Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Visão do Peão

Visão do Peão

31/10/17

Contra a Juve, sem quatro titulares

1024.jpg

O Sporting recebe a Juventus daqui a pouco, para a quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Uma vitória e duas derrotas depois, o grupo decorre como era expectável, com o Sporting a superiorizar-se aos gregos e a perder (ainda que a jogar bem) com espanhóis e italianos. Hoje, Jesus deverá deixar de fora Piccini, Mathieu, Coentrão e William, quatro titulares. Para já, dados como indisponíveis por lesão, os quatro jogadores de cariz defensivo, devem, mais do que isso, serem poupados para o fim-de-semana, altura em que o Sporting recebe o Sporting de Braga, um obstáculo difícil na lutar pela manutenção no topo da tabela. Ante do hexacampeão italiano, Ristovski, Pinto, Jonathan e Palhinha terão que mostrar toda a sua qualidade. A bem do seu tempo de jogo e sobretudo da imagem do Sporting.

30/10/17

D10S

 

maxresdefault-2.jpg

Diego Armando Maradona, um dos maiores futebolistas de sempre, faz hoje 57 anos. Considerado um Deus para os argentinos e para os napolitanos, Maradona tem tido uma vida cheia. De glória. Mas também de excessos. Baixinho e franzino começou no Argentino Juniors, estreando-se pela equipa principal, aos 15 anos. Fez 166 partidas e marcou 149 vezes pelo Argentinos. Aos 16 anos tornou-se no jogador mais jovem de sempre a ser internacional A pela Argentina. Mal se sabia que seria o melhor jogador de sempre da história da Alviceleste. Jogou 25 minutos contra a Hungria, ao lado de monstros como Ardilles. Em 1978, a Argentina seria campeã do mundo mas Menotti não chamou Maradona, já admirado pelo país futebolístico.

maxresdefault.jpg

Em 1981 mudou-se para o Boca Juniors e iniciou uma história de amor que dura até hoje. Maradona é visto e celebrado com frequência em La Bombonera onde vês jogos do seu clube e onde festeja golos e títulos efusivamente. Em 1981-1982 fez 40 partidas, marcou 35 golos e venceu a liga argentina. Iria ao Mundial 82’, em Espanha, e passaria a jogar nesse país, onde vestiu a mítica camisola do Barcelona. No Mundial não teve sucesso. No Barcelona, não fez a história que quis. Jogou dois anos em Camp Nou mas a má relação com o presidente e o seu feitio “inquieto”, encurtaram o capítulo. Ainda assim venceu a Taça do Rei, o campeonato e a Supertaça. Fez 58 jogos e marcou 38 vezes.

001184041.png

Não estava escrito que fizesse história num gigante europeu, mas Maradona fez de um clube, um gigante europeu. O Nápoles, sediado numa cidade pobre e conotada ao crime organizado, recebeu de braços abertos o argentino, ele próprio pobre de nascimento e eterno rebelde. Antes de Diego, o Nápoles vencera duas Taças de Itália e pouco mais. Só ao terceiro ano, o Nápoles foi campeão. Maradona, já Campeão do Mundo pela Argentina, levou o Nápoles ao seu primeiro título de campeão italiano em 1987. Era adorado no sul de Itália e liderava uma equipa fabulosa que tinha ainda nomes como Ferrara, Carnevale ou Giordano. O Nápoles contrata o brasileiro Careca e quase se sagra bicampeão, perdendo para o Milan de Van Basten. Maradona levaria a equipa ao segundo título da sua história, mas apenas em 1989-1990. Antes, o Nápoles vencera a Taça UEFA, o primeiro e único troféu internacional do clube. No auge da carreira, Maradona, convocou o sul de Itália para torcer pela Argentina e não pelo seu país. Os sulistas seguiram a vontade de D10S. Nessa fase, já Maradona, rico e intocável, consumia cocaína. Seria apanhado pela primeira vez e suspenso. Soube-se também do seu envolvimento com a máfia. Sem condições de continuar em Itália, Maradona deixa para trás os seus melhores anos (199 golos em 259 jogos) e muda-se para o Sevilha. Não teve grande sucesso.

maradona-boca-1995.jpg

Nem teria no Newell Old Boy´s. Voltaria a sorrir no seu Boca Juniors, onde ficaria entre 1995 e 1997, jogando com homens como Caniggia.

1040747.jpg

Falta contar dois momentos que resumem bem Maradona. O Mundial de 1986, no México, onde levou o seu país ao título mundial e onde fez dois golos geniais, provavelmente os mais conhecidos da história do jogo: a “mão de Deus” e ainda aquele em que passa pela seleção quase inteira de Inglaterra antes de marcar golo, nesse mesmo jogo. O Mundial 1994, onde até marcou um golo, marcou a sua fase má. Foi apanhado com doping e expulso da competição.

