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Visão do Peão

Visão do Peão

27 de Junho, 2019

Sporting já trabalha

Francisco Chaveiro Reis

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Estão hoje na Academia - Renan, Max e Sousa; Thierry; Mathieu, Neto, Ilori, Ivanildo; Mendes e Conté; Doumbia, Battaglia e Miguel Luís; Chaby e Bragança; Raphinha, Jovane, Marques, Iuri e Matheus; Dost, Vietto e Phellype.

Devem chegar em breve - Rosier, Eduardo e Camacho. 

Deve sair em breve - Bruno Fernandes.

Chegam mais tarde - Ristovski, Gaspar, Coates, Domingos, Borja, Acuña, Wendel e Diaby. 

26 de Junho, 2019

Milhões holandeses

Francisco Chaveiro Reis

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O PSV parece estar prestes a apresentar Bruma (já contaram com outro Bruma, defesa e holandês, há pouco tempo) como reforço, levando a melhor sobre o FCP. Os holandeses (devem perder Lozano) preparam-se para gastar 15 milhões e oferecer um senhor ordenado à adiada promessa portuguesa. Já o Ajax, apresentou Quincy Promes, extremo internacional holandês, não raras vezes titular da seleção e com passagens por Rússia e Espanha. O custo foi semelhante ao de Bruma. Nos dois casos, os valores foram altos e os clubes holandeses seduziram jogadores que atuavam em ligas de maior dimensão. E isso só se faz de uma forma, inventada pelos Fenícios. Quer isto dizer que o futebol holandês, formador de craques, está a mudar? Em parte, sim. As equipas de topo entusiasmam-se com a possibilidade de terem sucesso continental e investem para o ter. O retorno é investido para repetir o sucesso. Mas este investimento não é igual ao fim da aposta em jovens, matriz da filosofia holandesa. Nos últimos anos, o Ajax investiu quase 12 milhões em Dusan Tadic (pela idade, não conta fazer negócio com o sérvio) e valores aproximados em David Neres ou Hakim Ziyech. Estas contratações não impediram o aparecimento dos “bebés” De Ligt, Frenkie De Jong ou Van de Beek. O racional parece correto e invejável: apostar no que se tem e contratar, mesmo que preço alto, o que não se tem.

26 de Junho, 2019

Semedo em Atenas

Francisco Chaveiro Reis

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Ruben Semedo acaba de ser anunciado como reforço do Olympiacos, após boa meia época no Rio Ave. O Villareal acaba por reaver um terço do que investiu num jogador que teve problemas com a justiça; o Sporting encaixa quase um milhão de euros e  o jogador, apesar de se mudar para uma liga periférica, entra num clube habituado a ganhar títulos internos, com muitos e fanáticos adeptos, com boas condições financeiras e com colegas (reencontrará Podence, com quem jogou no Sporting) e uma equipa técnica portugueses. Semedo deve impor-se facilmente como titular e é provável que o Olympiacos volte a ser campeão, depois de ter perdido o titulo desde ano para o PAOK e que se posicione como opção para o Euro 2020 (Pepe, Alves e Fonte não estão mais novos e Neto pode ser suplente de Mathieu e Coates).

24 de Junho, 2019

Os novos chineses

Francisco Chaveiro Reis

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O futebol chinês está a entrar numa nova era: a dos naturalizados. Mesmo com a regra de cada equipa ter que jogar com pelo menos oito chineses, a evolução é lenta e a naturalização de estrangeiros parece ser a receita para melhorar a seleção e, claro, um truque para ter mais estrangeiros e mais qualidade, de modo disfarçado.  Um dos recém-naturalizados é Pedro Delgado, sem qualquer ligação à China, que deixou o Sporting há cerca de um ano. O extremo de 22 anos, pode agora passar a ser opção no Shandong Luneng, onde Gil, Fellaini e Pellè são as opções habituais, sem contar com Roger Guedes, que pode estar de saída. Com passagens pelo Inter e Portimonense, Delgado passa a ser conhecido como De'erjiaduo. Mais do que Delgado, Marcelo Lippi, olha para jogadores com mais tempo e serviço mostrado na liga chinesa.

