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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 21.08.19

Slimani reencontra Jardim

Francisco Chaveiro Reis

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Islam Slimani vai jogar esta época no Mónaco, por empréstimo do Leicester. Não tendo sido feliz ao serviço de Leicester, Newcastle ou Fenerbahce, Slimani volta a trabalhar com Leonardo Jardim, o primeiro técnico que apostou nele na Europa. Depois de mostrar dotes de goleador na sua Argélia natal, Slimani chegou ao Sporting em 2013, por cerca de 300 mil euros. Inicialmente suplente de Montero, Slimani acabou por se afirmar e por terminar a época de estreia com 10 golos. 15 e 31 foram os registos seguintes, levando à transferência para Inglaterra por 30 milhões de euros, num dos melhores negócios da história do Sporting. Forte fisicamente e com bom jogo de cabeça, era de prever que se desse muito bem. Não deu. Em época e meia, 13 golos pelo Leicester. Em meia época, zero golos pelo Newcastle. Em novo empréstimo, 5 golos pelo Fenerbahce. Aos 31 anos, segue-se o Mónaco que se prepara para perder Falcao. Sempre associado ao regresso ao Sporting, Slimani jogará afinal em França.

Ter | 20.08.19

Ricardo

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 37 anos, o guarda-redes Ricardo Nunes interrompeu a sua carreira, devido a uma doença oncológica. Um dos bons guarda-redes portugueses dos últimos anos, atuava atualmente no Chaves, depois de ter passado por clubes como Varzim, Académica, União de Leiria e de ter chegado inclusivamente ao FC Porto. Uma onda de solidariedade tem chegado ao atleta. Que melhore depressa.

Ter | 20.08.19

Ponto de situação

Francisco Chaveiro Reis

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Segundo um comunicado de hoje do Sporting, à vontade do clube reduzir a massa salarial, juntou-se (desde maio), a vontade de Bas Dost deixar Alvalade, com a razão legítima de considerar que o seu ciclo como leão, tinha chegado ao fim. Até aqui, tudo normal. Assim aparecesse um clube que cumprisse os requisitos financeiros que o Sporting considerasse justos.

Ficamos hoje a saber que vários clubes os cumpriram (mais do que o Frankfurt que deve ser, mais tarde ou mais cedo, o destino de Dost) mas que o holandês não aceitou nenhuma mudança. Mais uma vez, por muito frustrante que seja para o clube, Dost tem opção de escolha e de ignorar os benefícios do negócio para o clube.

Depois de anunciar na véspera do jogo contra o Braga (péssimo timing, sem qualquer resultado positivo) a existência de um entendimento com o Frankfurt para a transferência, o Sporting acabou publicamente fintado, até pelo seu treinador, que deu ares de que não sabia da mudança iminente. 

Ontem, nas televisões, falou-se nas lágrimas de Dost, supostamente empurrado para fora do clube que tanto gosta. Hoje nas capas dos desportivos, Dost faz papel de teimoso e diz-se que está inclinado a ficar. Acredito que tudo dependa de valores e que, como sempre nestes casos, os mais próximos do jogador é que possam dificultar o negócio e não o próprio. Mas é o nome de Bas que fica manchado.

O Sporting, encurralado, viu-se na obrigação de retaliar no espaço público e fazer a cronologia dos acontecimentos. Dost já não tem condições para continuar e sabendo disso mesmo, é de crer que o Frankfurt queira um desconto. Dost perdeu o espaço que tinha e terá mesmo que sair, como afinal deseja ou desejou. E isso é triste. O fim de uma relação com memórias tão boas é sempre triste, mas por entre tantas críticas à administração, é preciso dizer que o Sporting nunca é mais pequeno do que qualquer jogador e que jogadas de bastidores para encher bolsos nunca podem ser toleradas.

Bas Dost terá mais jeito para marcar golos do que para escolher companhias. Será sempre celebrado pelos 93 golos e será sempre a imagem máxima do pior dia da história do clube. Mas fica também marcado pelo dia de hoje. Espero que não fique ainda mais pelos dias que se seguem.

