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Visão do Peão

Visão do Peão

29 de Novembro, 2019

Ano dois depois de Wenger. Cai Unai.

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Seria de esperar que a missão do homem que substituísse Wenger fosse difícil, mesmo que o francês nada vencesse há alguns anos. Depois de uma série de maus resultados, Unay Emery caiu. O basco, que venceu três Ligas Europa consecutivas pelo Sevilha, completou 78 jogos pelo Arsenal, conquistado apenas 43 vitórias.

Emery chegou na época passada e curiosamente chegou à final da Liga Europa, acabando goleado pelo Chelsea (4-1). Na Premier League, ficou em quinto lugar, não chegando à Liga dos Campeões; na FA Cup não passou nos 16 avos e na EFL, dos quartos.

Este ano, o Arsenal ocupa apenas o 8.º posto do campeonato, com 4 vitórias, 6 empates e 3 derrotas. Na Liga Europa, o Arsenal lidera o seu grupo, à frente de Frankfurt, Liége e Guimarães, mas a derrota de ontem, em casa, com o Eintracht, precipitou a saída do técnico espanhol. Nuno é apontado à sucessão, depois de um excelente trabalho nos Wolves.

29 de Novembro, 2019

Melhor jogo da época

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O Sporting fez a melhor exibição da época, ante de mais de 30 mil, vencendo o PSV por claros 4-0. Com Renan e Coates lesionados, Max estreou-se na baliza (foi umas das figuras, conquistando as bancadas e quem sabe, o lugar) e Ilori alinhou ao lado de Mathieu. De resto, o onze previsível, no 4-2-3-1 que parece que Silas vai manter nos próximos tempos. Com Bruno Fernandes em alta rotação, o Sporting viu-se a vencer, rapidamente, por 2-0. Primeiro, o capitão fez cruzamento acrobático para Luiz Phellype desviar "à boca da baliza". Depois, remate colocadíssimo de fora da área. Estavam decorridos apenas 15 minutos de jogo. Fraquíssimo, o PSV tentou reagir, sobretudo por Bruma mas Max e o desacerto dos holandeses impediram o golo. Antes do intervalo, o 3-0, através de remate acrobático de Mathieu. A meia hora do fim, Acuña deu uma de Maradona e passou por toda a equipa holandesa até ser derrubado na área. De penalty, Fernandes fechou a contagem. O Sporting discute com o LASK, na última jornada, quem é o primeiro do grupo. Basta o empate.

26 de Novembro, 2019

Estamos a ser preparados?

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Têm sido associados ao Sporting, jogadores cujo passe parece ser bastante caro: Barco, Ntcham ou Boadu. Será que há mudança de estratégia ou estamos a ser preparados para a saída de Bruno?

25 de Novembro, 2019

Vai começar a venda?

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Cumprido do sonho de voltar a vencer a Liberta e o campeonato e com o Mundial na mira, o Mengão corre o risco real de perder algumas das suas figuras para a Europa. De Jesus a Gabriel. Mesmo tendo dinheiro nos cofres, jogando num dos mais emblemáticos estádios do planeta e tendo milhões de fiéis seguidores, o Flamengo pagará em breve o preço do sucesso, com a natural ambição dos seus protagonistas quererem ir para o centro do futebol: a Europa. E para muitos, será um regresso fortalecido.

Desde logo para Jesus, com fama de só servir para a liga portuguesa, mesmo tendo chegado a duas finais da Liga Europa. Aos 65 anos, venceu além-mar e tem esperança renovada de que Barcelona ou Real lhe abram a porta. Não sei se tal é possível, mas que seria bonito, seria. Pelo menos um clube médio de um grande campeonato poderá querer ver o que vale o Mister.

