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Visão do Peão

Visão do Peão

Lembrar o Tirsense

Francisco Chaveiro Reis
30
Abr19

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Tal como o Farense, também o Tirsense deu nas vistas em 1994-1995, no seu melhor ano de sempre. O modesto clube, liderado por Marcelo e Paredão, ficou na oitava posição, com bom futebol.

Fundado em janeiro de 1938, o Tirsense, que passou grande parte da vida nas competições não profissionais, subiu à segunda divisão em 1983, saltando para a primeira, em 1989. Em 1989/1990, com o Professor Neca no banco, o Tirsense estreou-se em grande, ficando no nono posto e chegando aos quartos da Taça de Portugal. O médio Tueba, que passou pelo Benfica, era o nome mais reconhecível a par de Eusébio, médio, que fez carreira na primeira divisão. A aventura acabou logo na época seguinte. Em 1990/1991, o Tirsense voltou aos quartos da Taça mas desceu de divisão. O extremo Caetano (ficaria 7 épocas) estreou-se esse ano pelo Tirsense.

Em 1992/1993, nova subida para nova descida acontecer. Com Rodolfo Reis no banco, o Tirsense ficou no 16.º posto. Vital ou Cao, com carreira de primeira divisão, faziam parte do elenco.

O regresso à primeira divisão deu-se em 1994-1995, com o memorável oitavo lugar. No banco sentava-se José Romão e em campo havia um grupo muito interessante. Na defesa, destaque para o brasileiro Paredão que passaria pelo Benfica e depois, com o nome Emerson Thome, passaria pela Premier League, chegando a jogar pelo Chelsea. Nessa defesa morava o também brasileiro Batista, que fez 33 jogos pelo clube nessa época e ficaria seis anos em Santo Tirso. Rui Gregório, que passou muitos anos na primeira divisão era também defesa do Tirsense.


No meio, Giovanella, médio brasileiro era a estrela tendo depois jogando no Barcelona, Salamanca e Celta de Vigo. No ataque, Caetano (35 jogos e 5 golos) deu nas vistas e Hugo Porfírio, emprestado pelo Sporting fez 21 jogos. Mas era o avançado Marcelo a grande estrela. O brasileiro que aterrou na Luz no verão seguinte, marcou 19 golos (17 na liga) e foi o terceiro melhor marcador do campeonato atrás de Domingos e de Hassan, que seria seu concorrente na Luz. Ainda marcou 13 golos no Benfica, mas não se fixou, tendo passado por Espanha e Inglaterra.

Desde 1996 que Santo Tirso não vê jogos de primeira divisão, mas ainda este ano, na receção ao Lousada, o Tirsense mostrou que pode encher o estádio, como muitos clubes da primeira, não podem.

Bielsa, El Loco justo

Francisco Chaveiro Reis
29
Abr19

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Marcelo Bielsa é um grande treinador mas é mais conhecido pelas suas loucuras do que pelos seus títulos (três campeonatos argentinos e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos). El Loco, treinador argentino de 63 anos, já passou por Newell Old Boys e Velez Sarsfield (Argentina), América e Atlas (México), Espanhol e Athletic (Espanha), Marselha e Lille (França), Lázio (Itália, onde ficou muito pouco tempo) e seleções de Argentina e Chile. Agora, ao comando do Leeds, está quase quase a garantir o regresso à Premier League. Ontem, bastava vencer o Aston Villa. Quando a sua equipa marcou e Bielsa percebeu que o golo era precedido de falta, ordenou aos jogadores que congelassem e deixassem o Villa empatar. Assim foi. Festa adiada e El Loco passou a El Justo.

Mano a Man até ao fim

Francisco Chaveiro Reis
26
Abr19

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A três jornadas do fim da Premier League, Manchester City e Liverpool continuam colados um ao outro. O City tem mais um ponto do que o Liverpool e leva a vantagem de depender apenas de si para festejar mais uma vez. Já o Liverpool tem que fazer a sua parte e esperar por uma escorregadela do rival. Convenhamos que numa liga tão competitiva, não é de excluir a possibilidade de mesmo uma equipa com o poderio do City, poder perder pontos.

