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Visão do Peão

Visão do Peão

O terceiro Maldini

26.07.19

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O terceiro Maldini a atuar pela equipa principal do AC Milan chama-se Daniel e é um avançado italiano de 17 anos. Para já, tem sido utilizado na pré-época do gigante italiano, mas ainda será cedo para perceber se está à altura do legado do avô e do pai.

Cesare (faleceu em 2016, com 84 anos), fez mais de 400 jogos pelo Milan, único clube que representou, sendo capitão e ajudando a vencer quatro campeonatos e uma Liga dos Campeões. O filho, Paolo, pai de Daniel, fez ainda melhor. Hoje com 51 anos, Paolo fez mais de 900 jogos pelo Milan e marcou 33 golos (mais 30 do que o pai). Foi também capitão e venceu mais trofeus do que Cesare: 7 campeonatos, 5 Ligas dos Campeões, 5 Supertaças de Itália, uma Taça de Itália, 2 Taças Intercontinentais ou um Campeonato do Mundo de Clubes.

Como o filho de qualquer grande futebolista, Daniel tem uma dura tarefa pela frente, mas os relatos que vêm de Itália apontam-no como um talento de grande futuro. É provável que seja emprestado para ter mais tempo de jogo, mas a terceira geração já chegou a Milão. Christian, irmão mais velho de Daniel ainda chegou aos juniores, mas nunca se estreou na principal equipa, jogando hoje na terceira divisão italiana.

Coentrão no Porto?

24.07.19

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Extremo promissor no Rio Ave, Fábio Coentrão deu o salto para o Benfica, onde Jesus o transformou em lateral de eleição. O Real Madrid não lhe resistiu, mas a história do cachineiro passou a ser de lesões. Não que isso o impedisse que estar a bom nível no Sporting e de regressar a Vila do Conde. Livre, esteve com um pé no PAOK. Fala-se agora no FCP como destino provável. Raçudo, Coentrão é aquilo que se chama, “um jogador à Porto” mas as suas declarações de amor ao Sporting no ano passado e a sua ligação ao Benfica, fazem com que as bancadas o possam ver com maus olhos. Será que o negócio avança? E mais profundo. O que teria sido de Coentrão sem lesões? “Meio” Coentrão chegam para esta carreira.

A Europa no México

24.07.19

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Sem sucesso na Europa, Vicent Janssen mudou-se para o México. Internacional holandês, Janssen, de 25 anos, fez formação no Feyennord mas foi no Almere que se destacou com 32 golos em duas épocas. Saltou para o mais cotado AZ e repetiu a marca dos 32 golos, mas desta vez, apenas num ano. Pareceu ao Tottenham, boa ideia apostar neste goleador, então com 23 anos. Mas a dureza da Premier League e a figura de Harry Kane não deram espaço ao holandês que marcou apenas 6 golos. Emprestado ao Fenerbahce, marcou ainda menos (5). Na época passada, ficou a zeros. Muda-se agora para uma liga onde há pouca tradição de jogadores europeus, mas onde se poderá dar bem e ser adorado pelos adeptos fanáticos do Monterrey. Curiosamente tem noutro europeu, o francês Gignac (Tigres), um rival na luta pelos melhores marcadores da prova.

Numa liga em que os estrangeiros são essencialmente sul-americanos, há 8 europeus, 5 deles, espanhóis. O América tem o francês Ménez (o estrangeiro de maior cartel com passagens por PSG, Milan ou Roma), o Cruz Azul conta com o espanhol Edgar Mendez e o Veracruz, com Abraham Gonzalez. O Atlético San Luis alberga três espanhóis:  Unai Bilbao, Mario Alvarez, Ian Gonzalez e é a equipa mexicana com mais europeus. Como curiosidade, os únicos dois africanos que jogam no México vestem a camisola do Querétaro, onde já jogou Ronaldinho. São eles o médio ofensivo, Clifford Aboagye (Gana) e o avançado Ake Loba (Costa do Marfim).

Afinal...