Nos últimos tempos, Nico Yennaris, médio das escolas do Arsenal, passou a ser Ki Le e Elkeson, uma das grandes estrelas goleadoras da liga chinesa, nos últimos anos (138 golos em cerca de 220 jogos), também já é chinês, passando a ser conhecido como Ai Jisen. O próximo é Ricardo Goulart, que desde 2015 que defende o Guangzhou Evergrande (com uma interrupção e 2017 para fazer 12 jogos pelo Palmeiras). Goulart, de 28 anos, menos um do que Elkeson, fez 110 golos em 155 partidas.

24 de Junho, 2019

Aleluia

Francisco Chaveiro Reis

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Brasil e Argentina, ao terceiro jogo, decidiram comparecer na Copa América. Os anfitriões, que até tinham vencido a modesta Bolívia antes de empatar com a Venezuela, defrontaram o Perú, equipa supostamente mais difícil até agora e levaram tudo à frente. Tite cedeu à opinião pública e em boa hora lançou o médio Everton Cebolinha. O Brasil não foi de modas e fez uma das melhores exibições dos últimos anos, goleando por 5-0 (Gabriel falhou um penalty que daria o sexto golo). Casemiro, Firmino, Everton, Dani Alves e William fizeram a festa. O Brasil, de animo renovado, espera pelo adversário dos quartos.

Já a Argentina, ao terceiro jogo, venceu. É verdade que foi apenas 2-0 ante do Catar mas Messi e companhia mostraram que afinal, ainda sabem o que fazer com uma bola. Já Scaloni mostrou que não é vazio de ideias. A bem organizada Venezuela será o tira-teimas.

Alheia a estas crises, continua a Colômbia. Três jogos – Argentina, Catar e Paraguai – três vitórias. Carlos Queirós arrisca-se a trazer felicidade do Brasil. A meu ver, Colômbia e Chile são, nestes momentos, os favoritos. Com duas vitórias, os chilenos defrontam hoje o Uruguai.

24 de Junho, 2019

Regresso ao trabalho

Francisco Chaveiro Reis

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Esta semana marca o reencontro do plantel do Sporting com o trabalho. Mas, a bem da verdade, plantel é coisa que ainda não existe.  Para já, estão garantidos os reforços Luís Neto e Luciano Vietto. Rosier e Eduardo Henrique estarão a caminho. Rafael Camacho e Lucas Robertone são desejos. Na porta de saída estão Bruno Fernandes, Bas Dost e Marcus Acuña, titulares com capacidade de equilibrar as contas. Depois há excedentários e emprestados. Vejamos o quadro.

Guarda-redes: Renan, herói das Taças mantem-se como número 1. Max sobe a dois e Sousa, a três. Faria falta mais experiência, mas não será por aqui que o plantel falhará. Salin já foi e Viviano tem pretendentes em Itália. Se poupar é a palavra de ordem, aqui, objetivo cumprido.

Lateral-direito: Rosier está a chegar e pelo preço e pergaminhos, deve agarrar a titularidade. Internacional jovem francês tem tudo para se dar bem e ser um bom negócio. Gostava de ver um dos jovens – Thierry ou Mama – serem opção, mas dada a juventude do francês, creio que Ristovski se vai manter. Thierry deve rodar num clube da primeira liga e Mama Baldé está para ser incluindo no negócio com o Dijon. Bruno Gaspar nunca convenceu e será transferido.

Defesa-esquerdo: Borja está garantido e Conté deve rodar noutro clube. De resto, dúvidas. Jefferson, quase no fim do contrato é para vender e Acuña, na Copa América como Borja, pode sair. O Sporting aceita 20 milhões. Por um jogador de qualidade e polivalente, não é nada mau negócio para clubes ingleses, espanhóis ou italianos. O adolescente Nuno Mendes faz a pré-temporada, mas deve mesmo chegar mais um homem para a esquerda da defesa. Lumor nem deve treinar.

