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O Real Madrid está em crise esta época. Claro que falar de crise, quando nos referimos ao atual campeão europeu, que já esta temporada venceu a Supertaça de Espanha, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes, é estranho. Mas depois de perder 0-1 em casa com o Villarreal, o Real ocupa o modesto quarto posto, a 19 longos pontos do Barcelona, que até perdeu no verão Neymar, uma das suas grandes figuras.
E talvez esse seja o problema do Real, o facto de não ter saído ninguém de relevo, ou entrado uma nova estrela. A verdade é que as equipas precisam de mudança e até as equipas multimilionárias e multituladas podem estagnar. O Real optou por manter o plantel quase na mesma, apostando na melhoria dos contratos de várias estrelas. Na porta de entrada, apenas passaram os jovens Theo Hernandez (Atlético de Madrid) e Dani Ceballos (Bétis). Danilo (City), Coentrão (Sporting), James (Bayern) e até mesmo Morata (Chelsea) parecem não fazer grande falta.
Neste momento, a palavra de ordem parece ser renovação. A começar pelo banco. Zidane, um dos melhores jogadores de sempre, foi recebido com alguma desconfiança até desatar a vencer tudo também como treinador. Era um conto de fadas. Mas será que o francês, pelo seu passado no relvado, era “apenas” admirado pelos atletas? Terá sido apenas um boost motivacional e não verdadeira qualidade técnica? E se sair, quem estará à altura de substituí-lo? Joachim Low é um dos nomes falado. É natural que outros, mais ou menos óbvios como Conte ou Klopp venham à baila. A verdade é que a meio da época, o Real não deve encontrar um substituto à altura e pode mesmo aguentar até junho.
A renovação mais importante parece ser necessária na frente. A tripla de sonho, BBC, já lá vai. Benzema, sempre criticado pelos adeptos, apesar dos 185 golos ao longo de nove épocas, estará no fim da linha. Nos últimos mercados tem sido associado à Premier e é natural que mais mês menos mês conheça o terceiro clube da sua carreira. Habituados a avançados mais técnicos e finalizadores (Ronaldo marca mais mas Benzema é uma grande ajuda a desgastar as defesas), os adeptos pedem outra opção. É normal que Icardi ou Lewandowski joguem de branco, muito em breve. Bale, fustigado por lesões, deve regressar a Inglaterra onde, por exemplo, o United o receberia com entusiasmo. Algo ofuscado pelo brilho de Ronaldo, o galês nunca explodiu como poderia e também pode dar lugar a outra estrela. Hazard, por exemplo. Por fim, Cristiano Ronaldo. Habituado a números surreais, o avançado português está a fazer uma temporada aquém do esperado. O melhor do mundo soma 16 golos em 24 jogos, o que sendo excelentes números estão abaixo do normal para ele. Ainda hoje se coloca a possibilidade de regressar ao United. Também já foi associado ao PSG. Clube do qual poderia vir Neymar, visto como símbolo de um novo Real.
É preciso, no entanto, não esquecer que o meio-campo também não tem correspondido. Casemiro está uns furos abaixo do que mostrou no ano passado (até marcava golos importantes) e Modric, já vai nos 32 anos. Na defesa, também Ramos já começa a precisar de mais descanso. A baliza precisa de mais qualidade.
O que fará o gigante já em janeiro? E no verão?