24.07.19

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Contrariando em parte este meu post, o Newcastle mexeu-se no mercado. O avançado brasileiro Joelinton tornou-se na contratação mais cara do clube do nordeste, custando cerca de 40 milhões de libras, o dobro do que custou Almirón há seis meses. Joelinton foi contratado pelo Hoffenheim na esperança de fazer dele um segundo Roberto Firmino. Marcou menos golos do que o compatriota mas a sua transferência acaba por render um pouco mais ao clube alemão. Será esta contratação o inicio de uma corrida até ao fecho do mercado daqui a duas semanas? A aposta será em estrelas jovens e na construção de uma equipa de futuro ou vem aí uma ou duas "trutas"?

O que será de Bale?

24.07.19

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Aos 30 anos, o extremo galês Gareth Bale vive numa encruzilhada. Pretendido pelos largos milhões da China, parece estar decidido a manter-se por Madrid, onde ganha bem e vive melhor, mas não há quem o queira por lá. Zidane já lhe deu guia público de marcha e pelo menos no Real, não jogará. Seria natural que fosse procurado pela Premier League onde “nasceu” e cresceu, mas a par dos orientais, “apenas” lhe são apontados PSG e Inter como destinos. O que será do galês, com tanto ainda por dar?

Vítima da presença de Ronaldo e depois da sombra do português, do seu feitio tímido e da pressão constante que rodeia um clube galáctico, Bale falhou em Madrid. E quando escrevo que falhou, escrevo-o mesmo sabendo que conquistou 4 Ligas dos Campeões, 2 Supertaças Europeias, 3 Campeonatos do Mundo de Clubes e ainda, 3 competições internacionais. Em 6 épocas, marcou 102 golos em 231 jogos. Não são números de desprezar. Mas, Bale falhou. Essencialmente porque não conquistou o balneário nem as bancadas. Nunca foi grande ajuda para Ronaldo, nem foi estrela substituta quando o português saiu. Bale (na figura do seu agente) conseguiu irritar o imperturbável Zidane e condenou a sua continuidade.

Bale deu nas vistas ainda miúdo (16 anos) com a camisola (número 37) do Southampton, conhecido pela sua escola (aliás, essa equipa tinha ainda Walcott de 17 anos ou Lallana de 19). Passou pelo Tottenham, onde a camisola número 3 parecia anunciar um defesa-esquerdo. Como o Inter descobriu, Bale sabia fazer muito mais do que defender e acabou mesmo por se fixar como extremos goleador. Foi nessa qualidade que se mudou para Madrid. Qual será o novo capítulo?

Sergej ganha a corrida a Bruno

23.07.19

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O Manchester United não será o destino de Bruno Fernandes. O clube inglês está a beira de contratar o médio Sergej Milinkovic-Savic à Lázio, pagando cerca de 75 milhões de euros, sem contar com os prémios por objetivos. O United aposta assim num talento que deu provas numa liga de maior dimensão, pagando o jogador e o Sporting por jogarem na liga portuguesa. Sergej tem os mesmos 24 anos que Fernandes e jogou quatro épocas na Lázio após um ano no Genk e meio ano no Vojvodina, onde se formou. Construtor de jogo com talento puro, Savic nunca se aproximou dos números estrondosos de Fernandes mas ganha a corrida por viver no Olimpico de Roma. O percurso de Fernandes é conhecido. Saiu adolescente do Porto para se fazer homem em Itália. Passou por Novara, Udinese e Sampdória antes do Sporting o contratar. 

Obrigado, Mané

22.07.19

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Não conheço Carlos Mané mas sempre tive dele a melhor das impressões. As palavras carinhosas que hoje Bruno Fernandes lhe dedica, dizem-me que a minha impressão estará perto de ser verdadeira. Mané ainda não se destacou na fase sénior da sua carreira (de forma continuada) e aos 25 anos, desvinculou-se do seu clube de sempre para se juntar ao Rio Ave. Em Vila o Conde, sob a batuta de Carlos Carvalhal, não tenho dúvidas que terá sucesso e poderá renascer. Tem, pelo menos, dez anos pela frente, assim a sorte e as lesões o ajudem.

Enquanto jovem, a sua história como leão foi de sucesso. Chegou para os sub-9 e por lá ficou, passando por todos os escalões até à equipa A, passando pela B. Em 2013/2014, estreou-se na equipa principal. Fez 21 jogos e marcou 4 golos. Eram os tempos de Leonardo Jardim e de reconstrução. No ano seguinte, já com Marco Silva, continuou a ser aposta, participando em 41 jogos, deixando 9 golos no registo. Em 2015/2016, com Jesus, Mané fez 21 jogos e marcou 1 golo.