Defesa-central: Não deve mudar muito. Ficam Coates, Mathieu e Ilori. Chega Neto. Pinto será transferido e Ivanildo novamente transferido. A meu ver, Domingos, após grande época na Corunha, seria opção (troca com Ilori) mas a possibilidade de vender o jovem, é interessante para um clube a precisar de fazer dinheiro.

Médio-centro: Keizer deve continuar a alternar entre o 4-3-3 e o 3-4-3. Nesse sentido, precisa de uma boa dupla de médios centros. Até aqui, tinha Gudelj e Wendel. É provável que o sérvio não se mantenha, uma vez que estava emprestado e era demasiado caro. Titular, nunca convenceu as bancadas e não deve merecer esforço financeiro. Wendel, vencedor em Toulon, desertou interesses. O Sporting estará no mercado, mesmo tendo Doumbia, Miguel Luís e Battaglia. Eduardo deve estar a chegar, mas Gudelj terá outro substituto.

Médio ofensivo: A saída de Fernandes é quase certa e espera-se que pague o resto dos reforços. Há os jovens Daniel Bragança e Diogo Brás; há Alan Ruiz e Iuri Medeiros (acredito que possa render nesta posição) e há o alegado interesse em Robertone. Anda assim, até Fernandes sair, tudo parece incerto, sobretudo no meio-campo.

Extremos: Raphinha é aposta para a direita e Camacho deve ser a sua concorrência. Jovane deve ser cedido e Pedro Marques não deve subir já. Duvido que Mané, se possa manter ou gerar grande lucro. Pela esquerda, Matheus vai tentar convencer Keizer, sendo que uma proposta na ordem dos 10 milhões, pode convencer o Sporting. Diaby não tem o lugar certo e o Sporting quererá um extremo de qualidade inequívoca. Lá está, quando tiver o dinheiro de Fernandes.

Ponta de lança: Luiz Phellype terminou em grande e Vietto traz um perfil diferente e que pode ser útil. Quem será o terceiro homem? Dost está avaliado em 20 milhões que as maiores ligas parecem não querer pagar. Até aposto que fica por cá. Se não ficar, Slimani é a prioridade.

24 de Junho, 2019

San Siro vai abaixo

Francisco Chaveiro Reis

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O icónico estádio San Siro (Giuseppe Meazza para os interistas) tem os dias contados. O recinto, inaugurado em 1926 e sede de jogos de dois mundiais e de quatro finais de Liga dos Campeões, vai ser demolido. Ali perto, vai nascer um novo e moderno estádio, nova casa dos gigantes de Milão. Dos clubes de topo em Itália, apenas a Juventus, tem um estádio de acordo com as exigências do futebol atual. Sempre defendi que uma das razões para a queda do futebol italiano estava nas suas infraestruturas datadas. Os espetadores, jogadores e todos os intervenientes do jogo, valorizam estádios modernos, muito mais quando estamos a falar de dois clubes – Milan e Inter – referências do futebol mundial.

Mas claro que San Siro deixará saudades. É um dos estádios mais reconhecíveis do mundo e foi nela que jogaram fabulosas equipas do Milan e do Inter, sem contar com adversários de todo o mundo. San Siro, com capacidade para 80 mil pessoas, é propriedade da Camara Municipal de Milão (comprou-o ao Milan, nos anos 30) e nos seus tempos áureos chegou a albergar 120 mil pessoas. No seu relvado, exibiram-se lendas como Cesare e Paolo Maldini, Baresi, Costacurta, Ancelotti, Gullit, Rijkaard, Liedholm, Nordhal, Gren ou Rivera pelo Milan ou Meazza, Zenga, Bergomi, Facchetti, Mazzola, Luis Suarez, Zanetti ou Milito. Outros (como o próprio Meazza, apesar de ter muitos mais jogos pelo Inter), como Ronaldo, Seedorf, Panucci, Pirlo, Baggio ou Vieri vestiram as duas camisolas.

Tal como o Olímpico de Munique ou o “velho” Wembley, o San Siro ficará para sempre na memória dos adeptos de futebol.