O segundo a saltar deve ser Gabigol. Na Europa, entre Inter e Benfica, marcou 2 golos. Muito longe dos 27 do ano passado no regresso ao Santos e dos 40 que já leva em 2019, ainda a época não acabou. Aos 23 anos, pode enfim estar no momento certo de maturidade para se afirmar. A ele, vejo-o onde há mais dinheiro e onde Chelsea ou United precisam de poder de fogo. Poderá lutar agora com Firmino e Jesus por um lugar mais sério no Escrete. Nunca esquecerá Jesus.

Outros, como Diego, Rafinha ou Filipe Luís, com vida feita na Europa já não devem regressar, mas olhando para o elenco, Rodrigo Caio, William Arão (esteve brevemente no Espanhol B), Everton Ribeiro ou De Arrascaeta, que nunca jogaram na Europa, poderão agora experimentar as melhores ligas. Bruno Henrique, provavelmente o jogador em mais destaque a seguir a Gabriel Barbosa, também poderá querer provar o seu valor, após má experiência no Wolfsburgo. Será o Flamengo, vítima do seu sucesso?

24 de Novembro, 2019

Jorge, Rei das Américas

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Jorge Jesus, vive aos 65 anos, os melhores dias da carreira. A sua chegada ao Flamengo, após ter treinado "apenas" em Portugal e na Arábia Saudita, causou desconfiança, mas seis meses depois, Jesus é "o cara". Quando chegou ao Mengão, o clube, sem conhecer o sabor da vitória há dez anos, estava a oito pontos do líder Palmeiras. Nada que assustasse Jesus. Com bons reforços, sobretudo para a defesa (José Mari, Rafinha e Filipe Luís), o português mudou a maneira de trabalhar, pensar e de jogar do elenco do Flamengo e rapidamente arrancou uma caminhada de glória, cuja extase chegou este fim-de-semana.

Sábado, final da Copa Libertadores da América, exatamente 38 anos depois da última. Borré marcou primeiro e o River quase venceu por dois anos consecutivos. Provavelmente, até foi melhor, mas Gabigol, aproveitando dois erros argentinos, fez em três cruéis minutos, os golos da reviravolta e o Rio de Janeiro ficou louco. Estava o Flamengo em festa quando chegaram ecos de mais motivos. O Palmeiras perdeu, em casa, com o Grémio (adversário do Mengão nas meias da Liberta e treinado por um dos maiores críticos de Jesus) e mesmo sem jogar, o Flamengo é campeão de novo. Apesar dos milhões de fanáticos adeptos, este é apenas o sétimo campeonato da história do clube, o que faz do feito de Jesus, algo ainda mais significativo. Em dezembro há o derradeiro sonho flamenguista: o Mundial de Clubes, onde o Liverpool será o grande entrave à maior felicidade. Depois disso, Jesus pouco mais terá a fazer no Rio e confessa, mais uma vez, sonhar com um gigante europeu. Ainda vai a tempo?

Jesus é o primeiro estrangeiro a vencer o Brasileirão; o segundo treinador a vencer a Libertadores pelo Flamengo; consegue a conquista da Liberta e do campeonato no mesmo ano, após apenas o Santos de Pelé o ter conseguido em 1963 e prepara-se para recordes no Brasileirão: equipa com mais pontos numa só época (já tem tantos como o Corinthians de 2015 e ainda vai jogar quatro partidas); equipa com menos derrotas (só tem três e os melhores da história acabaram com quatro); leva 22 jogos sem perder e mais jogos, iguala a marca do Palmeiras; já igualou a marca de oito jogos a vencer e pode ultrapassa-la no próximo jogo e pode ser o melhor ataque de sempre, levando já 73 golos e estando a 4 da marca dos 77.

23 de Novembro, 2019

Craques da bola, 30

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José Roberto Gama de Oliveira, para sempre conhecido como Bebeto, é um dos melhores avançados da história do Brasil. Aos 55 anos, olha para uma carreira repleta de glória.

Começou a dar nas vistas no Vitória, em 1982, com 1 jogo e 1 golo. O baiano conheceria um sucesso bem maior quando se mudou para o gigante Flamengo em 1984. Em 285 marcou 153 golos e conquistou os adeptos do Mengão. Venceu 16 trofeus, incluindo um campeonato brasileiro.