Sem convencer Jesus, acabou emprestado ao Estugarda. Viveu bons tempos (20 jogos e 6 golos) e ajudou a equipa a subir. Mas começou um calvário de lesões. Passou 2017/2018 sem jogar e naturalmente, os alemães não avançaram para a sua compra (chegou a falar-se em 15 milhões). No ano passado, ainda apareceu, tímido na equipa principal (7 jogos) mas acabou emprestado. O Union Berlim, desejoso de ver o avançado que brilhara em Estugarda, conseguiu o empréstimo, mas Mané só fez 8 jigos e não deixou saudades.

Esta época ainda foi falado para o AEK mas mantem-se em Portugal. Pode ser segundo avançado (penso que é a melhor opção para si) ou extremo. Pode ser uma das estrelas da liga, este ano. Já não chegará a um Manchester United mas vai bastante a tempo de fazer uma boa carreira, quem sabe numa liga periférica como a grega, cipriota ou escocesa, por exemplo. Que tenha sorte.

A montanha pariu um rato

22.07.19

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As notícias do Newcastle novo rico foram claramente exageradas. Se se esperavam tempos mais animados para os lados de Saint James Park, esse sonho está, pelo menos, adiado. Eu próprio, admirador do clube, escrevi aqui sobre a onda de esperança que parecia vir aí. Afinal, os novos donos parecem ser iguais ao anterior.

Começando pelo treinador. Rafa Benitez não ficou e pensou-se que chegaria um titã. Mourinho era o nome que estava subentendido. Sem clube e com experiência em transformar clubes novos-ricos em grandes clubes, pareceria ser o candidato ideal. Mas não. Quem chegou foi Steve Bruce. Antigo defesa de qualidade e treinador sólido, Bruce não entusiasma. É um foco de fé para equipas que querem a manutenção, mas o seu nome não é sinónimo de grande ambição.

Se falarmos de novos jogadores, o cenário é pior. Para já, a porta só serviu para saídas, incluindo a de Ayoze para o Leicester. Tendo em conta que, este ano, o mercado em Inglaterra fecha no início de agosto, o clube corre contra o tempo. Hoje fala-se no extremo francês Allan Saint-Maximin (Nice). É um bom jogador e custará cerca de 25 milhões de euros, mas por si só, não será a mudança que era esperada.

Por onde (W)andará Icardi?

22.07.19

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Aos 26 anos, Mauro Icardi, goleador mor do Inter nos últimos seis anos, não será promovido a uma liga superior e nem sequer será promovido à crónica campeã italiana Juventus, conforme se avançou. Estará, afinal, a caminho de Nápoles onde, com certeza, vai ser a estrela da companhia, mas onde dificilmente ganhará títulos.

Custa-me a entender a pouca frequência com que é chamado à sua seleção e sobretudo, custa-me a entender porque não deu já o salto para a liga espanhola ou inglesa. Não será melhor do que Jovic ou Lukaku, por exemplo?

Natural de Rosário, como Messi ou Di María, Icardi mudou-se cedo para a Europa para fazer a escola no Barcelona. Não convenceu e aos 18 anos mudou-se para Génova. Pela Sampdória acabaria a formação estrear-se-ia com 1 golo em 2 jogos em 2012. Tinha então 19 anos. Faria uma época completa, marcando 10 golos e Milão seria o seu destino seguinte. Seguiram-se seis épocas no Inter. Leva 124 golos, mas ao que tudo indica, não marcará mais nenhum.

A sua história com Wanda Nara, sua mulher, pode estar na base da explicação. Wanda era mulher de Maxi Lopez, seu companheiro e amigo na Sampdória. A traição nunca foi perdoada por Maxi, muito amigo de…Messi. Assim se pode explicar as chamadas esporádicas à seleção mesmo que as prestações de Icardi pela Argentina tenham sido discretas. Para além desta questão, Wanda tornou-se na agente de Mauro. Sabemos que com Jorge Mendes, por exemplo, Icardi poderia sonhar muito mais alto. Será este o problema de Icardi? E mesmo que seja, a sua qualidade não é obvia e suficiente para que se torne aposta de um clube de uma liga de ainda maior dimensão?