 

 

23 de Junho, 2019

Casa Pia vence Campeonato de Portugal

Francisco Chaveiro Reis

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Com presença garantida na segunda liga da próxima época, Vilafranquense e Casa Pia foram ao Jamor decidir quem seria o vencedor do Campeonato de Portugal, nome pomposo para a terceira divisão. E quem mais festejou foi o Casa Pia. Os “Gansos”, de Luís Loureiro, levaram a melhor nas grandes penalidades e fizeram a festa.

21 de Junho, 2019

Craques da bola, 7

Francisco Chaveiro Reis

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Hoje com 53 anos, Eric Cantona continua a ser uma figura única, como se percebe pelo bizarro discurso de ontem. Para trás deixou uma carreira brilhante, marcada pelos anos com a camisola 7 do Manchester United, que passaria depois para Beckham e Ronaldo.

Cantona, nascido em Marselha, começou a dar nas vistas nas camadas jovens do Auxerre. Em 1983, o histórico Guy Roux apostou nele, mas em 1986 foi emprestado ao FC Martigues para ter mais tempo de jogo. Resultou. Regressaria para fazer 79 jogos e 27 golos em duas épocas e foi transferido para o Marselha. Não se impôs e acabou emprestado a Bordéus e Montpellier. Jogou mais uma época com as cores do Marselha e mais meia no Nimes. De França levou dois campeonatos pelo OM e uma taça pelo Montpellier. Seguiu-se a Premier League.

Já com 26 anos, Cantona aterrou em Leeds, para jogar meia época. Fez 3 golos em 15 jogos e ajudou a equipa a ser campeã. No verão de 1992 ajudou a vencer a Supertaça e fez mais meia época, com 25 jogos e 13 golos. Mudou-se então para Old Trafford. De 1993 a 1997, Cantona conquistou o Mundo e tornou-se num dos melhores jogadores do planeta.

Em 185 jogos, marcou 82 golos, conquistando quatro ligas inglesas, três taças e três supertaças. Ajudou no desenvolvimento de jovens estrelas como os irmãos Neville, Giggs ou Beckham. Cantona foi eleito o melhor jogador do campeonato inglês por duas vezes e está na história da Premier League. Retirou-se com apenas 30 anos, sabendo que não jogaria o Mundila de 1998.

Jogou por França numa época pouco frutuosa, entre o sucesso de 1984 e os de 1998 e 2000. Fez 45 jogos e marcou 20 golos. Título, só pelos sub-21. Venceu o Euro 88 ao lado de Guerin, Blanc, Angloma ou Roche.

Reformado dos relvados, ainda se dedicou à areia. Foi figura de proa do futebol de praia francês e campeão mundial em 2004 e europeu em 2005. Participou ainda em filmes e está empenhado em atividades de responsabilidade social.

21 de Junho, 2019

Arranca hoje o CAN 2019

Francisco Chaveiro Reis

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Começa hoje a jogar-se, no Egito, mais uma edição do Campeonato Africano das Nações, naquela que será, pela primeira vez, uma prova com 34 equipas (há várias estreias) e joga-se em junho e julho em vez de janeiro e fevereiro. Tal como nas últimas quatro edições, o país organizador não é a primeira escolha. Os Camarões não conseguiram dar garantias e a edição de 2019 passou para o Egito.

O CAN 2019 abre com um jogo entre a equipa da casa, liderada pelo campeão europeu, Mo Salah e o modesto Zimbabué, uma equipa sem nomes reconhecíveis, mesmo que cinco dos jogadores atuem na Europa. Já o Egito enfrenta este Grupo A com ambição e tem todas as condições de o vencer e de vencer a competição, no seu todo, algo que já fez 7 vezes, mais do que qualquer outra equipa do continente. Javier Aguirre conta, para além de Salah, com Hegazy (WBA), Elmohamady (Aston Villa), Trezeguet (Kasimpasa) ou El-Neny (Arsenal). Al Ghazy (Feirense) e Hassan (Olympiacos) e Warda (Atromitos), com passagens por Portugal também integram o grupo. Uganda e R.D. Congo fecham o grupo. A República Democrática do Congo (2 títulos do CAN) conta com alguns jogadores bastante interessantes – Bakambu (B. Guan), Bolasie (Anderlecht), Bolingi (Antuérpia), Assombalonga (Middlesbrough), Mpoku (Liége) ou o portista Mbemba – e é séria candidata a segunda classificada do Grupo A. Por fim, o Uganda, composto por jogadores desconhecidos, tal como o Zimbabué.