Fundado há 125 anos, o City pode vencer o seu sexto campeonato inglês (com efeito tem mais campeonatos da segunda divisão – sete - do que tem da primeira). Campeão em título, o City festejou três dos seus cinco títulos na sua era “novo rico”. Já o Liverpool, muito maior em termos de palmarés, conta com 18 campeonatos mas festejou o último em 1990.

O Liverpool conseguiu dar luta em 2001/2002, com Owen, Anelka, Fowler, Heskey, Litmanen ou Gerrard, mas perdeu a corrida para o Arsenal, ficando com menos sete pontos do que os comandados de Arsene Wenger. Em 2008/2009, novo segundo lugar, ficando, desta feita, a 4 pontos do Manchester United de Alex Fergunson e de Cristiano Ronaldo, Rooney, Giggs ou Ferdinand. Mas foi em 2013-2014, que os fãs do Liverpool mais tiveram razões para sonhar. O clube ficou a apenas dois pontos do…Manchester City. Na altura, Luis Suarez era a estrela maior, segundada por Sturridge, Gerrard e pelo jovem Sterling, hoje um dos melhores jogadores do…City.

Em termos emocionais, o mundo está com o Liverpool que procura regressar ao sucesso interno mas Guardiola pouco quererá saber disso.

Vietto a caminho de Alvalade

Francisco Chaveiro Reis
26
Abr19

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Parece quase certo que Luciano Vietto será jogador do Sporting a partir do próximo verão. O avançado internacional argentino está emprestado pelo Atlético de Madrid ao Fulham e deve servir para abater o preço de Gelson Martins.

Visto como promessa do futebol argentino, Vietto brilhou na estreia na Europa, mas não tem sido feliz nos anos de ligação ao Atlético. Nascido em dezembro de 1993, Vietto fez a formação no histórico Racing Avellaneda. Estreou-se em 2011/2012 pela equipa principal e na época seguinte, deu nas vistas com 13 golos em 33 partidas. Faria nova época, com 6 golos em 36 partidas e mudar-se-ia para Espanha.  No Villareal fez a sua melhor época de sempre, marcando 20 golos e ganhando a transferência para o Atlético de Madrid. Com apenas 3 golos marcados, seria emprestado ao Sevilha (10 golos) e ao Valência (5, 3 na estreia, pouco depois de ter sido pretendido pelo Sporting, pela primeira vez).

Este ano aterrou na Premier League onde é suplente de Mitrovic no aflito Fulham (vai descer de divisão). Marcou apenas um golo em 22 aparições e precisa desesperadamente de novo fôlego. Parece-me que não tirará a titularidade a Bas Dost nem será a melhor opção para o substituir mas sem dúvida que acrescenta valor como suplente de luxo ou fazendo dupla com um 9 mais “puro”.

Craques da bola, 5

Francisco Chaveiro Reis
24
Abr19

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Marcel Desailly, hoje com 50 anos, olha para trás e vê uma carreira de excelência, dividida entre o meio-campo e a defesa, na qual defendeu clubes como Marselha, Milan ou Chelsea e venceu inúmeros títulos, incluindo o Mundial, por França.

Odenke Abbay nasceu em Acra, no Gana e foi adotado por um diplomata francês que lhe deu o nome e uma vida na Europa. Com 18 anos estreou-se pelo Nantes, fazendo 162 jogos até 1992. Nada ganhou a não ser tempo de jogo e a convivência com outros grandes jogadores como Deschamps, Gravelaine, Kambouaré, Loko, Pedros, Karembeu ou Ziani.

Em 1992, mudou-se para o Marselha onde só ficaria ano e meio. Em 1993 ajudou o clube a vencer a Liga dos Campeões (1-0 ao Milan na final, golo de Basile Boli). Seria também campeão francês com estrelas como Voller, Boksic, Abedi Pelé, Stojkovic, Deschamps ou Angloma. O seu percurso no sul de França foi interrompido por uma proposta irrecusável do norte de Itália.

No Milan, faria 137 jogos, entre 1993 e 1998. Assumiu-se como titular e venceu mais uma Liga dos Campeões. No 4-0 ao Barcelona, na final, marcou um belo golo e festejou a conquista do maior título de clube, pelo segundo ano consecutivo. Venceu ainda duas ligas italianas, uma Supertaça italiana e uma, europeia. Orientado por Fabio Capello, conviveu, como médio defensivo, ao lado de Albertini, com nomes maiores como Panucci, Costacursta, Maldini, Donadoni, Boban, Savicevic, Massaro, Simone ou Weah.

