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Visão do Peão

Visão do Peão

Silas tem o palco

Francisco Chaveiro Reis
30
Set19

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Jorge Silas estreia-se hoje na sua “cadeira de sonho” de treinador do Sporting. Frente ao último classificado, ainda que tenha um bom treinador caro aos sportinguistas e jogadores de valor, espera-se uma vitória que ajude o clube a acalmar-se. Em tão pouco tempo, Silas não mudará grande coisa, que não o discurso. Mas esse é um pormaior. Peseiro, Keizer ou Pontes não eram tribunos entusiasmantes e não me parece que haja no resto da estrutura, quem o seja. Silas, pela apresentação e antecipação, parece ser homem de garra e para quem o futebol não tem segredos. Com o tempo veremos se tem a competência técnica necessária, mas para já, deixa boa impressão e parece ser capaz de levantar Coates do chão, canalizar a raiva de Fernandes para a bola e quem sabe, fazer de Jesé, um jogador regular. O Sporting nunca seria campeão este ano e dificilmente o será nos próximos. O objetivo realista é ser terceiro classificado, já que o entrosamento e orçamento de Benfica e Porto são inegáveis, e construir um projeto que nos leve ao segundo e à salvação económica da Champions. Só depois, poderemos sonhar.  

Silas na primeira pessoa

Francisco Chaveiro Reis
27
Set19

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"Eu aceitei porque acredito nos jogadores que temos. Não é preciso milagres. Milagres, com esta equipa e estes jogadores e a qualidade que eles têm? Eles é que fazem milagres"

"Somos atrevidos porque somos ambiciosos. Nunca hesitamos, confiamos muito nas nossas capacidades. Sabemos que a nossa maneira de jogar, porque é arriscada e arrojada, mas é aquilo em que acreditamos. Também sabemos que a nossa maneira de jogar proporciona prazer aos jogadores e aos adeptos".

"O nosso medo é zero. Para se estar num clube destes, não se pode ter medo. Sabemos que vamos correr riscos e temos de estar preparados, mas os jogadores vão gostar e vão acreditar."

Vem aí Silas

Francisco Chaveiro Reis
26
Set19

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Jorge Silas vai ser o novo treinador do Sporting. Globalmente é uma escolha que me agrada. É sportinguista, jovem, colocou o Belenenses do ano passado a jogar bom futebol e é uma opção barata. Por outro lado, foi despedido do mesmo Belenenses após péssimo início de época, tem pouca experiência como treinador e não tem o nível 4 de treinador o que vai gerar a questão caricata de não poder dar indicações durante o jogo.

Silas (adotou o nome do craque brasileiro do Sporting dos anos 80), nasceu em Lisboa há 43 anos. Começou a dar nas vistas do DDS (Desportivo Domingos Sávio), de Campo de Ourique antes de se mudar para o Sporting. Foi leão entre 1987 e 1987, jogando nos sub-13 com Beto ou Nuno Luís (pai de Miguel Luís). Faria o resto da formação no Atlético, pelo qual se estreou como sénior em 1995-1996, com 19 anos. Foi o arranque de uma carreira interessante.

De 1998 a 2001 passou pelas divisões secundárias de Espanha (Ceuta e Elche) antes de regressar a Portugal. Pela União de Leiria fez duas das suas melhores épocas na carreira, marcando 14 golos em 72 jogos, com a camisola 10. Não viajaria com Mourinho para o Porto, ao contrário de outros colegas e a sua carreira prosseguiria no Wolverhampton, hoje cheio de portugueses, onde faria meio ano antes de ser emprestado ao Marítimo.

Encontraria a estabilidade no Restelo, onde passou quatro belas épocas e fez mais de 130 partidas. Por lá conheceu José Pedro, seu atual adjunto. Regressaria a Leiria para mais época e meia e aos 34 anos mudou-se para a liga cipriota. Representou AEL, AEP e Ethnikos Achnas. Só arrumou as botas aos 40 anos, no Cova da Piedade, mas antes ainda regressou ao Atlético e passou pelos indianos do NorthEast United.

