Nacional e Farense regressam
Nacional e Farense, primeiros classificados da segunda divisão na altura da paragem da competição, vão disputar a primeira divisão na próxima época. Já Casa Pia e Cova da Piedade, seguindo o mesmo critério, descem. A decisão, que me parece a mais lógica, pune, sobretudo, Feirense, Mafra ou Estoril, que estavam na luta pela subida e os dois relegados, que ainda poderiam trocar de posto com equipas como Vilafranquense ou Penafiel. Vizela e Arouca sobem para o segundo escalão. Concordando com esta decisão, não entendo que não se aplique o mesmo critério na primeira divisão, optando por dois pesos e duas medidas.
O Nacional, orientado pelo jovem Luís Freire, estava a ser a melhor equipa da prova, contando com o melhor ataque e a melhor defesa, somando 14 vitórias (menos uma do que o Farense, curiosamente) em 24 jogos. Brayan Riascos, avançado colombiano, é a estrela da equipa, com 12 golos. O Clube Desportivo Nacional, fundado em 1910, já esteve 19 vezes no principal escalão do futebol português, tendo chegado às competições europeias em 2004, 2006, 2009, 2011 e 2014. Num passado recente, contou com o goleador Adriano (19 golos em 2003-2004 e bilhete para o FC Porto); com o melhor marcador da prova de 2008-2009, Nenê; com Ruben Micael, formado nas escolas do clube e que chegou à seleção ou com Alonso, lateral goleador. Manuel Machado foi o treinador de maior sucesso nos últimos anos, no clube e Rui Alves, o seu presidente de maior sucesso estando à frente do clube desde 1994, com um ano de interrupção.
Já o Farense, clube mais antigo e representativo do Algarve, prepara-se para a 24.º presença na primeira divisão. Orientado por Sérgio Vieira e tendo André Geraldes como diretor desportivo, o Farense regressa após 18 anos de interregno. Com uma aposta forte no plantel deste ano, os algarvios contam com Ryan Gauld (24 jogos e 9 golos) como a grande estrela e são a equipa mais vitoriosa da segunda divisão. O Farense regressa a uma liga onde brilhou mais intensamente em 1994-1995, sob o comando do lendário Paco Fortes, que orientou então uma equipa de luxo com Hassan (melhor marcado do campeonato), Hajry, Dukic, Paixão, Eugénio, King ou Rufai. No ano seguinte, presença na Taça UEFA.