Manteve-se no Rio de Janeiro para, entre 1989 e 1992 jogar pelo Vasco da Gama. A transferência foi controversa, mas Bebeto liderou o Vasco rumo ao segundo campeonato brasileiro da sua história. Com 59 golos em 115 jogos, saiu com a sua missão cumprida. Roberto Dinamite, Sonny Anderson, Mazinho, Carlos Germano, Edmundo ou Mário Jardel foram seus companheiros.

No verão de 1992, aterrou na liga espanhola, uma das melhores do mundo para transformar o modesto Deportivo num sério concorrente ao título de campeão. Em 131 jogos, 108 golos. Ajudou a dois segundos lugares (um deles decidido quase no último segundo da última jornada) e a um terceiro. Eram os tempos de Donato, Mauro Silva ou Fran. Ainda venceu uma Taça do Rei e uma Supertaça.

Chegado tarde à Europa, após três anos e meio na Galiza regressou ao Flamengo. Com 32 anos e com a concorrência de Sávio, Romário ou Amoroso ainda marcaria 17 golos em 21 jogos. Voltou a Espanha, mas não teve sucesso em Sevilha e o Vitória seria o seu destino para mais 8 golos.

Antes de se reformar ainda teve vários destinos: Cruzeiro, Botafogo, Neza (México), Kashima Antlers (Japão), regressos a Vitória e Vasco e Al Ittihad (Arábia Saudita).

Pela seleção viveu em 1994, o seu momento mais alto: tornou-se campeão do mundo, fazendo uma dupla de sonho com Romário. Fez 7 jogos e marcou 3 golos (menos 2 do que Romário). Num dos festejos embalou um bebé imaginário, em homenagem ao filho recém-nascido (Matheus, dos quadros do Sporting) e tornou-se icónico. Ao todo, 40 golos em 76 aparições. Para além dos EUA em 1994, destacou-se na Copa América de 1989, com 6 golos em 7 jogos e nos Jogos Olímpicos de 1996, com 6 golos em 6 jogos. No primeiro caso, o Escrete venceu a prova. No segundo, venceu apenas a medalha de bronze.

Pelo Brasil foi, ainda, campeão do Mundo de sub-20, em 1983 (com Aloísio ou Dunga), medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988 (com Romário ou André Cruz); venceu a Taça das Confederações em 1997 e chegou à final do Mundial de 1998.

22 de Novembro, 2019

Jesus quer a segunda

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Envolto em enorme euforia na partida para o Peru, o Flamengo de Jesus joga amanhã a final da Libertadores da América, a Liga dos Campeões da América do Sul. O Mengão só venceu a competição por uma vez, em 1981 (não mais voltou à final) e a perspetiva de voltar a vencer está a deixar os adeptos loucos. Sob o comando de Jesus, o Mengo chega à final desta competição, mas está também a dois pontos de ser campeão brasileiro, algo que lhe escapa há dez anos. O primeiro ano de Jesus no Flamengo está condenado a ser positivo.

Mas do outro lado está o poderoso River Plate, campeão em título (vitória em Madrid contra o Boca Juniors). Vencedor da competição por quatro vezes, o River, bem orientado por Marcelo Gallardo conta com um elenco de luxo e com maior experiência em finais. Gallardo, vencedor da Copa em 1996, como jogador (ao lado de Crespo, Francescoli, Ortega, Almeyda, Sorín ou Burgos), tem feito um trabalho notável e contará com Armani, Casco, Montiel, Quintero, Enzo, Borré, Pratto ou Scocco para contrariar o treinador português.

Espera-se grande espetáculo em Lima e a segunda taça para o Flamengo. Uma das maiores torcidas do mundo está em suspenso até amanhã. Jesus, também.

