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Visão do Peão

Visão do Peão

Qui | 12.12.19

Nona derrota da época

Francisco Chaveiro Reis

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Depois da derrota em Eindhoven, na primeira jornada, o Sporting deu boa conta de si na Liga Europa e venceu quatro jogos consecutivos, chegando ao primeiro lugar do seu grupo. À sexta jornada, bastava empatar na Áustria, contra o pouco mais do que modesto LASK Linz, para terminar a fase de grupos em primeiro e evitar uma série de “tubarões”, em especial aqueles vindos da Liga dos Campeões.

Mas Jorge Silas, inventou, colocou em campo uma equipa B (quando a A, mal dá conta do recado) e perdeu por claros 3-0. Tudo para poupar jogadores para a perigosa deslocação ao terreno do colosso Santa Clara. O Sporting põe-se a jeito da eliminação, numa prova onde ainda poderia ter hipóteses de fazer boa figura. É verdade que para seguir em frente numa prova europeia, Manchester United ou Ajax não podem assustar, mas todos sabemos como é frágil o futebol atual do Sporting. Caros, Rosier, Doumbia ou Camacho tardam em mostrar algo. Sem Bruno Fernandes, o deserto é total.

Qui | 12.12.19

Bayern domina fase de grupos

Francisco Chaveiro Reis

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Terminou a fase de grupos da Liga dos Campeões. PSG, Real Madrid, Bayern, Tottenham, Manchester City, Atalanta, Juventus, Atlético de Madrid, Liverpool, Nápoles, Barcelona, Borussia Dortmund, Leipzig, Lyon, Valência e Chelsea. Itália destaca-se, ao conseguir colocar três equipas nos oitavos e Espanha, as suas quatro, enquanto que Inglaterra continua a colocar as suas quatro equipas na fase seguinte.

Caem para a Liga Europa (vai ser muitíssimo competitiva): Club Brugge, Olympiacos, Shaktar Donetsk, Bayer Leverkusen, Red Bull Salzburg, Inter, Benfica e Ajax. De fora das competições europeias ficam Galatasary, Estrela Vermelha, Dinamo de Zagreb, Lokomotiv, Genk, Slavia Praga, Zenit e Lille.

Lewandowski, avançado polaco do Bayern, foi o melhor marcador da fase de grupo, com 10 golos; seguido de Braut Haland (Red Bull) e Harry Kane (Tottenham). Ziyech (Ajax) com 4 assistências, foi o homem mais generoso na hora de oferecer golos. Ainda nos golos, o Bayern foi o melhor ataque com 24 golos marcados seguido de Tottenham (18), PSG (17) e Red Bull e Liverpool (16). Quem mais sofreu golos foi o Genk (20) mas Lille, Galatasary, Olympiacos e Estrela Vermelha (14) não ficaram muito melhor na foto.

Com seis vitórias em seis jogos, o Bayern foi a equipa mais pontuada, com 18. PSG e Juventus, estiveram quase lá, somando 16. Na base, Galatasary que só somou 2 pontos e sobretudo Lille, Slavia de Praga e Genk que só conseguiram 1 ponto, cada.

 

Qua | 11.12.19

Zagallo

Francisco Chaveiro Reis

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Na gala de atribuição de prémios do Brasileirão, Mário Zagallo foi chamado ao palco para ser homenageado. Fragilizado pela idade, teve a ajuda de Jorge Jesus, que, num momento de ternura, lhe deu dois beijos na face. Mas quem é afinal Mário Zagallo?

Nascido a 9 de agosto de 1931 em Maceió, Zagallo teve uma primeira vida como futebolista de elite, jogando a extremo esquerdo. Como avançado, passou por América do Rio de Janeiro, Flamengo e Botafogo. Pelo Mengão e Botafogo, venceu um sem número de títulos, mas foi ainda como jogador que começou a ser feliz pela seleção brasileira. Foi campeão do mundo em 1958 e 1962 e venceu ainda uma série de outras competições como a Taça do Atlântico, a Taça Oswaldo Cruz e a Taça Bernardo O'Higgins. Pepe, companheiro de Pelé no grande Santos, foi relegado para o banco no 4-3-3 do Escrete.