No Grupo B, mora a poderosa Nigéria, vencedora de três CAN, a última em 2013. Musa (Al Nassr), Iwobi (Arsenal), Osimhen (Brugge), Kalu (Bordeús), Onyekuru (Galatasary) ou Chukwueze (Villareal) serão setas apontadas às balizas adversárias. Mas o meio campo – Mikel (Middlesbrough), Ndidi (Leicester) ou Etebo (Stoke) – e a defesa – Troost-Ekong (Udinese), Balogon (Brighton) ou Omeruo (Leganés), garantem solidez. Burundi, Guiné Conacri e Madagáscar não parecem ser adversários à altura. O Burundi conta com Berahino, que se pensava ser uma estrela em ascensão do futebol inglês, mas que aos 25 anos não cumpriu as suas promessas e com Nduwarugira, médio do Amora. Madagáscar, terra de nomes grandes e impronunciáveis (Razakanantenaina, Andrianarimanana, Rakotoharimalala, Nomenjanahary ou Andriatsima) terá pouco a dizer na conversa futebolística. A Guiné Conacri será o adversário mais difícil para a Nigéria, uma vez que conta com Naby Keita (Liverpool), Kamano (Bordéus), Ibrahima Traoré (Borussia Mochengladbach), Ibrahima Cissé (Fulham), Amadou Diawara (Nápoles) ou Falette (Frankfurt).

No Grupo C, habita a Argélia (um título) de Slimani (Fenerbahce), Brahimi (FC Porto), Feghouli (Galatasary), Mahrez (Manchester City) e Ounas (Napóles). Halliche, do Moreirense, também fez a viagem. O Senegal de Sadio Mané (Liverpool), Mbaye Diagne (Galatasary), Keita Baldé (Inter), M’Baye Niang (Rennes) ou Gana Gueye (Everton) promete ser a segunda melhor equipa do grupo. O Quénia de Wanyama (Tottenham) e a Tanzânia do goleador Samatta (Genk) fecham o grupo.

No D, a Costa de Marfim (vencedora duas vezes), já não tem Drogba, nem os irmãos Touré mas tem a nova estrela Nicolas Pépé (Lille) a liderar uma equipa que mistura jovens – Cornet (Lyon), Sangaré (Toulouse), Kessie (Milan) ou Gbamin (Mainz) – com jogadores experientes – Gradel (Toulouse), Seri (Fulham), Aurier (Tottenham) ou Zaha (Crystal Palace). O grande perigo será Marrocos. Os magrebinos contam com Boufal (Celta), Belhanda (Galatasary), Saiss (Wolves) ou Ziyech (Ajax). Manuel da Costa (filho de pai português) volta a estar na lista, depois de ter estado no Mundial. África do Sul e Namíbia pouco devem acrescentar.

No Grupo E, a Tunísia é cabeça de cartaz. Vencedora da prova em 2004, conta com Sliti (Dijon) e com um coletivo forte e experiente. O Mali de Diaby (Sporting), Marega (FC Porto) e Sacko (Guimarães).    Kiki Kouyaté, que já passou por Alvalade também está na lista. Angola, com Wilson Eduardo (Braga), Mateus (Boavista), Evandro Brandão (Leixões), Dala (Rio Ave) ou Bruno Gaspar (Sporting) já estão no Egito. A Mauritânia, sem grande história, fecha o grupo.