Brahimi no Catar

22.07.19

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Está desfeito o mistério. Yacine Brahimi vai jogar no Qatar. A meu ver, há duas possibilidades. A primeira é que Brahimi, com o passe na mão, pensou que poderia mudar-se para uma liga de topo e essa via não resultou. A segunda é que deu privilégio (legitimo) à parte económica em vez da parte desportiva. Porque será que um titular do FCP nos últimos anos, não chamou à atenção de clubes franceses, alemães ou ingleses?

Gauld regressa a Faro

18.07.19

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Gauld, escocês franzino, é jogador do Farense a título definitivo. Já tinha frequentado o São Luís, então como jogador emprestado pelo Sporting, que ainda há de ganhar algo se o médio render algo aos algarvios.  Ryan Gauld chegou a Portugal em 2014. O preço não foi baixo. Cerca de 4 milhões gastos por um clube em crise. As expetativas também não. Chegou apelidado de Mini Messi. Nem Nano, foi. Gauld chegou, proveniente do Dundee FC, aos 19 anos. Atuou essencialmente pela equipa B, mas ainda fez 5 jogos e marcou 2 golos pela A. Na época seguinte não subiu uma vez sequer à equipa principal.

Mudou-se para Setúbal, onde deu nas vistas, mas um diferendo entre clubes levou a que fosse chamado de volta. Lá se viu na B, de novo. Com poucos sinais de evolução. Problema adiado, passou pelo Aves, Farense e Hibernian. Não convenceu ninguém a diminuir o prejuízo do Sporting e sai agora. Aos 23 anos, ainda pode sonhar com muito. Menos com ser Messi. Mesmo que mini.

Iuri de saída

18.07.19

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Sempre vi em Iuri Medeiros, um grande jogador de futebol. Pensei que fosse estrelar a primeira equipa do Sporting como extremo de eleição e ainda este ano, pensei que poderia até ser testado como médio ofensivo, pensador do jogo. Tem técnica, tem golo (como agora se diz) e marca bolas paradas de forma superior. Mas algo falhará. Não foi feliz em Itália, nem na Polónia e vai agora desvincular-se do seu clube de sempre. Por 3 milhões de euros (por 90% do passe) jogará na segunda divisão alemã. Aos 25 anos, pode relançar a carreira e sendo o Nuremberga um clube que aposta na subida, poderá estar na Bundesliga daqui a um ano, com novo folego.

Os Zidanes

18.07.19

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Que Zinedine Zidane foi um dos melhores de sempre, não é novidade. Sobretudo na Juventus, Real Madrid e França, marcou golos de antologia, fez N assistências e deliciou o mundo. Surpreendeu no banco do Real Madrid ao mostrar-se um igualmente extraordinário treinador, com um estilo fleumático. Vem isto a propósito da sua descendência, com vontade de seguir uma carreira no futebol.


Enzo (em homenagem a Francescoli, ídolo de Zizou), é um médio ofensivo de 24 anos que acaba de chegar ao Desportivo das Aves. Está bom de ver que não segue as pisadas do pai. E é claro que lhe será sempre comparado. Zinedine, aos 24 anos, era estrela do Bordéus, ao lado de Lizarazu ou Dugarry. Enzo tem qualidade para uma equipa como o Aves e até poderá fazer uma carreira interessante como profissional, mas nunca poderá sonhar com os patamares a que o seu pai chegou. Enzo passou pelas camadas jovens do Real Madrid, tendo depois passado por Alavés, Lausanne e Rayo Majadahonda. Já Lucas, guarda-redes de 21 anos, continua ligado ao Real Madrid, tendo chegado há pouco ao Racing de Santander, onde jogará por empréstimo. Com Courtois ou Lunin ligados ao Real, não é de crer que consiga vir a ser opção. Theo, médio de 17 anos, está a fazer o seu percurso no Real mas não é também de crer que tenha lá uma passagem longa na equipa sénior. Élyas, de 14 anos, também está no Real e ainda é cedo para perceber o que será. Zidane tem ainda o sobrinho Driss, de 24 anos, tal como Enzo, que tem feito a sua carreira nas divisões secundárias de França e Espanha.


Raros são os casos de filhos de grandes futebolistas que conseguem fugir da sombra dos pais, o que é natural, devido à pressão pública. Se Enzo e os irmãos aceitarem que não são Zidanes em termos futebolísticos e aguentaram as comparações depreciativas, então têm tudo para fazer carreiras profissionais medianas, algo legítimo e que é negado à maior parte dos amantes do jogo.