No Botafogo, conviveu com a melhor geração do clube: Garrincha, Didi e Nilton Santos, que seriam também seus companheiros, na seleção. Retirado em 1965, começaria a treinar o mesmo Botafogo em 1966. Só na etapa seguinte, o Flamengo venceria os primeiros títulos, no banco. Passaria ainda por Fluminense, Flamengo, seleção do Kuwait, Al Hilal, Vasco da Gama, seleção da Arábia Saudita, Bangu, seleção dos EAU e Portuguesa dos Desportos. Mas seria, mais uma vez, pela seleção que seria mais feliz. Em 1970, guiou o Brasil a mais um Mundial, com Pelé em grande, no México. 24 anos depois, já como coordenador técnico, chegou ao bis, estando diretamente ligado a quatro Mundiais vencidos pelo Brasil. Aos 88 anos, o Velho Lobo é uma figura idolatrada, justamente, no Brasil e um pouco por todo o mundo.

Ter | 10.12.19

Cruzeiro desce pela primeira vez

Francisco Chaveiro Reis

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Infelizmente para os adeptos da Raposa, este fim-de-semana fez-se história no Brasileirão. Aos 98 anos, o Cruzeiro de Belo Horizonte desceu de divisão. Com quatro campeonatos do Brasil, seis taças e quarenta campeonatos mineiros no Museu, o Cruzeiro fez uma péssima época e em 2020, disputará a série B.

Com três treinadores ao longo da época - Mano Menezes e Abel Braga, Adilson Batista – o Cruzeiro não foi além das 7 vitórias em 38 jogos (15 empates e 16 derrotas). Marcou apenas 27 golos e sofreu 46. Apesar de não ter um plantel de luxo, o Cruzeiro contou com bons jogadores como Dedé, Dodô, Thiago Neves, Sassá ou Fred (21 golos na época). Joel, que se destacou no Marítimo, também integra o elenco

Fundado a 2 de janeiro de 1921, o Cruzeiro, conta ainda com diversos títulos continentais, com destaque para duas Copas dos Libertadores da América.

Mas os problemas do Cruzeiro estão longe de ser apenas desportivos. O clube vive uma profunda crise económica e não tinha já condições de pagar os salários principescos dos seus principais jogadores. Com a descida e a queda das receitas (nomeadamente das transmissões televisivas), o plantel passará por profundíssima remodelação. Adilson Batista é o homem em que a direção confia para liderar uma equipa mais jovem e principalmente, muito mais barata.  

Seg | 09.12.19

Derby à Valenciana

Francisco Chaveiro Reis

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Em novembro de 2008, assisti, embasbacado a um jogo no Camp Nou. O Barcelona de Guardiola esmagou o Valladolid por 6-0, com um poker de Eto´o. Vi, ao vivo, um dos mais míticos estádios do mundo e vi, ao vivo, estrelas planetárias como Eto´o, Henry, Messi, Xavi ou Puyol. Cerca de 11 anos depois, vi o segundo jogo da liga espanhola da minha vida. Curiosamente, a equipa de casa joga com as mesmas cores e o jogo acabou com o mesmo número de golos marcados: seis.

O Ciudad de Valência encheu-se com 23 mil adeptos, cerca de metade para cada lado numa convivência pacifica, para ver o Levante UD, perder 2-4 com o mais reputado (mas que não vencia ali há oito anos), Valência CF. Desfalcado com a lesão de cinco centrais, entre os quais o português Ruben Vezo, o Levante jogou com Coke (médio) e Eliseo (da equipa B), no centro da defesa mas não teve problemas para começar a levar de vencida o rival.