Ter | 20.08.19

Dois bons nomes

Francisco Chaveiro Reis

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Na altura em que se põe em causa a ida de Bas Dost para Frankfurt, são apontados ao Sporting, dois nomes bastante interessantes: Idrissi e Simeone. Oussama Idrissi é um extremo esquerdo marroquino (nascido na Holanda) de 23 anos que atua no AZ Alkmaar. Leva 3 golos em 3 jornadas e seria uma bela solução para as alas ofensivas, numa altura em que Diaby deixa muito a desejar. Segundo o Transfermarkt, vale 5 milhões de euros. Já Giovanni Simeone, filho do treinador do Atlético de Madrid, Diego, viria por empréstimo da Fiorentina. Simeone, de 24 anos, deu nas vistas no River Plate antes de convencer o Génova a apostar em si. Na época passada marcou 8 golos em 40 partidas e diz-se que este ano poderá perder espaço com a chegada de Boateng.  

Seg | 19.08.19

Coutinho na Baviera

Francisco Chaveiro Reis

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Se 8,5 milhões são números de respeito para as grandes equipas portuguesas, para o gigante bávaro Bayern de Munique, esse é apenas o valor a pagar para garantir o empréstimo de Philippe Coutinho. A precisar de estrelas para convencer internamente (o Dortmund está à espreita com reforços de peso) e conseguir ter argumentos europeus (o goleador Lewandowski já tinha pedido reforços de peso), o Bayern pós Ribery e Robben, tentou Sané mas falhou. Chega Coutinho que falhando em Barcelona, tem tudo para se tornar num dos melhores jogadores da Bundesliga. O novo camisola 10 é, aos 27 anos um jogador maduro, capaz de construir o jogo e de marcar muitos golos. Será, com certeza, o novo municionador de Lewandowski. Não é de estranhar que chegue mais um jogador de grande cartel ao Bayern. Para já, o anúncio de Coutinho foi precedido pelo de Cuisance. O médio centro de 20 anos, formou-se nas escolas do Nancy antes de rumar ao Borussia M´gladbach onde fez duas boas épocas. Pavard (Estugarda), Lucas (Atlético) e Perisic (Inter) são as outras caras novas.

 

Voltemos a Coutinho. Menino prodígio do futebol brasileiro, deu nas vistas pelo Vasco da Gama, ainda adolescente. Aos 19 anos veio para a Europa, jogando 20 partidas pelo Inter de Milão. Ao lado tinha os compatriotas Júlio César, Maicon, Lúcio ou Mancini. Jogou menos no segundo ano e acabou emprestado ao Espanhol. Depois de mais meia época em Milão, juntou-se ao Liverpool, tinha já 21 anos. Gerrard, Lucas Leiva ou Suarez eram seus companheiros. Em 2013-2014, fez grande época e por pouco o Liverpool não conseguiu voltar a ser campeão. Ele, Sterling e Suarez eram as estrelas da companhia. Pelo Liverpool fez um total de 201 jogos e marcou 54 golos. Em janeiro de 2018, o Barcelona gastou mais de 145 milhões no seu passe. Não foi uma boa jogada para nenhuma das partes. Coutinho, vencedor da Copa América 2019, parte em busca de mais títulos.

Seg | 19.08.19

3 pontos

Francisco Chaveiro Reis

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Não foi brilhante, mas valeu três pontos. O Sporting venceu finalmente um jogo e logo diante do Sporting de Braga. Comandado por Sá Pinto, figura da história do Sporting e com Esgaio e Wilson Eduardo no onze, ilustres representantes das escolas leoninas, o Braga, mesmo estando a protagonizar um excelente início de época, não conseguiu pontuar. Do lado do Sporting, no primeiro jogo sem Bas Dost nas contas, Acuña passou para lateral e Diaby, para titular. E a primeira parte foi verde, coroada com dois belos golos dos médios ofensivos, Wendel e Fernandes. Talvez convencido da vitória, talvez cansado, o Sporting desceu de rendimento e acabou por sofrer até ao fim. Wilson reduziu (Renan mal) e o Braga não cessou de procurar pelo 2-2. Keizer nada arriscou e até colocou Neto e Eduardo em campo para segurar. Vietto ainda jogou (bem), durante cinco minutos, não se percebendo porque não é titular. Um balão de oxigénio. Veremos se tem sequência em Portimão.