Deixou de jogar em 2017 e orientou 61 jogos pelo Belenenses. Prepara-se agora para o maior desafio da carreira.

Factos

Francisco Chaveiro Reis
24
Set19

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O Sporting está mais perto do último do que do primeiro;

O Sporting leva 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas em 8 jogos oficiais;

O Sporting sofreu 17 golos e marcou 12 em 8 jogos oficiais.

 

Mais do mesmo

Francisco Chaveiro Reis
24
Set19

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O Sporting voltou a perder. Ontem foi em casa, contra o Famalicão, por 1-2. A um grande golo de Vietto, respondeu o Famalicão com uma bela jogada que acabou com o golo de Lameiras e com mais um lance infeliz de Coates, a fazer o segundo autogolo em dois jogos. O uruguaio passa por péssima fase e deve agora recuperar psicologicamente. Ainda que eu nunca tenha sido o seu maior fã, é obvio que consegue produzir mais do que isto.

Na estreia em Alvalade, Pontes, sem poder contar com Fernandes e Phellype, lançou Battaglia (fez a diferença enquanto teve pernas, mas depois de tão longa paragem era óbvio que quebraria) e deu a batuta do meio-campo a Wendel. A primeira parte foi do Sporting que deveria ter ido para o intervalo com mais do que um 1-0. Vietto foi o destaque maior, não só pelo golo marcado. Na segunda parte, acabou a bateria de Battaglia mas Pontes tirou do jogo, o argentino errado. Com 1-1, tirou de campo Vietto, o mais parecido que ontem havia com um ponta-de-lança e melhor em campo, e com esse gesto, destruiu a confiança do jogador, da equipa e das bancadas. Não mais o Sporting se encontrou e o golo do Famalicão surgiu com naturalidade e justiça. Infelizmente da pior forma possível.

Leonel Pontes lembrou o óbvio. Nem tem ovos, nem sabe cozinhar. Não sabemos se teria corrido melhor com Keizer mas sabemos que o Sporting atual não tem um rumo definido e que em setembro tem um plantel desequilibrado, onde não mora um médio defensivo de raiz e onde só há um ponta-de-lança de raiz. É bem possível que de alguma forma mágica, o Sporting se encontre, faça alguns bons jogos e ocupe o seu lugar natural: o terceiro. Mas isso não alimenta os adeptos que ano após anos fazem a sua parte, algo que as sucessivas direções teimam em não honrar.

100 anos de Belenenses

Francisco Chaveiro Reis
23
Set19

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O Clube de Futebol “O Belenenses”, campeão em 1946 e vencedor de três Taças de Portugal, comemora hoje 100 anos. Quase ninguém imaginaria era que, neste dia de festa, o Belenenses não estivesse na primeira divisão, que ajudou a fundar.

O Belenenses está nos distritais de Lisboa e ontem goleou o Águias de Camarate por 1-4, liderando o seu campeonato. Longe vão os tempos de Matateu, glória suprema do clube ou mesmo de Jorge Jesus, que levou os de Belém à Liga Europa e chamou o Bayern de Munique ao Restelo. Na primeira divisão está o Belenenses SAD, já obrigado a jogar com nome e símbolos que não se confundam com o original.

A 23 de setembro de 1919, nascia, num banco de jardim de Belém, um dos históricos clubes portugueses. O primeiro jogo sucederia em novembro e seria uma derrota (0-1) com o Vitória de Setúbal. A história dos anos seguintes foi de glória. Nos anos 20 e 30, venceu por 3 vezes o Campeonato de Portugal (diferente do Nacional) e 4 vezes o Campeonato de Lisboa.