21 de Novembro, 2019

Craques da bola, 29

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Aos 54 anos, Hagi, “O Maradona dos Cárpatos”, é dono e treinador dos romenos do Viitorul Constanta, nascido em 2009 e campeão em 2016-2017. Mas Hagi é, sobretudo, conhecido por uma carreira como médio ofensivo de fino recorte.

Logos aos 18 anos, estreou-se pelo modesto Farul, fazendo 7 golos em 18 partidas. No ano seguinte, em 1983, mudou-se para o Sportul Studenţesc, onde passou quatro épocas, fazendo 118 partidas e marcando 62 golos. A grande evolução na sua carreira deu-se em 1987, quando chegou ao Steua, maior clube da Roménia. Fez exatamente os mesmos 118 jogos que fizera pelo clube anterior, mas marcou mais – 88 golos. Melhor do que isso, venceu os seus primeiros trofeus da carreira: três campeonatos romenos, uma taça romena e ainda uma Supertaça europeia. A sua estreia pelo Steua foi em grande. Único golo na vitória na Supertaça Europeia contra o Dinamo de Kiev, no Mónaco. De um lado, Hagi, Boloni (esse mesmo), Piturca ou Lacatus, treinados por Anghel Iordanescu. Do outro, Belanov, Blokhin ou Mykhaylychenko, treinados por Valeriy Lobanovskyi.

O regime de Ceausescu impediu sua saída mais cedo para Milan, Juventus ou Bayern mas em 1990, Hagi saiu finalmente da liga romena, pronto para abraçar uma aventura no gigante Real Madrid. Sem surpresa, “pegou de estaca”. Em duas épocas, venceu apenas uma Supertaça, mas marcou 20 golos em mais de 80 jogos. Jogou lado a lado com Lopetegui, Sanchis, Hierro, Milla, Michel ou Butragueno. Surpresa maior foi ter-se mudado para a Série A, mesmo que este fosse o campeonato mais fulgurante de então. Hagi chegou ao modesto Brescia em 1992 para duas épocas, sendo que a na segunda, jogou a segunda divisão italiana. E foi como jogador do Bréscia que jogou o Mundial 1994, um dos momentos altos da sua carreira.

Regressaria a um gigante mundial sediado em Espanha, a seguir ao Mundial, juntando-se ao Barcelona para duas épocas. Voltou a vencer apenas uma Supertaça e jogou e marcou menos do que quando jogou pelo Real. Aos 31 anos, começava a ser ultrapassado por jovens estrelas como Figo, Guardiola ou De la Peña.

Os últimos cinco anos da carreira seriam passados no Galatasary, onde se tornou referência. Em 132 jogos, fez 59 golos e venceu sete competições internas turcas. Melhor, ajudou o Gala a vencer a Taça UEFA e a Supertaça Europeia, em 2000, contra o Real Madrid (brilharete de Jardel). Conviveu com Sukur, Sas, Emre ou com os compatriotas Ilie, Popescu, Lutu ou Filipescu.

Pela seleção, fez 124 jogos e marcou 35 golos. Liderou a Roménia que chegou aos quartos do Mundial 1994 e jogou os Euro 1984, 1996 e 2000 e os Mundiais de 1990 e 1998. Em 1994, marcou 3 golos em 5 jogos, sendo o camisola 10 de uma equipa com Petrescu, Munteanu ou Dumitrescu, para além de vários antigos companheiros do Steua. A Roménia venceu um grupo equilibrado com Suíça, EUA e Colômbia e nos oitavos eliminou a poderosa Argentina.

21 de Novembro, 2019

Bruno sai em janeiro?