Dom | 18.08.19

Bas Dost vai embora

Francisco Chaveiro Reis

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Quando Slimani foi embora, parecia o fim do mundo. Quando se anunciou a vinda de Bas Dost, fiquei feliz. Disse logo a família e amigos que não teríamos saudades do argelino. Este holandês é que era. E foi. Em duas épocas, 70 golos. São números tremendos, mesmo que só tenham ajudado a conquistar uma Taça da Liga. O fim da sua segunda época foi trágico. Dost e a sua cabeça de ouro, golpeada, foram a imagem do ataque a Alcochete. O avançado não mais seria o mesmo. Afetado pelo ataque, jogou menos na época passada. Lesões e a aposta de Marcel Keizer num ataque mais móvel dimunuiram-lhe a confiança. Ainda assim, olhando para 2018-2019, Bas Dost marcou 23 golos. Para a maior parte dos avançados a jogar por cá, esses são números de sonho. Em três épocas, 93 golos. São números que deixam saudades. Tal como a personalidade easygoing, pelo menos vista daqui de cima, da bancada. Os cerca de 9 milhões (menos do que o preço de custo...) e a poupança de ordenados, nada dizem aos adeptos. Queremos quem marque golos e o golo é um bem caro. É triste ver a saída de Dost. Só o nome do seu substituto poderá dimunuir a tristeza ou até aprofunda-la. Boa sorte em Frankfurt. 

 

Sex | 16.08.19

Que jogadores foram os treinadores da Premier League?

Francisco Chaveiro Reis

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É bonito ver Frank Lampard regressar ao Chelsea. Como jogador, fez 648 jogos pelo clube, marcou 211 golos e ajudou a conquistar 13 títulos, incluindo uma Liga dos Campeões e três campeonatos ingleses. Como treinador, fez uma época ao comando do Derby County e começa agora uma aventura no banco do seu clube de sempre. Começou a ser goleado pelo United e a ser derrotado nas grandes penalidades pelo Liverpool, mas tendo uma equipa jovem, há que ter calma.

Mas olhemos para os outros técnicos da Premier League, vários deles antigos jogadores e alguns, jogadores de topo. Desde logo Solskajer. O norueguês passou dez anos no United, sempre como arma pouco secreta vinda do banco. Fez 126 golos em 266 jogos e ajudou a vencer 16 títulos. Também em Manchester, mora um antigo jogador de topo e o melhor treinador da atualidade (provavelmente). Guardiola nunca jogou em Inglaterra, mas adaptou-se cedo ao banco. Pep foi estrela do Barcelona, tendo feito depois uma perninha em Itália e no México.

Em Liverpool, o caso é bem diferente. Klopp foi um médio banal, que jogou sobretudo pelo Mainz. Marco Silva foi também jogador banal (defesa), distinguindo-se no Estoril. Klopp, como técnico, há muito que deixou a banalidade e Silva, também não se tem dado mal na vida.

Regressando a Londres, onde começamos, é inevitável pensar em Pochettino. O antigo internacional argentino teve uma carreira sólida e mesmo não tendo chegado a nenhum gigante europeu, passou com sucesso por Espanhol e PSG. Venceu apenas duas Taças do Rei e uma Taça Intertoto. O Arsenal, é treinado pelo basco Unay Emeri que teve carreira muitíssimo discreto. Das camadas jovens da Real Sociedad passou pelo Toledo, Leganés, Ferrol ou Lorca. O chileno Pellegrini passou a vida na Univerdad Chile, vencendo apenas uma Taça do Chile. Tem sido bem mais feliz como treinador ainda que, pelo West Ham, não se lhe adivinhem grandes alegrias. No Watford, treina Javi Gracia. Tem dado nas vistas. Na carreira como futebolista, nem por isso. Ainda assim, passou por Real Sociedad e Villareal. Para acabar Londres, vamos até ao Crystal Palace. Roy Hodgson, um senhor do futebol inglês, treina desde os anos 70. Antes, teve uma carreira muito discreta, passada em clubes sem grande expressão como Gravesend & Northfleet, Maidstone United, Ashford Town, Berea Park ou Carshalton Athletic.