No verão de 1998, já depois de ter ajudado Zidane, Deschamps (foi uma companhia constante na sua carreira) ou Pires a vencer o Mundial, por França, aterrou em Londres. Passou a jogar como defesa-central, contando já com 30 anos. Impôs-se como titular e venceu a Supertaça europeia, supertaça inglesa e uma taça inglesa. Fez parte de equipas onde Flo, Zola, Poyet, Wise, Di Matteo ou Le Saux brilhavam.

 

Em 2003-2004, já com mais um título (Euro 2000 por França) no palmarés, juntou-se ao Al Gharafa, do Catar. Venceu uma liga antes de se retirar em 2006. Pela França, para além do Mundial e do Euro, venceu ainda duas Taças das Confederações, em mais de 100 internacionalizações.

 

Desailly regressou ao Gana onde tenta partilhar a sua boa sorte com os mais necessitados, em vários projetos.

 

Craques da bola, 4

Francisco Chaveiro Reis
23
Abr19

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Nome grande do futebol turco, Hakan Sukur, hoje com 48 anos e a viver fora do seu país por razões políticas, foi um goleador de mão cheia. Começou a carreira, jogando três épocas no Sakaryaspor, entre 1987 e 1990, apontando 11 golos e vencendo uma Taça da Turquia.

Com a descida do clube, mudou-se para o Bursaspor, onde passaria dois anos e marcaria por 14 vezes. Mais golos, numa equipa mais competitiva, abriram-lhe as portas do Galatasary, um dos melhores clubes turcos e o clube onde mais se destacou. Na primeira passagem, marcou 71 golos em 151 partidas, vencendo dois campeonatos, uma taça e uma supertaça. Aos 24 anos, rumou ao Calcio e ao Torino. Não teve sucesso, marcando apenas 1 golo em 5 jogos e regressou ao Gala

De 1995 a 2000, marcou mais 152, em mais de 220 tentativas. Ajudou a vencer mais quatro campeonatos e três taças. Em 2000, venceria a Taça UEFA, abrindo caminho para que no ano seguinte, já sem si, o Gala vencesse a Supertaça.

Aos 29, quis voltar a tentar a sorte fora da Turquia. Regressou a Itália e passou a jogar pelo Inter. Com a concorrência de Zamorano, Recoba, Keane ou Vieiri, fez 30 jogos e marcou 5 golos. Nada brilhante, mas suficiente para recuperar a sua honra. No ano seguinte, mudou-se para Parma, mas por lá, jogou menos e marcou menos. Era hora de experimentar a Premier League onde apenas marcou duas vezes.

Era hora de regressar à Turquia e ao Gala, onde voltou a ser uma máquina de golos. Em mais cinco anos, 72 golos e mais títulos: dois campeonatos e uma taça.

Sukur, melhor marcador da história do campeonato turco, foi ainda herói na seleção, guiando-a ao terceiro lugar no Mundial de 2002. Esteve nesse Mundial e nos Euros 1996 e 2000. Ao todo, marcou 51 golos em 112 jogos.

Lembrar o Forte(s) Farense

Francisco Chaveiro Reis
23
Abr19

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Falou-se ontem na possibilidade de Vítor Oliveira, Rei das Subidas, ser o treinador do Farense na próxima época. O próprio desmentiu a notícia, mas o momento mediático fez-me lembrar dos bons velhos tempos do Farense primodivisionário.

 

O Sporting Clube Farense, fundado em 1910, conta como glórias maiores, com a presença na final da Taça de Portugal de 1990 e o quinto lugar no campeonato de 1994/1995, que levou a que os algarvios jogassem a Taça UEFA na época seguinte (dois jogos).

 

Em 1922, Manuel Santo, emigrante regressado dos EUA, adquiriu um terreno de mais de 12 mil metros quadrados e mandou construir o Santo Stadium, hoje São Luís, onde o Farense ainda joga.

 

Em 1970/1971, o Farense jogou pela primeira vez na primeira divisão. Nesse ano, ficou em 11.º e venceu, no São Luís, Benfica, Porto e Belenenses. Da equipa faziam parte, Raul Caneira (pai de Marco Caneira) ou Vitorino Bastos (que faria carreira no Sporting que o emprestou aos farenses).  Depois de seis anos consecutivos na primeira divisão, desceu à segunda, para regressar em 1984. O sobe e desce continuou. No fim dos anos 80, um dos grandes momentos do Farense.

