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Visão do Peão

Visão do Peão

Sex | 15.06.18

Um mês

Francisco Chaveiro Reis

 

 

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A página mais negra da história do Sporting foi escrita há um mês. A 15 de maio de 2018, um grupo encapuzado de malfeitores invadiu a Academia do Sporting e teve tempo e espaço de manobra para entrar no balneário da equipa A e agredir jogadores e equipa técnica. Ainda está por apurar quem foi o mandante e quem permitiu a entrada e saída dos atacantes mas o acontecimento levou à rescisão de 9 jogadores, incluindo 4 jogadores chamados por Portugal para o Mundial e 5 titulares absolutos. O Sporting, incapaz de treinar e afetado psicologicamente e fisicamente não conseguiu vencer a Taça de Portugal diante do modesto Aves (que deveria ter sido o primeiro a pedir o adiamento para ter alguma honra na vitória e que ao invés ainda se queixou da falta de mediatismo).

 

O episódio nunca deve ser esquecido e deve ser símbolo da descida leonina aos infernos para que inspire sempre os seus representantes a terem uma postura elevada. Defendo a mudança de local e reformulação dos balneários mas o acontecimento deve ter algum tipo de pequeno monumento que o eternize e lembre os sportinguistas deste momento negro.

 

Apesar dos rumores não quero acreditar que tenha havido uma ordem clara de Alvalade para o ataque. Mas houve da parte do presidente do Sporting a criação de um clima de agressividade e cobrança em relação aos jogadores, naquele que pareceu ser sempre um concurso de popularidade que nenhum dirigente pode vencer a um jogador de futebol, centro do jogo. A mira da direção, durante mais de quatro anos apontada ao Benfica (nalguns casos com razão, razão essa que se perdeu em mil e uma ilusões) foi voltada para dentro, depois de uma derrota em Madrid, contra uma das melhores equipas do mundo e onde o Sporting, apesar de dois erros infantis até fez uma exibição sólida. A direção perdeu aí os jogadores e muitos dos sócios e adeptos. Um mês depois, Bruno de Carvalho continua a pensar ter legitimidade e condições de ser o presidente, provando que nada percebeu das últimas semanas ou pior, que não coloca o Sporting à frente de tudo.

Sex | 15.06.18

Diário do Caos: Acuña fica e Leão rescinde

Francisco Chaveiro Reis

 

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Duas surpresas no último dia. Marcos Acuña, apontado como a causa dos desacatados de Alcochete por ter faltado ao respeito de membros da claque que prometeram vingança, fica afinal no Sporting. Acuña, em destaque na equipa durante o ano e uma das contratações mais caras, acha que o mais correto é ficar no clube e arrisca-se a ser o próximo capitão e figura da equipa. A jogar o Mundial da Rússia pela Argentina, o número 9 sempre foi apontado como o primeiro a rescindir e acaba por ser a grande surpresa. Assim, para já, o plantel do Sporting conta com: 

 

Guarda-redes: Max, Salin; 

Laterais direitos: Piccini, Ristovsky e Bruno Gaspar; 

Laterais esquerdos: Lumor, Jefferson e Jonathan;

Defesas centrais: Coates, Marcelo, André Pinto e Mathieu;

Médios: Petrovic, Misic, Palhinha, Wendel, Francisco Geraldes, Bruno César, Ryan Gauld e Matheus Oliveira;

Extremos: Raphinha, Matheus Pereira e Acuña;

Avançados: Montero, Mané, Doumbia e Mané.

 

Por outro lado, Rafael Leão, grande esperança leonina para um futuro próximo rescindiu e até pode estar próximo do Benfica. Se por um lado, se percebe a deserção dos jogadores devido às agressões e comportamento do presidente, por outro, não deixa de ser sintomático que a maioria dos jogadores que saíram sejam da formação e supostamente com maior ligação ao clube.