Por fim, o grupo dos Camarões. Se por um lado, são os campeões em título e a segunda melhor equipa da história da CAN (5 títulos), por outro, uma série de confusões financeiros adiam a partida da comitiva para o Egito. Caso aterrem na CAN, os Camarões pós-Eto´o, são uma das equipas favoritas e contam com Onana (Ajax), Zambo (Fulham), Njie (Marselha), Tagueau (Marítimo) ou Bassogog (Henan Jianye). O Gana (vencedor por quatro anos), conta com Asamoah Gyan (Kayserispor), Andre Ayew (Fenerbahce), Jordan Ayew (Palace), Thomas Partey (Atlético) ou Atsu (Newcastle). Num grupo onde todos os países têm bandeiras com cores verdes, vermelhas e amarelas, a Guiné Bissau tem uma comitiva com 12 jogadores que atuam em Portugal e o Benin tem em Mounié, do Huddersfield Town, a sua estrela maior.

19 de Junho, 2019

Hummels, o regressado

Francisco Chaveiro Reis

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Mats Hummels está de regresso ao Dortmund depois de ter saído do Dortmund para regressar ao Bayern. Confuso? O defesa alemão formou-se na Baviera e depois de fazer dois jogos pela equipa principal e de não ter muito espaço (Lúcio, Van Buyten e Demichelis estavam à sua frente), mudou-se para a Vestfália. Chegou em 2008-2009, com 19 anos e assumiu-se como titular. 26 jogos depois, o BVB contratou em definitivo e Hummels, mais tarde capitão, fez 25 golos em 309 partidas e foi bicampeão, para além de ter vencido uma taça e duas supertaças alemãs. Apanhou lendas como Ricken, Weindemfeller, Kehl, Worms, Dedé ou Kuba. Viu “nascer” outros como Reus, Gotze ou Sahin. Privou com Lewandowski. Com Klopp no banco, ajudou o Dortmund a chegar à final da Liga dos Campeões de 2014 mas quem sorriu por ultimo, foi o Bayern. Em 2015, rendeu 35 milhões ao Dortmund e juntou-se a Gotze e Lewandowski que tinha conhecido de amarelo. Fez mais de 100 jogos e quase 10 golos. Foi titular e ganhou 11 títulos nacionais, incluindo 4 campeonatos. A renovação do Bayern (James, Robben, Rafinha e Ribery não continuam e Muller está de malas feitas) levou a que o internacional voltasse ao Signal Iduna Park.

17 de Junho, 2019

Portugueses no Atlético

Francisco Chaveiro Reis

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Até pode ser falso que João Félix esteja a caminho do Atlético de Madrid, mesmo que as notícias das últimas horas tenham sido nesse sentido, mas esta é uma boa altura para lembrar os portugueses que se aventuraram em Madrid, no lado vermelho e branco.

O bem-sucedido, foi El Portugues, Paulo Futre. O extremo formado no Sporting, passou pelas Antas antes de aterrar em Madrid, em 1987, como campeão europeu. Passou cinco épocas e meia no Vicente Calderón, vencendo apenas duas taças. O seu futebol merecia muito mais. Em 1998, antes de acabar a carreira no Japão, ainda regressou para 10 jogos no seu Atlético. Totalizou 173 jogos e 15 golos. Foi ainda dirigente, ajudando o clube a regressar à primeira liga, depois de tempos sombrios. João Vieira Pinto, então jovem avançado do Boavista, esteve para lhe seguir as pisadas, mas não passou da filial, Atlético Madrileño. Depois de não se ter adaptado, regressou ao Bessa. Mas antes de Futre, Madrid conheceu Jorge Mendonça. Depois de jogar por Sporting e Braga, Mendonça, avançado de descendência angolana, passou pelo Deportivo e, entre 1958 e 1966, jogou pelo Atlético (seguiu-se o Barcelona). Marcou 59 golos em 167 partidas. Ganhou uma liga, três taças e uma Taça das Taças.

O Atlético só voltaria a ter portugueses, na segunda divisão. Hugo Leal e Dani, promessas por cumprir no futebol português, aterraram em Madrid para causar boa impressão. Leal chegou em 1999 e ficaria duas épocas, antes de se mudar para Paris. Fez 71 jogos e marcou 6 golos. Dani passaria três épocas em Madrid, as últimas da carreira. Ora deslumbrou, ora desiludiu, chegando a haver uma história em que Futre apontou uma pistola ao joelho, daquele que só não foi o seu herdeiro, porque não o quis. Fez 64 golos e marcou 10 golos com a camisola colchonera.

