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Visão do Peão

Visão do Peão

Portugueses campeões da Grécia

Francisco Chaveiro Reis
30
Jun20

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À segunda tentativa, Pedro Martins é campeão grego. Martins, no segundo ano fora de Portugal guiou um Olympiacos com portugueses - Sá, Semedo, Cafú e Podence (até janeiro), um luso-angolano, Bruno Gaspar e dois jogadores com passagem por Portugal - Hassan e  Soudani. Martins sucede ao PAOK (perdeu pontos na secretaria e ainda pode causar uma reviravolta) de Vierinha. 

A terceira vida da equipa B

Francisco Chaveiro Reis
30
Jun20

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A equipa B do Sporting está de regresso e Filipe Çelikkaya será o seu timoneiro. Português de origem turca, Çelikkaya era, até aqui, adjunto de Luís Castro, mais recente campeão ucraniano. Como jogador, teve uma carreira modesta, distribuída pelas camadas jovens do Belenenses e pelas equipas séniores do Fazendense, Cacém, Oeiras, Sintrense e Sacred Heart Pioneers (EUA).

Aos 35 anos, este será o seu maior desafio depois de ter orientado equipas jovens de Belenenses, Benfica, Almada ou Al Ahli e ter sido adjunto de Chaves e Guimarães antes de seguir Castro para o leste. Filipe conhece já a Academia, onde passará grande parte do seu tempo, uma vez que passou lá duas épocas, como adjunto dos sub-19, convivendo com homens que estão na primeira equipa como Luís Maximiano, Jovane Cabral ou Miguel Luís ou que para lá caminham e que com ele podem ter via aberta para jogarem na B a pensarem na A: Bruno Paz, Daniel Bragança, David Tavares, João Oliveira ou Elves Baldé.

A equipa B do Sporting vai ter a sua terceira encarnação. De 2000 a 2004 teve a sua primeira vida, disputando a II Divisão B, equilavente ao Campeonato de Portugal. Por lá passaram craques que chegaram à equipa A, como Nuno Santos, Beto, Santamaria, Luís Filipe, Miguel Garcia, Custódio Castro, Hugo Viana, Carlos Martins, Ricardo Quaresma, Yannick Djaló ou Luís Lourenço. Era igualmente habitual que os da equipa A descessem um nível para ganhar ritmo, minutos ou serem castigados, fazendo com que Toñito, Afonso Martins ou Kirovski por lá tenham passado. 

O projeto regressaria em 2012, com a inclusão de equipas B dos clubes mais fortes na segunda liga. De 2012 a 2019, a equipa B regressou, potenciando outros craques. Na época de estreia, o quarto lugar na segunda liga, com um plantel que incluia Cédric, Ilori, Tobias, André Martins, Geraldes, Mané, Iuri, Podence, Esgaio ou Bruma. Está bom de ver que muitos chegaram à primeira equipa.

Depois da interrupção decretada pela anterior direção, errada, a meu ver, a equipa regressa agora. O contexto de uma equipa B será sempre mais competitivo do que o de uma equipa de sub-23 que só joga com os seus pares. No Campeonato de Portugal ou na segunda liga, os jovens sportinguistas defrontarão jogadores experientes e com um nível mais próximo daqueles que conhecerão na primeira liga. 

A ideia será uma articulação com a equipa A, jogando a B no mesmo esquema, 3-4-3, com os jovens a evoluirem nas mesmas posições que podem ocupar na principal equipa. É de crer que Inácio, Matheus, Bragança, Mendes, Joelson ou Tomás, treinando na A, possam somar muitos minutos na B. Outros, mais jovens e outros, contratados para a equipa B, esperarão a sua oportunidade. 

Lage perde e sai. Porto com mais seis pontos.

Francisco Chaveiro Reis
30
Jun20

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O Benfica até começou melhor e só Amir, várias vezes, impediu que se adiantasse. Mas não aconteceu e na segunda parte, o Marítimo marcou. Por duas vezes. Jorge Correa e Rodrigo Pinho, em cinco minutos, condenaram o Benfica. A derrota faz com que os insulares possam respirar um pouco mais acima da linha de água e com que o Benfica se atrasasse na luta pelo título. A má prestação pós-paragem fez cair Bruno Lage. Lage, a prazo há algum tempo, acbou por se "demitir" mesmo que antes da demissão, tenha afirmado ter força para continuar. 

Jorge Jesus, Leonardo Jardim e Marco Silva são nomes falados para a sucessão mas Mauricio Pochettino será o primeiro alvo. Difícil, ainda para mais cobiçado pelo novo-rico da Premier League, Newcastle United. Bruno Lage, "tipo porreiro" e o milagreiro que fez de um miúdo da equipa B, o herói do campeonato e do mercado e que "ressuscitou" Taarabt, vinha a dar sinais de nervosismo, disparando contra os jornalistas, quando tudo indica que quem mais o queria ver pelas costas, era o seu presidente.