Os anos 40, foram ainda melhores. Em 1946, o Belenenses foi campeão e escreveu a mais bela página da sua história. Artur Quaresma, Mariano Amaro, Serafim das Neves, Vasco Oliveira, Armando, Feliciano, Francisco Gomes, António Capela, Rafael Correia, Manuel Andrade, José Pedro, Elói, Mário Coelho, José Sério, Francisco Martins, Mário Sério e António Martinho eram as estrelas, treinadas por Augusto Silva. Na defesa moravam as intransponíveis, “Torres de Belém”.

Os anos 50 ficaram marcados por um quase-campeonato. A jogar em casa, o Belenenses, já com Matateu, tinha que vencer o Sporting, mas um golo de Martins, ao cair do pano, deu o 2-2 e foi o Benfica a festejar. Em 1956, o Belenenses venceria mesmo o Sporting por 2-1 mas na inauguração do Estádio do Restelo, deixando para trás o Campo das Salésias. No Restelo dos anos 50, para além de inúmeros clubes nacionais, perderam Barcelona, Newcastle ou Saint-Étienne. Ao lado de Matateu, brilharam Yaúca e Di Pace. Pelo banco passaram

Nesta década caem no Restelo clubes como o Newcastle (2-1, com a Rainha Isabel II a assistir), Saint-Étienne (3-1, campeão francês na época) e o Barcelona (2-1), destacando-se ainda as goleadas impostas frente ao Braga (9-3) e Vitória FC (9-1). Para tais resultados, muito contribuiu a magia de jogadores como Matateu, Yaúca e Di Pace. No banco destacaram-se Fernando Riera, que passou pelo Sporting, Benfica, FC Porto e Boca Juniors ou Helenio Herrera, nome grande do Inter de Milão que em 1958 trocou Belém pelo Barcelona.

A construção do Estádio do Restelo acabaria por pesar nas contas e mesmo tendo vencido a segunda Taça de Portugal da sua história e participado nas competições europeias, o Belenenses fiou aquém das expetativas. Nos anos 70, o melhor que se conseguiu foram duas presenças no top-3.

Nos anos 80, o Belenenses interrompeu a sua participação na primeira divisão e jogou na segunda em 1982. Não conseguiu regressar à primeira e apenas em 1984 regressou ao convívio dos grandes. A entrada de Marinho Peres, treinador brasileiro, deu força ao Belém que venceria a Taça em 1989 depois de um terceiro lugar no ano anterior. Os anos 90, 2000 e 2010 foram de sobe e desce até à situação atual que obriga o clube a começar quase do zero.

O Belenenses é mais do que futebol, mas são os seus futebolistas que ficam para a história. Matateu e Vicente, irmãos, serão os dois nomes maiores da história do clube. Matateu, avançado, jogou pelo Belenenses entre 1951 e 1964 e o defesa, de 1954 a 1967.

Um onze possível de históricos teria José Pereira na baliza; António Feliciano, Alfredo Quaresma, Wilson e Vicente na defesa; Di Pace, Neca e Alfredo Quaresma no meio e Matateu, Pepe e Iauca no ataque. Nos anos

 

Curiosidades

O Belenenses foi convidado de honra do Real Madrid, tendo participado no jogo de inauguração do Santiago Bernabeu, em 1947 e voltado em 1972 para comemorar os 25 de existência do estádio;

Nos anos 80, José Mourinho, esse mesmo, fez um hat-trick pelo Belenenses, no 17-0 ao Vila Franca, para a Taça de Portugal;

Ronaldo Fenómeno, marcou no Restelo, numa partida amigável entre Cruzeiro e Belenenses (0-2).

Liga dos Campeões: Jornada 1

Francisco Chaveiro Reis
20
Set19

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Está jogada a primeira jornada da Liga dos Campeões. Dos maiores favoritos (Juventus, Barcelona e Liverpool) nenhum venceu. O Real Madrid, clube mais titulado da prova, foi humilhado em Paris.