Entrou melhor o Levante que para surpresa e alegria dos seus adeptos se viu a vencer por 2-0. Roger Martí (muito interessante, este espanhol de 28 anos), avançado, com boa jogada individual, rematou rente ao poste para o 1-0. O mesmo Martí, fez, de grande penalidade (decorrente de falta fora da área), o 2-0. Estavam passados apenas vinte minutos. O 9 do Levante ainda teve nos pés o 3-0, mas o golo seguinte do jogo seria na outra baliza. O marcador? O próprio Martí, de joelho, na própria baliza…

A segunda parte foi fatal para o Levante. Liderado por Rodrigo Moreno, segundo avançado a cair para a zona do dez, a construir o jogo, o Valência viraria o jogo com um bis de Gameiro. O francês seria uma das figuras do derby com um cabeceamento perto da linha de golo e com um remate cruzado. Tudo isto, em apenas 2 minutos. O Levante ainda tentou o empate, mas seria o Valência a marcar. Rodrigo fez a sua segunda assistência do jogo e o jovem Ferrán bateu Aitor.

Não poderia ter pedido melhor jogo com muitos golos, uma remontada e um excelente ambiente nas bancadas com adeptos de lado a lado a conviverem pacificamente.

O Levante atuou com: Aitor, Miramon, Coke (Pereira), Eliseo e Clerc; Rochina (Vukcevic), Radoja, Campaña e Bardhi; Morales (Mayoral) e Martí. Pelo Valência, alinharam: Cillensen (Domenech), Wass, Garay, Gabriel e Jaume; Ferrán, Coquelin (Diakhaby), Parejo e Soler; Rodrigo e Gameiro (Maxi Gomez).

O jogo não teve portugueses em campo. Nos da casa, Vezo foi um dos cinco centrais lesionados (estreou-se na equipa principal Eliseo, que acabou expulso e Pereira) e Hernâni não saiu do banco. No Valência, Guedes lesionado e Thierry (nem aqueceu) também não festejaram em campo. Dos homens que já tiveram ligação à nossa liga só jogaram Vukcevic (Braga), Wass, Garay e Rodrigo (Benfica).

Seg | 09.12.19

Morreu Rogério "Pipi"

Francisco Chaveiro Reis

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Primeiro jogador português a jogar no Brasil e avançado de nomeada no Benfica, Rogério Lantres de Carvalho, morreu um dia depois de completar 97 anos. Conhecido desde cedo como “Pipi”, nome dado aos rapazes que andavam impecavelmente vestidos, Rogério, nascido em Lisboa, começou a dar nas vistas no Chelas FC, antes de se mudar para a Luz.

Foi no Benfica, entre 1942 e 1947 e 1948 e 1960 que viveu os melhores dias da sua carreira, marcando mais de 200 golos e vencendo três campeonatos, seis taças e uma Taça Latina. A chegada de Otto Glória e sua decisão de fazer dos jogadores, profissionais, marcou o fim da sua passagem pelo Benfica. Rogério quis manter o seu emprego e mudou-se para o Oriental onde jogaria até ao fim da carreira.

Ainda é o jogador com maior número de golos marcados em finais da Taça da Portugal: 15. 15 foi também o número de partidas que fez por Portugal, fazendo dois golos.

Dom | 08.12.19

Sofrida

Francisco Chaveiro Reis

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Uma grande cabeçada de Luiz Phellype, na resposta a cruzamento de Mathieu, deu a vitória ao Sporting que assim fica a apenas um ponto do terceiro lugar. Com menos de 27 mil nas bancadas, a exibição voltou a ser sofrível mas o Sporting foi sempre a melhor equipa em campo.

Qua | 04.12.19

Craques da Bola, 31

Francisco Chaveiro Reis

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Foi campeão do Mundo de sub-20 pela Jugoslávia (treinado por Jozic, que passaria pelo Sporting) e levou ao colo a Croácia ao terceiro lugar do Mundial 1998. Para além disso, foi goleador de topo por onde passou, com destaque para o Real. Eis Suker. Davor Suker, hoje presidente da Federação Croata de Futebol.

O jovem Davor começou a carreira profissional no Osijek, onde parou entre 1984 e 1989 (isso mesmo, campeão do Mundo não mudou de clube). Marcou 40 golos em 91 partidas. Com 18 golos em 1988-1989, ganhou a promoção para o Dínamo de Zagreb onde fez 34 golos em 64 partidas. Aos 24 anos chegou, finalmente, a uma grande liga europeia.