Pouco importado com o Benfica, Vieira e Lage, o FCP cumpriu a sua obrigação e venceu em Paços de Ferreira. O 0-1 não é brilhante mas chega para que o Porto tenha mais seis pontos do que o Benfica, a cinco jogos do fim. Ambos recebem ainda o Sporting, em crescendo, que pode ter uma palavra a dizer na luta pelo título, num papel secundário.

11 jogadores que nunca foram campeões pelo Liverpool

Francisco Chaveiro Reis
29
Jun20

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Steven Gerrard – Os adeptos têm tanta pena que Gerrard nunca tenha sido campeão que até iniciaram uma petição para que o agora treinador do Rangers jogasse uns minutos pelo Liverpool esta época. Gerrard, hoje com 40 anos, jogou no Liverpool de 1998 a 2015, fazendo 710 jogos e marcando 186 golos. Venceu 11 títulos, incluindo uma Liga dos Campeões, mas nunca foi campeão.

Jamie Carragher – Foi figura da defesa do Liverpool de 1996 a 2013, contribuindo para a conquista de onze títulos, com destaque, claro, para a Liga dos Campeões. Fez 737 jogos de vermelho e ainda ajudou com 5 golos.

Michael Owen – Menino maravilha do futebol inglês, acabou por deixar Liverpool para ser figura secundária no Real Madrid. Sem o mesmo sucesso, regressou a Inglaterra. Pelo Liverpool, entre 1996 e 2004, jogou 297 partidas e marcou 158 golos, ou seja, uma média superior a 0,5 golos por jogo. É obra. Venceu apenas seis troféus, sendo o mais reputado, a Supertaça Europeia de 2001, meses após ter vencido a Taça UEFA.

Robbie Fowler – Goleador de topo, apareceu na equipa principal em 1993, ficando até 2001. Regressaria em 2006-2007. Totalizou 369 jogos e 183 golos. Ajudou a sua equipa a vencer cinco troféus, com destaque para os dois que venceu com Owen.

Steve McManaman – O extremo chegou à primeira equipa na época a seguir à conquista do último campeonato vencido pelo Liverpool. Ainda foi a tempo de vencer a Supertaça e mais dois títulos. Pouco, para nove épocas em que fez 66 golos em 364 partidas.

John Arne Riise – O defesa-esquerdo norueguês viveu os sete melhores anos da carreira, jogando pelo Liverpool. Por lá, fez 339 jogos e marcou 30 golos. Venceu sete títulos, internos e europeus e deixou saudades na posição.

Sami Hyypia – O “centralão” finlandês jogou dez épocas no Liverpool, partipando em 464 jogos e marcando 35 golos. Foi mais um que venceu a Liga dos Campeões mas não a Premier League.

Luis Suarez – Foi no Liverpool que Suarez se tornou num avançado de classe mundial, não surpreendendo que se mudasse para Barcelona. Marcou 69 golos em 110 jogos pelo Liverpool e foi uma das estrelas do quase campeonato vencido em 2013-2014.

Philippe Coutinho – Ao lado de Suarez e Gerrard, Coutinho era a figura maior do Liverpool que desafiou o City em 2013-2014. Depois de falhar no Inter e antes de falhar no Barcelona, o médio brasileiro, que até pode estar perto do regresso a Inglaterra, brilhou pelo Liverpool, com 54 golos em 201 partidas.

Fernando Torres - O espanhol até se mudou para o Chelsea, numa transferência polémica, mas nem assim venceu, alguma vez, a Premier League. Vindo do Atlético, Torres marcou 81 golos em 142 jogos pelos de Anfield.

Daniel Sturridge – Foi o avançado inglês que mais brilhou pelo Liverpool depois das eras de Owen, Fowler, Heskey ou Crouch. Fez dupla com Suarez e marcou 22 golos na Premier League.

Campeões!

Francisco Chaveiro Reis
26
Jun20

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O Liverpool até empatou a zeros na quarta-feira, na casa do rival, Everton mas a derrota do City em casa do Chelsea, entregou-lhe o título de campeão inglês. Trinta anos depois, o Liverpool é campeão inglês, vencendo pela primeira vez, a competição enquanto Premier League (só nasceu em 1992). Não foi surpresa e só a Covid adiou a consagração (e estragou a festa tão ansiada). Jurgen Klopp é o herói maior da campanha, tendo tirado o melhor de um grupo, que sendo, obviamente milionário, não teria, à partida, arcaboiço para dominar a prova. O temível trio atacante Mané-Salah-Firmino; o central Virgil e o guarda-redes Alisson são as grandes estrelas da companhia. 

Merci

Francisco Chaveiro Reis
25
Jun20

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Jeremy Mathieu lesionou-se com gravidade e, aos 36 anos, decidiu terminar a carreira. Num treino em Alcochete, o defesa francês magoou-se e antecipou aquilo que se previa para o fim da época: a retirada. Para trás, ficam experiências no seu país (Sochaux e Toulouse), Espanha (Valência e Barcelona), onde mais se destacou e Portugal.

