José Peseiro foi dispensado do comando técnico do Sporting. Para traz, ficam quatro derrotas em catorze jogos oficiais, incluindo um 2-4 em Portimão com o último classificado da liga e um 1-2 em casa, com uma equipa da segunda liga. Se por um lado, o Sporting está a dois pontos dos líderes do campeonato, está na luta pela liderança do grupo na Liga Europa, ainda pode seguir em frente na Taça da Liga e tem boas possibilidades de seguir em frente na Taça de Portugal, por outro, o futebol apresentado tem sido fraco e o discurso de Peseiro, pior, como que alheado da realidade. Seria normal que a equipa demorasse a arrancar após tão caótica preparação mas os sportinguistas, mesmo sabendo que é dificílimo vencer o campeonato, querem outra atitude dos seus jogadores e do seu treinador.
Escrito isto, Peseiro aceitou o convite numa altura em que não era fácil treinar o Sporting e sobretudo numa altura em que não fazia ideia de que plantel teria (mesmo que como Sousa Cintra e Paulo Futre afirmam, tenha recusado mais-valias) Tem esse mérito e os sportinguistas devem agradecer-lhe, mesmo que se perspetive uma boa indemnização. Quanto às notícias de que Peseiro terá sabido das notícias pelos jornais, prefiro pensar que não terá sido assim.
Para já, parece óbvio que será Tiago Fernandes a liderar a equipa nos Açores, no domingo. Chegará novo treinador até quinta, para orientar o Sporting no estádio do Arsenal? E será boa, uma estreia tão complicada? Leonardo Jardim seria a opção de sonho mas o elevado salário e as suas ambições de treinar numa lia superior devem cortar o sonho. Paulo Sousa, Rui Faria, Rui Jorge e Aitor Karanka são hoje apontados mas o nome mais consensual será o de Miguel Cardoso. Cardoso falhou no Nantes mas deu nas vistas no Rio pondo a equipa a jogar bom futebol, com resultados práticos. Está sem clube, logo pode começar a trabalhar de imediato, não será muito caro e até já trabalhou no clube, como adjunto de Domingos. Diria que seria a escolha óbvia.