Aí está ele
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Nada - a não ser a Taça da Liga - está ganho, mas o Sporting está a fazer uma das melhores épocas das últimas décadas. Há fatores que ajudam a explicar o sucesso: a pressão estava dos dois rivais que costuma ocupar os dois primeiros lugares; esses mesmos rivais tiveram deslizes que o Sporting tem sabido aproveitar; a eliminação das competições europeias permitiu gerir de forma diferente o cansaço e a ausência de público causa menos pressão nos jovens jogadores, sobretudo numa época em que a contestação à direção continua.
Mas o facto é que o Sporting, gastando muito menos do que os rivais e com jogadores de menos nome, vai terminar a primeira volta em primeiro lugar. Neste momento, com 16 jogos disputados, o Sporting é a única equipa sem derrotas na liga. De facto, soma 13 vitórias e 3 empates. A finalização, mesmo sem ter um ponta de lança particularmente profícuo, corre bem: 30 golos (segundo melhor ataque) e o melhor marcado, o médio Pedro Gonçalves, é o melhor marcador da prova, com 12 golos, quase o dobro de Seferovic, que o persegue. Na defesa, 9 golos sofridos apenas. A segunda melhor defesa – Paços de Ferreira - permitiu 12 golos.
Vamos a menos de metade do campeonato e é preciso calma, mas sonhar não custa. Hoje, o Sporting está bem e recomenda-se.
O Sporting foi o rei do mercado, que ontem acabou, contratando Paulinho ao Braga, numa operação que transforma o internacional português no reforço mais caro da história do clube. Por valores residuais, chegaram também Matheus Reis, pretendido no verão por FCP e Olympiacos e João Pereira, que regressa a Alvalade.
O FC Porto não perdeu, nem foi buscar ninguém. Já o Benfica, em grande destaque no mercado de verão, confirmou a entrada de Lucas Veríssimo (Santos) e inscreveu Conti, que parecia não contar. Rodrigo Pinho (Marítimo) foi falado, mas só chega à Luz no fim da época. Todibo (Nice), Ferro (Valência) e Ferreyra (Celta) são saídas que não fazem grande mossa. Envolvidos no negócio Paulinho, Borja e Sporar rumaram a Braga, onde Carvalhal também recebeu Piazón (Rio Ave).
À Madeira, chega Pedro Mendes (Sporting) para um ataque que já tem Riascos e Rochez, no caso do Nacional e Sassá (Cruzeiro) e Gonçalo Ramos (Benfica), no caso do Marítimo, que já tem homens de qualidade na frente, como Pinho, Joel ou Tamuzo. Em Vila do Conde, passa a morar o promissor Camacho (Sporting B).
O último, Farense, que já tinha bons valores como Licá ou Gauld, passa a contar com André Pinto, que passou por Braga e Sporting e com o “matador” Hugo Vieira, que fez carreira no Gil Vicente, Sérvia e Japão.
Nota para o Famalicão, que tenta reverter a época pobre, com as chegadas de Diogo Figueiras (Rio Ave), Kraev (Midtjylland), Pepê (Olympiacos) ou Ivo Rodrigues (Antuérpia).