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Com o mercado de inverno a chegar e Mourinho confirmado no Tottenham, a saída do capitão do Sporting volta a estar em cima da mesa. Mourinho é representado por Jorge Mendes, o mesmo homem mandatado pelo Sporting para transferir Bruno no verão e esta relação, conjugada com a qualidade do médio, pode levar o Sporting a encher os cofres, mesmo que grande parte da verba, tivesse já destino. Do ponto de vista de Mourinho, ganharia um grande jogador que poderia ser formado na Premier League para render Eriksen (sempre ligado a uma saída para Espanha), por um preço (60 a 70 milhões) quase banal para um clube inglês da parte de cima da tabela. Do ponto de vista do jogador, seria o concretizar de um sonho, ainda para mais com um treinador português, mesmo que nas vésperas de Euro, haja sempre o risco de jogar menos e não ser convencido. Quem ficaria pior, seria o Sporting, dependente do seu melhor jogador e marcador, que teria que ir rapidamente ao mercado buscar mais do que um jogador para mitigar a falta de Fernandes. Mas, claro, a depauperada tesouraria poderá não conseguir negar o negócio.

20 de Novembro, 2019

Mourinho regressa à Premier

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É oficial. José Mourinho está de volta ao ativo e à sua liga de eleição. O português, desempregado desde a saída do Manchester United, foi anunciado como treinador do Tottenham pós-Pochettino. Mesmo visto como um treinador ultrapassado, Mourinho terá recusado ligas periféricas na esperança de voltar a um dos campeonatos de topo depois do trabalho fabuloso no FCP, Chelsea, Inter e Real. Mesmo no United, onde ficou a ideia de que falhou, venceu uma Liga Europa, uma Supertaça e uma Taça da Liga, logo no primeiro ano e ficou no segundo posto da Premier League, com uma equipa em reconstrução, no segundo.

O argentino, no clube desde 2014 (rendeu Villas-Boas, pupilo de Mourinho), pôs os Spurs a jogarem bom futebol e alcançou um fabuloso segundo lugar em 2016-2017 (e mais dois terceiros lugares). Será difícil a Mourinho fazer melhor, numa liga onde tem a concorrência de Liverpool, City, Chelsea ou United e onde o dinheiro está sempre a entrar e não sabe quem pode ser o próximo superclube.

Ainda assim, Mourinho irá encontrar um clube com um gigantesco estádio novo, sempre cheio de adeptos fanáticos; um grupo recheado de grandes jogadores (potenciados por Pochettino) como Kane, Dele ou Lucas e terá dinheiro nos cofres para fazer as alterações que entender. No fundo, mesmo já não tendo o fator surpresa nem a aura de Special One, Mourinho irá encontrar um clube sedento de sucesso, tal como o Chelsea de 2004.

A principal causa do afastamento do argentino é o 14.º posto onde o Tottenham se encontra atualmente na Premier League. Em 12 jogos, 3 vitórias, 5 empates e 4 derrotas com 18 golos marcados e 17 sofridos. Na Liga dos Campeões, no Grupo B, o Tottenham está bem posicionado para chegar aos oitavos, recebendo o Olympiacos na quinta e penúltima jornada, com uma vitória a valer o apuramento.

Mourinho irá agora analisar o plantel, sendo certo que pedirá reforços já em janeiro. Matic (esteve com o português no Chelsea e no United), Ibrahimovic (ajudou Mourinho no Inter e no United), Dybala, Bruno Fernandes e Aké (foi orientado por José no Chelsea) são os primeiros nomes a vir a público como potenciais reforços.

16 de Novembro, 2019

Craques da bola, 28

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Sueco de origem cabo-verdiana, Henrik Larsson continua a ser, aos 48 anos, uma referência do futebol sueco. Entre 1989 e 1991, jogou pelo modesto Hogaborgs BK, marcando 23 golos em 64 jogos.

Aos 20 anos, chegou ao Helsingborgs IF, para dar desde logo nas vistas com 34 golos em 31 jogos, mesmo tendo a concorrência do Mats Magnusson, pós Benfica. No ano seguinte, marcaria apenas metade dos golos, mas isso não impediu a aposta do Feyennord, gigante holandês onde Larssson passaria os quatro anos seguintes.