O Sevilha recebeu-o de braços abertos e já croata, chegou à La Liga no verão de 1991. Zamorano era figura do ataque e na baliza morava Monchi, que viria a ser um mítico diretor desportivo. Estreou-se com 9 golos. Melhorou. Seguiram-se 13, 27, 20 e 22. Nada ganhou. A não ser uma transferência para o todo-poderoso Real Madrid.

Em 1996-1997 teve uma das melhores épocas da carreira. Marcou 29 golos e venceu a liga espanhola, o primeiro título de clubes da sua carreira. Aos 29 anos, jogava ao lado de Mijatovic, Raúl, Seedorf, Guti, Hierro ou Sanchis. Carlos Secretário também privou com o croata em Madrid. No ano seguinte, menos golos, 15, novos companheiros – Sávio, Morientes ou Karembeu e dos títulos: Supertaça de Espanha e Liga dos Campeões. Na final da Champions, bateu a Juventus por 1-0, com golo de Mijatovic. Suker fez a assistência. A dupla jugoslava do Mundial de 1987, voltava a atacar. Trintão, cumpriu apenas mais uma época e marcou mais 5 golos pelo Real. Andaria por Arsenal (11 golos), West Ham (3) e TSV (8, em duas épocas) mas não voltaria a ser o mesmo, acabando a carreira aos 35 anos, com quase 300 golos em quase o dobro dos jogos.

Pelas seleções, conheceu a glória. Pelos sub-20 da Jugoslávia marcou 6 golos em 6 jogos e foi campeão do Mundo, em 1987, no Chile. Venceu o seu grupo, deixando Chile, Austrália e Togo para trás. Nos quartos, deixou o Brasil (André Cruz, Edilson e César Sampaio) para trás e nas meias, a RDA (Sammer). Na final, a Alemanha (Moller e o melhor marcador do torneiro, Marcel Witeczek). Suker tinha ao lado uma geração genial: Jarni, Stimac, Boban e Prosinecki que haveriam de se tornar croatas; Mijatovic que se tonaria sérvio ou Pavlovic, que ser tornaria bósnio. Como jugoslavo esteve ainda nos JO de Seul; no Euro sub-21 de 1989 e no Mundial de 1990, onde não chegou a jogar. Só não esteve no Euro 92 porque, entretanto, deixou de existir o seu país. Já se sabe que foi a Dinamarca que foi chamada para a substituição.

Como croata jogou o Euro 1996 (jogou contra Portugal) e os Mundiais 1998 e 2002. Em 98, ajudou a escrever uma bonita história. A Croácia só caiu nas meias e contra a equipa da casa, graças a um bis de Thuram. Integrada no Grupo H, a Croácia derrotou a Jamaica (3-1) e o Japão (1-0) e perdeu com a Argentina (0-1). Nos oitavos, 0-1 à Roménia e nos quartos, o jogo mais marcante, com 0-3 à Alemanha. Nas meias, a tal derrota e no último jogo, a conquista do terceiro lugar, 2-1 à Holanda. Suker atuou em 6 jogos e marcou 6 golos.

Ter | 03.12.19

Messi vence sexta bola

Francisco Chaveiro Reis

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Está desempatado. Leo Messi venceu a sua sexta Bola de Ouro e passou a ter mais uma do que Cristiano Ronaldo que mais uma vez, não vencendo, não esteve presente na gala. Messi fez um discurso onde prometeu continuar a trabalhar para melhorar mas onde abriu a porta para o fim da carreira daqui a um ou dois anos. Ronaldo foi considerado o terceiro melhor do mundo, ficando também atrás de Van Dijk. Os outros portugueses nomeados, Bernardo Silva e João Félix , ficaram nas 8ª e 28ª posições. No futebol feminino, destaque para Megan Rapinoe, melhor do mundo, após capitanear os EUA, campeões mundiais.