2006/2007 voltou a levar portugueses a Madrid. Zé Castro, Costinha e Maniche vestiram a camisola do Atlético, numa época sem grande glória. Castro, chegado da Académica, não chegaria aos 40 jogos no clube, em duas épocas e acabaria por fazer carreiro no Deportivo e Rayo Vallecano. Costinha, em fim de carreira, faria 31 jogos e Maniche, também com os melhores anos atrás de si, ainda faria duas épocas e meia. Disputou mais de 80 partidas e marcou por 8 vezes.

Em 2008-2009, chegou Sabrosa. Simão Sabrosa falhara no Barcelona e regressara a Lisboa, para estrelar o Benfica. Em 2008 arriscou o regresso a Espanha e deu-se bem. 171 jogos e 31 golos (mais do dobro de Futre, em menos dois jogos). Venceu uma Liga Europa e uma Supertaça Europeia. Em 2009-2010, chegou Tiago Mendes. Após ter conhecido o sucesso na Luz, Chelsea, Lyon e Juventus, o médio chegou a Madrid para sete anos e meio. É o português com mais jogos no clube (212). Marcou 18 golos, apanhou já a fase Simeone e festejou uma Liga Europa, uma taça, um campeonato e uma supertaça.

Em 2011/2012, chegaram Sílvio e Pizzi, que não vingaram. Sílvio fez apenas 21 jogos. Pizzi, ficou-se pelos 15 jogos, mas acabou por dar a volta e ter sucesso em Portugal. Em 2014, chegou o guardião André Moreira, sucessivamente emprestado, que ainda não se estreou pelo Atlético. Em 2015-2016, Diogo Jota foi contratado, mas como João Vieira Pinto, nunca se estreou. Passou pelo FCP antes de chegar aos Wolves. No verão, chegou Gelson ao Wanda Metropolitano. Não encaixou nas ideias de Simeone e foi emprestado ao Mónaco, que já adquiriu o seu passo, em definitivo.

17 de Junho, 2019

Fonseca faz cair Totti

Francisco Chaveiro Reis

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Acredito que Paulo Fonseca não tenha nada contra Francesco Totti e que a lenda da Roma também não tenha nada pessoal contra o treinador português, mas a verdade é que Fonseca é o motivo pelo qual Totti deixa a Roma depois de trinta anos. Totti não gostou de não ser ouvido na escolha do novo treinador – queria Gattuso – e despediu-se hoje do clube. Provavelmente, o melhor jogador da história da AS Roma (homem com mais jogos e com mais golos na história do clube, é), Totti jogou 25 anos no Olímpico, conquistando apenas cinco títulos (um campeonato, duas taças e duas supertaças) mas marcando 307 golos em 786 jogos. Uma coisa é certa, Fonseca, mesmo antes de dar um treino sequer, já é o homem que fez cair Totti. E não precisava nada dessa pressão.

17 de Junho, 2019

Boban regressa a casa

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 50 anos, um dos maiores da história recente do Milan, regressa a casa. Zvonimir Boban que nem estava nada mal na vida, como vice-presidente da FIFA, ao lado do interista Gianni Infantino, é o novo diretor para o futebol do Milan e irá trabalhar lado a lado com outra lenda, Paolo Maldini, que já estava ao serviço do seu clube de sempre.

Boban, croata, dono da camisa dez (sucedeu-lhe Rui Costa), esteve dez anos em San Siro, ajudando o Milan a dominar Itália e a Europa. Venceu quatro campeonatos, três taças, uma Liga dos Campeões e uma supertaça europeia. Ao lado tinha homens como Savicevic, Desailly, Albertini, Donadoni ou Baresi mas grande parte do sucesso rossonero naqueles anos, saiu dos seus pés.