Nas camadas jovens do Sochaux desde 1996, Mathieu estreou-se pela equipa principal em 2002-2003 (contou com a companhia de Quevedo, francês campeão pelo Boavista), aos 19 anos, impressionando desde logo. Depois de três épocas no Sochaux, quatro, no Toulouse. Saiu da Ligue 1 com muita experiência, mas apenas com uma Taça da Liga.

A aventura espanhola terá começado tarde, aos 26 anos, juntando-se a um Valência que contava com Villa, Mata, Isco, Baraja ou Abelda. Os portugueses Miguel e Manuel Fernandes também por lá andavam. Terá vivido os melhores anos da carreira, jogando 182 partidas, mais do que em qualquer outro clube e marcando 7 golos. Em termos de curriculo, foi a experiência no colosso Barcelona, de 2014 a 2017, que mais ficará na memória. Sem nunca ser um dos favoritos dos adeptos, esteve em 91 jogos e fez 4 golos. Olhando para Messi, venceu dois campeonatos, três taças, uma supertaça e títulos europeus e mundiais: uma Liga dos Campeões, uma supertaça e um Mundial de Clubes.

Aos 32 anos, foi pedido de Jesus para o Sporting. Em Barcelona já deixara a lateral esquerda para ser um central sereno. Fez dupla de sucesso com Coates por quase três épocas e deixou 6 golos marcados em 100 jogos. Venceu duas Taças da Liga e uma de Portugal, um ano após o ataque bárbaro a Alcochete, chorando, de felicidade, no fim. Mathieu foi o patrão da defesa do Sporting até ontem, dia em que encerrou a carreia. Merci.

Lista de compras nacional

Francisco Chaveiro Reis
24
Jun20

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Claúdio Ramos - Depois de uma vida no Tondela, está em fim de contrato e seria uma boa opção para dar luta a Max e até para, após a saída do jovem, ser titular. Já chamado à seleção, admira como ainda não experimentou palcos maiores.

Fábio Cardoso - Experiente na nossa liga mas sedento de um clube de maior dimensão do que o Santa Clara e seria uma boa opção para equilibrar a juventude de Quaresma e Inácio, podendo ser um bom suplente.

Frederico Venâncio - Filho de um histórico do Sporting (10 anos na equipa principal), tem um perfil semelhante ao de Cardoso, passou por Inglaterra e joga já num clube exigente, como é o caso do Vitória S.C.

Matheus Reis - Pode render Acosta e lutar com Nuno Mendes. Brasileiro, jovem, ambientou-se à nossa liga, a jogar bom futebol no Rio Ave.

Pêpê - Médio português, jovem, pode ser 6 ou 8, sendo bastante útil no esquema de Amorim, sobretudo com a saída prevísviel de Wendel. Sabe marcar bolas paradas.

Lucas Fernandes - Formado nas escolas do São Paulo e com experiência na liga portuguesa, Lucas é um todo terreno que, aos 22 anos, pode dar muito ao Sporting. 

Wilson Eduardo - Em fim de contrato, regressaria ao Sporting, sendo uma opção acessível e garantia de rendimento imediato, como extremo com capacidade de fazer golos e poderia ajudar os extremos do plantel a crescer.

Bruno Tabata - Companheiro de Wendel nas seleções jovens do Brasil, Tabata é um extremo que merece oportunidade num clube maior e que poderia ser um joker para o Sporting, sobretudo se o Portimonense descer de divisão e o negócio puder ser feito por valores acessíveis.

Taremi - Já terá estado perto do Sporting em janeiro e com 11 golos na época, é já associados aos outros grandes. 

Rodrigo Pinho - Não se deu bem em Braga mas é goleador no Marítimo, sendo boa alternativa a Taremi, caso este escape. Está habituado à nossa liga e é um homem experiente que pode ajudar ao crescimento de Tiago Tomás.

Thiago Santana - Dá menos nas vistas do que o seu companheiro de Santa Clara, Schettine que vai para Braga, mas é um goleador consistente que pode ser um bom suplente.

 

Porto isola-se

Francisco Chaveiro Reis
23
Jun20

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Em noite de São João, o FC Porto goleou o rival da cidade por 4-0 e é líder isolado do campeonato. O Boavista resistiu toda a primeira parte mas, Marega, aos 8´da segunda, desfez o nulo. Seguiram-se dois penaltys, marcados por Telles e Oliveira, que descansaram o Dragão. Marega fez, ainda, o 4-0 final, ante de um Boavista que tem feito um campeonato positivo.

Mal esteve o Benfica, que deixou escapar a liderança partilhada. Ante do Santa Clara, 4 golos sofridos, em casa. Ao cair da primeira parte, Carvalho adiantou os visitantes. Rafa empatou no inicio da segunda parte mas o Santa Clara voltou a marcar, por Sanussi. Em dois minutos, Carlos Vinicius bisou e adiantou o Benfica, pela primeira vez. Cryzan e Zé Manuel fariam a reviravolta e agudizaram a crise encarnada.

No pós-pandemia, o FCP soma duas vitórias, um empate e duas derrotas. Já o Benfica, dois empates, uma vitória e uma derrota. Certo é, que o futebol apresentado tem sido muito fraco. 

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