Em Roterdão, nunca passou dos 16 golos por época (6-14-16-8) mas ganhou os primeiros trofeus da Holanda, duas Taças. Por lá, dividiu balneário com Ed de Goey (viria a fazer carreira no Chelsea), Gaston Taument (passou pela Luz), Peter Bosz (atual treinador do Leverkusen) ou Giovanni van Bronckhorst (seria seu adversário direto na Escócia e colega no Barcelona).

No verão de 1997, chegou a Glasgow para iniciar uma história de amor no Celtic. Por lá esteve sete épocas, fazendo 242 golos em 313 jogos. Ajudou a vencer quatro campeonatos, duas taças e três taças da liga e ainda esteve presente numa final da Taça UEFA. Chegou para render…Jorge Cadete, que marcara 33 golos na época anterior. Aos 26 anos, com a camisola 7 nas costas, marcou “apenas” 19 golos, mas o Celtic venceu campeonato e taça.

Adorado até hoje pelas gentes do Celtic Park, Larsson teve épocas épicas: 2000-2001 com 54 golos em 50 jogos; 2002-2003 com 44 golos em 52 jogos ou a última, 2003-2004, com 41 em 58 jogos. Com ele, jogaram homens como Paul Lambert, Mark Viduka, Ian Wright, Stiliyan Petrov, Eyal Berkovic ou Chris Sutton.

Depois de três golos no Euro 2004, mudou-se para o Barcelona, aos 33 anos. Mesmo com Eto´o por lá, não quis fazer figura de corpo presente e marcou 19 golos em 58 partidas. Melhor, ganhou uma Liga dos Campeões para além de um campeonato e de uma taça. Conviveu com Messi, Deco, Ronaldinho, Iniesta ou Xavi.

Regressou a casa e ao Helsingborgs IF para ganhar uma taça sueca, mas não parou por aí. Conheceria a glória de jogar em mais um gigante europeu. Aos 38 anos, estreou-se na Premier League, pelo Manchester United, e venceu-a. Marcou 3 vezes pelo United e aí, sim, regressou à Suécia, de vez.

Pela Suécia, 106 jogos e 37 golos. Esteve no Mundial 1994, nos EUA, ajudando e de que maneira, os nórdicos a conquistarem o terceiro lugar. Larsson era a estrela de uma equipa que contava com Dahlin, Brolin, Ravelli ou Kennet Anderson.

15 de Novembro, 2019

O exemplo vem de baixo

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Para a equipa de benjamins de futsal da Academia Desportiva e Infantil Bairro Miranda, amanhã é dia de estreia. Quando entrarem em campo, os jovens vão exibir nas costas frases a apelar ao fair-play e que têm como objetivo combater a interferência dos pais nos jogos da formação. “Perdemos? É mérito do adversário”, “Os pais não são treinadores” ou “É natural errar” estarão até fim da época nas camisolas das pequenas estrelas.

14 de Novembro, 2019

Craques da bola, 27

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Hoje com 48 anos e trabalho como selecionador da Tanzânia, Emanuel Amunike deixou saudades aos adeptos do Sporting, que trocou pelo Barcelona. O nigeriano começou a sua carreira no seu país, jogando por Concord FC e Julius Berger.

Em 1991, o extremo aproximou-se da Europa, mudando-se para os egípcios do Zamalek, onde ganhou dois campeonatos. Pela mão de Sousa Cintra, chegou à Europa e ao Sporting, após ter estado no Mundial 1994. Treinado por Carlos Queiroz, juntou-se a um plantel de luxo que contava com Figo, Balakov, Iordanov, Peixe, Oceano ou Naybet. Nada que o impedisse de se assumir como titular nos dois anos e meio seguintes e de vencer uma Taça (bis de Iordanov no Jamor, ao Marítimo) e uma Supertaça (0-3 ao Porto, em Paris com o nigeriano a ser expulso quase no fim).