Robert Waseige (1939-2019)

17.07.19

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Robert Waseige, treinador belga que passou pelo Sporting, morreu aos 79 anos. A ligação de Waseige ao futebol, começou como jogador. O médio atuou sempre na liga belga, defendendo RFC de Liège, RWD Molenbeek e Genk, clube onde começou a treinar, em 1971, logo após terminar a carreira.

Depois de cinco anos no Genk, passou pelo, Standard de Liège, regressou ao Genk e manteve-se na Bélgica, ao serviço de Lokeren, RFC de Liège e Charleroi.

Em 1996, o seu caminho cruzou-se com o do Sporting. José Roquette elegeu-o como treinador e com ele chegaram De Wilde e Missé. Mustapha Hadji seria a grande contratação da época. Homens como Nelson, Dani e Naybet foram vendidos. Waseige lançou Beto, capitão e figura central nos anos seguintes, mas só comandaria o Sporting em 16 jogos (9 vitórias). Octávio Machado pegou na equipa e conduziu-a ao segundo lugar.

O belga regressaria ao seu país e ao Charleroi, antes de ser convidado a comandar a seleção. Esteve no Mundial de 2002, com uma geração que incluía Mbo Mpenza, Sonck, Strupar, Simons ou Van Buyten. Passou à segunda fase, à frente de Rússia e Tunísia e cairia nos oitavos ante do futuro campeão mundial, Brasil. Seguiu-se o Standard de Liège e o FC Brugges, com uma passagem pelo banco da Argélia, pelo meio. Seria com nova passagem pela Argélia, que terminaria a carreira, em 2006.

Venceu uma Taça da Bélgica e uma Taça da Liga Belga.

Multititulados

16.07.19

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Portugal é Campeão do Mundo de Hóquei em Patins. Não que isso seja grande novidade. Antes desta, já tinha sido 15 vezes o que faz de Portugal a segunda potência em Mundiais da modalidade, a um título de Espanha. Os portugueses conseguiram ainda chegar mais duas finais e ficar dezasseis vezes em terceiro lugar. Ou seja, estiveram 42 vezes no top três de Mundiais, sendo que se disputaram…44 edições.

O primeiro triunfo aconteceu em 1947, em Lisboa. Montreaux, Lisboa e Milão viram Portugal ser tetracampeão do mundo. E ainda só estávamos em 1950. Seguiram-se quatro títulos no Porto (1952, 1956,1958 e 1968), um em Madrid e um em Santiago do Chile. E ainda nem estávamos anos 70. Lisboa, Barcelos, Porto, Bassano e Sesto e Oliveira de Azeméis testemunharam os outros títulos. Até que se chegou a 2019, em Barcelona, e Portugal, com um super-Girão, fez a festa.

Se alargarmos o espetro ao Europeu, então o sucesso português sobe ainda mais. Nos Euros, Portugal é dono e senhor do hóquei. Leva 21 títulos e vê a Espanha atrás de si, com menos 5. Em 53 edições (as 12 primeiras ganhas por Inglaterra), Portugal ficou, pelo menos em terceiro, em 44 ocasiões.

Claro que em Portugal, a história do hóquei em patins está ligada à história de António Livramento, numa altura em que se marcam os 20 anos da sua morte prematura, aos 56 anos. Caso se queira quantificar a carreira de Livramento, aqui vai. Como jogador, venceu 7 Campeonatos da Europa e 3 do Mundo. Como treinador, 2 Mundiais e um Euro. E isto apenas por Portugal. Pelo Benfica, venceu 8 títulos nacionais (7 campeonatos e uma Taça) e pelo Sporting, um campeonato, uma taça e uma aça dos Campeões Europeus, como jogador. No banco dos leões, foi líder na conquista de uma Taça das Taças, uma Taça CERS, dois campeonatos e uma Taça Portugal. Como treinador do FCP venceu ainda um campeonato e uma Taça.

Jesus Correia, esse mesmo dos Cinco Violinos do futebol, foi uma das primeiras estrelas do hóquei português, vencendo um total de 5 mundiais e 6 europeus. Chambel, Paulo Alves, Ramalhete, Vitor Hugo ou Reinaldo Ventura são outras das figuras marcadantes de uma modalidade em constante festa.

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