 

Curiosamente, no ano em que até estava na segunda divisão (foi campeão), o Farense chegou ao Jamor. O jovem Paco Fortes, que pendurara as botas no ano anterior, tomou conta da equipa, subiu-a de divisão e chegou à final da Taça, onde perdeu com o Estrela da Amadora. Forte apostou em: Lemajic, Eugénio, Carlos Pereira, Marco Sousa e Formosinho; Sérgio Duarte, Nelo, Joaquim Pereirinha (pai de Bruno Pereirinha) e Ademar Marques; Pitico e Fernando Cruz. Jogaram ainda, Ricardo e Mané. Depois de 1-1, o Estrela, treinado por João Alves e com homens como Rebelo, Paulo Bento ou Bobó na equipa, venceu, por 2-0, num segundo jogo. 

 

De 1990 a 1996, o Farense viveu os seus melhores anos de sempre. Ficou sempre no top 10 e em 1994-1995 teve uma equipa mítica. Ficou no 5.º lugar, atrás de Porto, Sporting, Benfica e Guimarães e à frente de equipas como Leiria, Marítimo, Tirsense (de Paredão e Marcelo), Braga ou Belenenses. Orientada por Paco Fortes, a equipa tinha estrelas internacionais: o guarda-redes internacional nigeriano, Peter Rufai; o médio brasileiro Helcinho, o avançado sérvio Djukic ou o criativo marroquino, Hajry. Mas estrela maior era Hassan Nader, avançado marroquino que se consagrou nessa época como melhor marcador (à frente de Domingos do campeão Porto) e iria para o Benfica. Mas esse Farense era também feito de portugueses como Jorge Soares, Jorge Soares, Hugo Santos, Calita ou Paulo Pilar e algarvios como Carlos Paixão, Miguel Serôdio.

 

No ano seguinte, a aventura europeia foi muito curta, tendo durado apenas dois jogos contra o Lyon. Em duas mãos, duas derrotas por 1-0. Em Faro, na segunda mão, marcou Giuly, esse que jogou depois no Mónaco e Barcelona. Esse plantel contava já com Idalécio, com o regressado Eugénio, Carlos Costa (ficaria 9 anos) ou Christian (chegaria ao PSG e Escrete). Até 2002, o Farense ficou na primeira divisão, mas não mais voltou. Caiu consecutivamente em 2006, devido a questões financeiras, o clube morreu apenas para renascer, nas distritais. Em 2008, subiu à terceira divisão e andou num sobe e desce. Este, ano, parece estar seguro na segunda divisão. Segue-se o ataque à subida.

 

Craques da bola, 3

Francisco Chaveiro Reis
23
Abr19

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Hoje com 36 anos, o egípcio A. H. Mido, um dos melhores jogadores de sempre do seu país, treina o Al-Wehda, da Arábia Saudita. Para trás, depois de ter deixado de jogar, com apenas trinta anos, ficaram experiências no Zamalek, Ismaily e Wadi Degla como coordenador técnico e treinador. Dono de um enorme talento, Mido andou a saltitar de clube em clube, deixando que o seu feitio levasse a melhor sobre a sua carreira.

 

Mido deu nas vistas no Zamalek e estreou-se na primeira equipa aos 17 anos. Cinco jogos e três golos depois, mudou-se para a Bélgica onde o Gent o recebeu. Marcou 11 golos em 24 partidas, ao lado de Gaby Mudingayi, que faria carreira em Itália. Convenceu logo o Ajax a apostar em si e 2001/2002 marcou o encontro de dois Bad Boys: Mido e Ibra. Mido, depois de ter tido problemas de adaptação na Bélgica, deparou-se com problemas de vária ordem na Holanda acabando até por se chatear com o treinador e até com Ibrahimovic. 21 golos em 40 jogos acabou por saber a pouco, tendo em conta a classe de Mido e a boa companhia que tinha: Van der Meyde, Arveladze, Galasek, Van der Vaart ou Pienaar.