Boban já está a trabalhar e deve anunciar em breve a chegada do novo técnico: Marco Giampaolo, ex-Sampdória. O italiano de 51 anos não tem qualquer trofeu conquistado e conta com uma carreira modesta, com passagens por clubes como Empoli, Cremonese, Brescia ou Ascoli. À partida, parece não ser entusiasmante, mas como se viu com Sarri (60 anos), o sucesso não escolhe idades. O desafio de Boban é reconstruir um Milan que tem vindo a desiludir época após época, mesmo tendo uma pesadíssima folha salarial.

17 de Junho, 2019

Messi não é Maradona

Francisco Chaveiro Reis

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A Argentina de Messi será sempre uma desilusão até que o pequeno génio, Jesus para o Deus Maradona, vença um Mundial. Messi será sempre uma desilusão para os argentinos porque nunca será Maradona. Melhor ou pior, será sempre algo diferente. Messi é mais europeu, catalanizou-se e vê em La Masia a sua escola e a sua casa. É fatalmente diferente de Maradona que viu sempre a seleção como o seu habitat natural mesmo que também em Nápoles ou Boca, seja endeusado (justamente).

A Argentina não está condenada a não ser campeã do mundo. Bons jogadores é coisa que nunca falta nas Pampas, mas não se espere que Messi passe por uma equipa inteira e marque um golo ou muito menos que use a mão para colocar a bola na baliza. A Messi custa soltar-se na seleção e pesa-lhe a responsabilidade de ser Maradona. Talvez o caminho está em dar-lhe menos importância e deixar os outros brilhar. Mas havendo Messi, como não lhe passar a bola?

A esta altura é preciso lembrar que nem tudo tem sido mau. A Argentina chegou à final do Mundial 2014. Chegou às finais das duas últimas Copas América. Perdeu e Messi ameaçou deixar a seleção. Mas chegou lá. Ser segundo não mata a fome argentina, mas não é nada mau.


Na estreia na Copa América, derrota por 0-2 com a bem montada Colômbia de Carlos Queiroz. O golo fabuloso não foi de Messi mas sim de um tal de Roger Martinez. O passe teleguiado não foi de Messi mas sim de James. Nem o golo fácil, de só encostar à boca da baliza, foi de Messi mas sim de Duvan. Messi por ali andou. Viu Lo Celso, Di Maria, Guido Rodriguez ou Aguero à sua volta, mas ali ficou, ensimesmado e marcando fracamente dois ou três livres.

Talvez um dia, a Argentina se dê conta que Messi não é e não será Maradona e nessa hora, Messi possa soltar-se e ajudar todos os outros a serem campeões. Das Américas e do Mundo. Quem sabe.

A isto junta-se o outro factor determinante. A Argentina precisa de mais qualidade no comando técnico e provavelmente de um homem experiente e provavelmente não argentino.

17 de Junho, 2019

Casa Pia e Vilafranquense na segunda

Francisco Chaveiro Reis

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Casa Pia e Vilafranquense vão jogar na segunda divisão em 2019-2020. O Casa Pia tinha vencido os açorianos do Praiense por 1-0, em Pina Manique, e a derrota fora por 2-1 foi suficiente para a subida, devido ao golo marcado fora. Miguel Bandarra foi o grande herói dos “gansos”, ao marcar o golo que deu, na altura, o empate a uma bola. Luís Loureiro, antigo médio, que chegou a passar pelo Sporting, é o treinador de uma equipa de qualidade que conta com Miguel Bandarra, Evandro Roncatto (11 golos, cada) ou José Embaló (9).

 

Já o Vilafranquense venceu a histórica União de Lelria nas grandes penalidades e vai-se estrear na segunda divisão. Depois de um 1-1 em Leiria, novo 1-1 em Vila Franca de Xira, seguindo-se um 4-2 nos penalties. Os comandados de Filipe Moreira contaram ao longo da época com a qualidade de Gustavo Tocantins, Wilson Santos ou João Vieira. Com a subida decidida, as duas equipas jogam no domingo, no Jamor, para determinar o campeão do Campeonato de Portugal.

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