Aos 26 anos, em janeiro de 1997, chegou ao Camp Nou, a pedido de Bobby Robson. Foi a tempo de vencer a Taça das Taças e a Taça do Rei nesse ano mágico da explosão de Ronaldo. Stoichov, Giovanni, Prosinecki ou Popescu também andavam por lá, sem falar nos catalães Busquests (pai), Ferrer, Sergi, Guardiola, Celades ou De la Peña ou dos portugueses Baía, Couto e Figo. O sucesso no Barça esfumou-se por entre várias lesões. Ainda passa por Albacete e pelas ligas coreana e jordana, mas não volta a ser o mesmo. Teria tido condições para ser um jogador consistente até ao fim e provavelmente teria passado pela Premier League.

Mas a sua carreira é feita de alegrias. Sobretudo, pela seleção. Vai à CAN 1994, na Tunísia e apesar de fazer apenas um jogo, é o herói maior. Joga apenas a final e marca os dois golos que dão o título à Nigéria, derrotando a Zâmbia. Nessa partida alinham outros com ligações a Portugal: Rufai, Siasia e Yekini, melhor marcador da prova. No mesmo ano, vai ao Mundial dos EUA e joga e marca mais: 4 jogos e 2 golos, ao lado de boa companhia como Yekini, Amokachi, Okocha ou Finidi. A Nigéria cai nos oitavos, mas deixa boa imagem. Melhor, deixaria em Atlanta, em 1996, com Kanu como grande estrela. Contra todas as expetativas, torna-se campeã olímpica. Aos 90 minutos, Amunike marca o golo da vitória e dá o ouro ao seu país. Para trás já tinha ficado o Brasil e no final, ficou a Argentina de Crespo e Ortega. Estaria ainda na CAN 2000, depois de falhar o Mundial de 1998. Ao todo, 40 jogos e 8 golos.

Penduradas as botas, tem continuado ligado ao futebol. Foi olheiro do Manchester United; esteve nas seleções jovens nigerianas onde, como treinador foi campeão do Mundo de sub-17, em 2015 e treina atualmente a boa seleção da Tanzânia.

14 de Novembro, 2019

Esmagada lituana

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Mais três de Ronaldo, estreia de Gonçalo Paciência a marcar (bem no confronto físico e na garra mas mal a finalizar), mais um de Pizzi esta época e um de Bernardo (melhor do que ele, só CR7). Assim se conta a história do Portugal-Lituânia, no Algarve. Domingo, à hora de almoço, no Luxemburgo, é hora de carimbar o acesso ao Euro.

13 de Novembro, 2019

Craques da bola, 26

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Numa altura em que se fala nos problemas que os jogadores do Nápoles estão a ter por causa de uma época menos conseguida, lembro Careca, ponta de lança brasileiro que se distinguiu no Nápoles campeão, ao lado de Maradona.

Quase nos 60 anos, Antônio de Oliveira Filho, começou a dar nas vistas no Guarani onde esteve entre 1978 e 1982 (conviveu com Marlon Brandão, que se destacaria em Portugal) marcou 109 golos em mais de 250 partidas. Venceu ainda dois campeonatos, um na primeira e outro, na segunda divisão. Mereceu a “promoção” e mudou-se para o São Paulo para mais 115 golos em 191 tentativas. Voltou a ser campeão e ainda venceu duas taças do Brasil. Eram os tempos de Raí, Muller, Paulo Silas ou Falcão.

Só no verão de 1987 chegou à Europa e a Nápoles. Naqueles dias, Itália era o centro do futebol mundial, mesmo que o Nápoles só fosse grande, no apoio fanático das bancadas. Aos 27 anos, bem servido por Maradona, marcou logo por 18 vezes e a equipa do sul, ficou em segundo lugar no campeonato a míseros 3 pontos do Milan de Van Basten, Gullit e Virdis (terceiro melhor marcador do Calcio atrás de Careca e Maradona).