A Juventus, que este ano juntou De Ligt, Ramsey ou Rabiot a Cristiano Ronaldo, não passou de um empate no Wanda Metropolitano. Cuadrado e Matuidi fizeram com que a Juve chegasse aos 0-2, mas Savic e Herrera (em estreia) empataram o gigante italiano. Ronaldo, que quase fez o 2-3 numa grande jogada, esteve bem melhor do que Félix.

O Barcelona (com Nélson Semedo), com Messi ainda a meio gás, não passou do empate a zero no terreno do Borussia de Dortmund (com Raphael Guerreiro). Já o Liverpool, campeão em título viu o Nápoles de Ancelotti (com Mário Rui) vencer por 2-0. O Real, que tem tendência a estar bem na Champions, mesmo quando não está bem na liga espanhola, foi goleado em Paris por 0-3. Mesmo sem Cavani, Neymar e Mbappé, o PSG foi muito superior. Di María, que passou pelo Real, bisou.

Nos portugueses, para além do Benfica, derrotado em casa, e dos já mencionados, destaque para Podence, que marcou ao Tottenham. Semedo e Sá também foram titulares na equipa de Pedro Martins, que conseguiu empatar os Spurs. Pior sorte teve Luís Castro, goleado (0-3) em casa pelo Manchester City (Bernardo e Cancelo saltaram do banco). Na Alemanha, João Mário fez uma assistência na vitória do Lokomotiv. O Lyon, com Anthony Lopes na baliza, empatou a uma bola com o Zenit. O Lille, com Fonte e Sanches no 11 e Xeca a entrar mais tarde, perdeu por 0-3 na casa do Ajax.

Destaque ainda para a péssima estreia da Atalanta na prova, goleada pelo pouco mais do que modesto Dínamo Zagreb. O avançado Mislav Orsic, de 26 anos, fez um hat-trick.

Mau arranque europeu

Francisco Chaveiro Reis
20
Set19

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Correu mal a jornada europeia. Em cinco tentativas, três derrotas e duas vitórias. O Benfica foi o primeiro a entrar em campo, na Liga dos Campeões, sendo vergado pelo Leipzig e por um bis de Timo Werner, internacional alemão. Seferovic ainda reduziu, mas de nada serviu. Ontem, duas derrotas nos jogos das 17h55. O Sporting deu luta, mas saiu da Holanda com uma derrota por 3-2 e o Vitória SC, que tão boas indicações deu nos jogos de acesso, perdeu por 2-0 na Bélgica, ante do Standard Liége, comandado por Michael Preud´homme. Um autogolo de Florent e um golo do capitão Mpoku, fizeram o resultado. Positivos, só os últimos jogos. O FCP dominou o Young Boys e o 2-1 (bis de Soares) soube a pouco. A muito, soube a vitória do Braga (Ricardo Horta a terminar jogada de Galeno) no terreno do Wolverhampton.

Fernandes e golaço de Mendes

Francisco Chaveiro Reis
19
Set19

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Ainda a tentar encontrar-se, o Sporting de Leonel Pontes, ontem num 4-4-2 em losango, começou e acabou a dar boas indicações, mas saiu derrotado pelo PSV. Malen e Coates, na própria baliza, contrariaram um bom início do Sporting. O processo defensivo voltou a falhar redondamente e o 1-3, no início da segunda parte foi prova disso. Coates, de regresso após um jogo de ausência, voltou a ter nota negativa como tinha tido no jogo com o Rio Ave e Neto, não fez muito melhor. Valeu Bruno Fernandes a remar contra a maré e Bolasie, que voltou a dar nas vistas. Do banco saltou Jovane, para mexer com o jogo e Pedro Mendes, goleador sub-23 que assim que tocou na bola, à meia-volta, fez um golaço. Pena que não esteja inscrito na liga doméstica. Segue-se o líder Famalicão, sem Bruno Fernandes, castigado.

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