 

Vamos ao Burnley. Sean Dyche tem trabalhado bem no banco. Como defesa, não passou de clubes como Chesterfield, Bristol City, Luton Town ou Millwall. No Brighton, mora Graham Potter, que teve longa carreira como defesa. Passou Boston United, York City ou WBA. Nada que impressione. Por falar em defesas, também Chris Wild, timoneiro do Sheffield United, o foi, no clube que agora treina, bem como no Walsall, Charlton ou Notts. Mais um clube – Bournemouth, mais um defesa – Eddie Howe. Passou a vida quase toda no clube que agora treina. Brendan Rodgers, treinador do Leicester, ganhou também a vida de jogador, a defender. Se como treinador tem passagens por Liverpool e Celtic, a carreira como jogador foi bem mais modesta: Ballymena United, Reading, Newport, Witney Town e Newbury Town.

Ainda mais á defesa jogava Nuno, técnico no surpreendente Wolves. Para além de ser o primeiro jogador transferido pelo superagente Jorge Mendes, Nuno teve carreira de algum sucesso, especialmente entre Porto e Galiza.

 

Tal como no banco do próprio United, no banco do Newcastle, mora um histórico dos Red Devils. Steve Bruce, central à inglesa, fez 309 jogos e marcou 36 golos (incluindo aquele que deu um título) pelo United. De regresso à Premier League, o Aston Villa é orientado por Dean Smith, defesa (o que mais?) que passou por Walsall, Hereford United       ou Leyton Orient. Daniel Farke, alemão, subiu o Norwich e foi avançado (aleluia!) mas calma, andou por clubes desconhecidos - SV Lippstadt 08, SV Wilhelmshaven ou Bonner SC – e pouca marca deixou. Sou falta o Southampton. É treinado pelo austríaco Ralph Hasenhüttl. Ainda passou pelo Bayern de Munique B, mas foi no seu pais que mais deu nas vistas. Passou por Red Bull Salzsburg e Austria Wien.

Sex | 16.08.19

Um leão nunca verga

Francisco Chaveiro Reis

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O holandês Ricky Van Wolfswinkel, antigo goleador do Sporting, vai fazer uma pausa na carreira devido a um problema de saúde. O Sporting, os sportinguistas e todos os outros fãs do futebol desejam-lhe um regresso rápido. O internacional holandês atua no Basileia, tendo passado por o Sporting entre 2011 e 2013, marcando 45 golos em 88 jogos. Hoje com 30 anos, Ricky deu nas vistas no Vitesse, tendo passado pelo Utrecht antes de ter aterrado em Lisboa. Seguiu-se Norwich, Saint Etienne, Bétis, regresso a Vitesse e Basileia.

Sex | 16.08.19

Jovens de Lampard não chegaram para Adrián

Francisco Chaveiro Reis

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Tranferido do West Ham para o Liverpool, Adrián, guarda-redes espanhol tinha poucas esperanças de jogar muito, com a baliza red bem entegue a Alisson Becker. Mas ao primeiro jogo, jogou. Aproveitou a lesão do brasileiro e jogou mais de meia parte. Ao segundo jogo, defendeu um penalty e ajudou o Liverpool a vencer a Supertaça Europeia. Num jogo com grande ritmo, os jovens de Lampard - Pulisic, Mount ou Abraham - não chegaram para Adrián e companhia. Sendo essa companhia, homens como Salah, Firmino ou Mané. Começou melhor o Chelsea, com Pulisic a servir Giroud (nem só de jovens vive uma equipa, claro) para o primeiro. Ao intervalo, a fé era azul. Mas Firmino entrou e mesmo sendo um ponta de lança à frente da baliza, deu para o lado. Mané fez o empate. E Mané, esse mesmo, que quase não teve férias, fez o segundo, já se jogava o prolongamento. Teve que ser Abraham a ganhar um penalty e cinco minutos depois de Mané, Jorginho (na camisola, Jorgihno), fez o 2-2. Até à hora dos penaltys, o marcador não mais mexeu. Kepa e Adrián deram o seu melhor mas apenas Abraham falhou. Ou antes, Adrían defendeu. Com o pé. O Liverpool soma e segue.