Na segunda época, 27 golos e um título: a Taça UEFA (5-4 ao Estugarda nas duas mãos com um golo de Careca em cada jogo). No campeonato (menso 11 pontos do que o Inter de Serena) e na Taça, segundo lugar (1-4 para a Sampdória de Vialli, Mancini e Toninho Cerezo). Ao terceiro ano em Nápoles, menos golos, apenas 11, mas a glória suprema: o campeonato nacional de Itália, com mais dois pontos do que o Milan. Para além de Careca e Maradona, estrelavam o Nápoles desses tempos, Ferrara, Zola ou Carnevale. Ficaria mais duas épocas e meia, com mais 37 golos marcados, vendo o clube perder alguma força.

O poiso seguinte seria a liga japonesa, que recebeu na altura muitos jogadores canarinhos. Careca aterrou no Kashiwa Reysol para 31 golos em 60 jogos. Nada mau. Não ganharia mais títulos depois de Itália, mas passaria ainda por Santos e São José. Jogaria ainda, em dois períodos, no Campinas, que ajudou a fundar, em 1998.

Pelo Brasil jogou 63 vezes, até 1993, não indo já ao Mundial dos EUA. Marcou 29 vezes e esteve nos Mundiais de 1986 (5 golos em 5 jogos) e de 1990. Jogou ainda a Copa América em 1983 e 1987.

PS: Careca, ele próprio com um nome artístico interessante foi partilhando o balneário com outros nomes curiosos: Neneca, Manguinha, Tião, Ziquita, Biriqui, Cabeção, Toninho Camarão, Ernani Banana, Tatu, Carlinhos Maracanã, Zózimo ou Tangerina.

13 de Novembro, 2019

Conexão brasileira

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Com a aproximação do mercado de inverno, começam a ser associados nomes para reforçar o plantel do Sporting (bem precisa). Para já, são apontados dois brasileiros (três, se contarmos com Gustavo Henrique, falado na semana passada): Gustavo Scarpa, médio ofensivo de 25 anos, do Palmeiras e Michael, extremo de 23 anos, que evolui no Goiás. Já Chrystian, médio de 18 anos do Joinville, vai prestar provas na próxima semana.

12 de Novembro, 2019

Desperdício

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Desaproveitado pelo Sporting, mesmo após uma bela época na Corunha, Domingos Duarte foi chamado à seleção A, pela primeira vez, rendendo o lesionado Pepe. Vendido por apenas 3 milhões de euros, o central de 24 anos, está a ser peça importante no Granada, à frente do guardião Rui Silva. É bem verdade que na convocatória estão 10 jogadores formados no Sporting mas nenhum deles atua no clube, sendo que alguns, como Beto, Domingos ou Semedo nem estão em ligas mais competitivas...

10 de Novembro, 2019

Jogo mil, sem golo

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Ao milésimo jogo da carreira (mais de 700 golos), Cristiano Ronaldo não marcou e, com queixas, não conseguiu acabar o jogo, algo raro. Nada que impedisse a Juventus de vencer o Milan, ainda que por 1-0 apenas. Dybala, que substituiu Ronaldo, fez o único golo do jogo. 

10 de Novembro, 2019

Sporting vence e não sofre golos

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O Sporting venceu, somou três pontos (está a 10 do primeiro, 8 do segundo e 4 do terceiro) e não sofreu golos. Assim, o balanço é positivo mas nem tudo foi bom. A abordagem de Silas ao jogo foi má, com três centrais e Rodrigo Fernandes a estrear-se a titular. Logo aos 33' saiu o terceiro central para entrar Rafael Camacho (está a somar minutos, finalmente). Já o promissor Rodrigo foi trocado por Doumbia ao intervalo. O marasmo só foi rompiado por Vietto. Primeiro, num remate acrobático e depois num remate enrolado que acabou no fundo das redes. O argentino esteve quase quase a fazer o hat trick. 

Do outro lado, a curiosidade de Marco Matias e Silvestre Varela, das escolas do Sporting, terem voltado a Alvalade e ainda o facto de Varela, se ter feito acompanhar por Nilton, seu sobrinho. Os dois, jogaram 90 minutos. 

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