 

Seguiram-se passagens pelo Celta de Vigo (8 jogos e 4 golos), Marselha (34/) e Roma (13/0). Mido voltaria a ter alguma estabilidade e felicidade a jogar em Londres, pelo Tottenham. 15 golos em 40 jogos e alguns momentos de bom futebol não chegaram, ainda assim, para que os Spurs ficassem com ele. Voltou a Roma para fazer mais um jogo e regressou a Londres e ao Tottenham onde conseguiu estar uma época completa, jogando 23 vezes e marcando cinco golos. 2007/2008 seria passado no Boro, onde marcou apenas dois golos. Em metade da época seguinte, marcou mais cinco golos pelo clube do Nordeste de Inglaterra. Mantendo a mania de não acabar as épocas, passou, entre 2008 e 2012 por Wigan, Zamalek, West Ham, Ajax, Zamalek e Barnsley.

 

Pela seleção do seu país jogou 51 vezes, marcou 20 golos e conquistou a CAN de 2006, o único título da sua carreira. Chegou a partilhar o campo com a lenda, Hossam Hassan (69 golos e 169 jogos).

KB 222

Francisco Chaveiro Reis
22
Abr19

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O internacional francês Karim Benzema não tem tido vida fácil. Olhado de lado desde que chegou a Madrid por não ser um prodígio de técnica quando comparado com os seus galácticos colegas e riscado da seleção francesa, a verdade é que o avançado é titular de uma das maiores equipas do mundo há dez anos. Nesses dez anos, nove com Ronaldo, Benzema foi determinante para o jogo ofensivo da equipa como Ronaldo já admitiu. Mas os números do francês falam por si. Em dez anos, esteve no 11 que venceu 4 Campeonatos do Mundo de Clubes, 4 Ligas dos Campeões, 3 Supertaças Europeias, 2 ligas espanholas, 2 Taças do Rei e duas supertaças de Espanha. A nível pessoal, nunca chegou ao nível estratosférico de Ronaldo mas é difícil encontrar quem faça melhor: 222 golos, ou seja uma média de golos de 22 por época. Nada mau. E não é que não tenha tido quem lhe fizesse frente: Higuaín, Van Nistelrooy, Raúl, Adebayor, Morata (duas vezes), Willian José, Chicharito Hernandez ou Mariano (duas vezes) ambicionaram o lugar do francês que é frequentemente associado a outros clubes. A sua hora de sair, chegará, uma vez que nem Ronaldo resistiu à sede inesgotável de mudança do Real mas quando sair, Benzema deverá ter orgulho do seu percurso.

PAOK mata o borrego em Dia de Páscoa

Francisco Chaveiro Reis
22
Abr19

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No fim-de-semana em que a Juventus comemorou o oitavo campeonato consecutivo e o PSG se tornou bicampeão, o PAOK juntou-se ao grupo de campeões na Europa. Mas com uma nuance. O clube de Salónica não comemorava o título há 34 anos. O Panthessalonikeios Athlitikos Omilos Konstantinoupoliton, fundado em 1926, apesar de ter uma das bases de adeptos mais fanáticas, somou apenas o seu terceiro título de campeão. O clube que conta com o capitão Vieirinha, Sérgio Oliveira, com Misic, emprestado pelo Sporting e ainda com Varela, cabo-verdiano que passou várias épocas em Portugal, tem no seu palmarés, seis taças da Grécia.

 

O PAOK superou este ano o Olympiacos (tem 44 títulos) de Pedro Martins, tendo 77 pontos em 29 jogos. Entre as figuras, para além de Vieirinha (segunda época consecutiva depois de já lá ter passado três anos e meio) estão o guarda-redes Alex Paschalakis, José Angel Crespo, Dimitris Pelkas e José António Cañas. O sérvio Prijovic saiu a meio da época, deixando 18 golos marcados. Léo Jabá ainda marcou 7 e Karol Swiderski, 6.

 

Em 1956, foi inaugurado o mítico Estádio Toumba, que nem 30 mil pessoas leva mas cujo ambiente é um dos mais efusivos e barulhentos do mundo. Giorgos Koudas, estrela maior do universo PAOK, estreou-se em 1963 e jogaria 21 anos no clube. Com ele em campo, o PAOK venceu duas ligas e duas Taças. O médio fez 504 jogos e marcou 103 golos. 34 anos depois, a glória volta a Salónica.

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