nome (3).pngA Messi, génio da bola e um dos melhores de sempre, faltava aquilo que acaba de conseguir: vencer um título com a sua Argentina. O Brasil já devia estar habituado a desilusões caseiras, depois de 1950 ou 2014, mas o Maracanã tem sempre fé. Quem a desfez, desta vez, foi Angel Di Maria, que estragou assim o percurso imaculado do Escrete rumo à final. Messi, MVP e melhor marcador da prova, não cabia em si de contente, numa prova onde Martinez, até há pouco um guarda-redes secundário, foi a grande figura, sobretudo nos penaltys ante da Colômbia.