15264092.jpg

Sempre de língua afiada, sempre disparou contra tudo e todos, sem medo de reações ou consequências. Génio rebelde, não se fixou no Barcelona, nunca foi para um Real Madrid ou Milan mas “fez” o Nápoles e fez pela Argentina, o que Messi não conseguiu até hoje. Luta até hoje com Pelé, Di Stefano, Puskas e provavelmente já com Ronaldo e Messi pelo título do melhor de sempre. A droga, as doenças e as muitas polémicas não apagam o seu génio. Deixam apenas espaço para pensar que ainda poderia ter sido melhor.

Diego-Maradona-Lionel-Messi-Argentina-640x480-Gett

Maradona tentou o passo seguinte. Ser treinador e entre 2008 e 2010, até chegou ao banco da Argentina. Nunca foi o astro que foi como jogador e hoje em dia trabalha na FIFA, sendo figura ativa daquilo que pretende que seja um futebol mais limpo. 

30/10/17

Montella não cai

transferir.jpg

O Nápoles não hesita e continua no topo da liga italiana. Este fim-de-semana recebeu e venceu o Sassuolo por 3-1 e continua com mais três pontos do que Juventus e Lázio (que também venceram as suas partidas). O Inter joga hoje e se vencer, volta ao segundo posto, com menos dois ponto do que os napolitanos. O Nápoles conta com a conquista de duas ligas italianas na sua história aquando do reinado de Maradona. Tem mordido os calcanhares à Juventus nos últimos anos mas não tem conseguido levantar o "caneco". Mas, o destaque continua a ser o Milan. 200 milhões depois, o Milan está no oitavo posto. Se tinha conseguido vencer o Chievo a meio da semana, perdeu agora, em casa, por 0-2, com a Juventus. Se se "pode" perder com alguém, é com a Juventus mas este já foi o quinto desaire em apenas 11 jogos. O Milan conta já com 16 golos sofridos, tantos quanto marcou. 

30/10/17

O mercado vem aí

iurimedeiros.JPG

O mercado de transferências abre daqui a cerca de dois meses. É tempo de refletir sobre as mudanças previsíveis no plantel do Sporting. Tobias Figueiredo ou André Pinto, Jonathan Silva, Iuri Medeiros, Matheus Oliveira, Rado Petrovic e Alan Ruiz devem esta de saída. Vamos por partes. No centro da defesa, Tobias e Pinto não parecem dar garantias e é natural que um deles venha a sair e que entre um central mais reputado. Com a lesão de Mathieu, André Pinto pode ganhar pontos e acabar por ficar. Na esquerda, Coentrão é frágil mas Jonathan não tem conseguido aproveitar as oportunidades. É natural que o argentino saia. No meio, Petrovic melhorou com o empréstimo ao Rio Ave mas não tem nível para dar descanso a William. Matheus, que tem evoluído desde que chegou a Portugal também não convence e o empréstimo deve ser a solução em janeiro. Um dos casos mais estranhos é o de Iuri Medeiros. Após boas épocas emprestado, Jesus deu-lhe finalmente a oportunidade de ficar no plantel mas o extremo português, aos 23 anos, nada mostra e tem tido minutos contra equipas de maior e menor nomeada. O Sporting precisa de dar descanso a Gelson e Acuna e Iuri não dá garantias. Por fim, Alan é a terceira ou quarta opção para apoiar Dost e deve mesmo procurar um novo desafio. Com economias limitadas, o Sporting não deve contratar número igual de jogadores mas prevejo que procure soluções económicas mas de qualidade para o centro da defesa, lateral esquerda, centro do meio campo e alas ofensivas.

26/10/17

Caixinha despedido

SNS-13417259-Rangers-v-Hamilton.jpg-900x540.jpg

Pedro Caixinha já não é o treinador do Glasgow Rangers. No segundo ano após o regresso à primeira divisão, era esperança da direção, que o Rangers lutasse com o Celtic pelo título da fraca liga escocesa. O histórico Glasgow Rangers leva 54 vitórias no campeonato e o Celtic, mesmo sendo campeão consecutivamente desde 2011, leva “apenas” 48. Com um orçamento pequeno, Caixinha rodeou-se de portugueses. Uns mais conhecidos, como o campeão da Europa Bruno Alves (ex-Fenerbahce) ou Candeias (Alanyaspor) e outros, menos como Fábio Cardoso (Vitória de Setúbal) e Dálcio (Benfica B). Contratou ainda o mexicano Peña, que tinha estado na rota de Sporting e Arsenal mas nunca tinha vindo para a Europa. Com um plantel fraco, arrisco-me a dizer que havia pouco a fazer, sendo que o nível das outras equipas, também não é alto. Para além de Bruno Alves, apenas o croata Niko Kranjcar ou o escocês Kenny Miller tiveram carreiras de relevo. Na liga, o Rangers leva 5 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, estando no quarto posto a 5 pontos do segundo e 8 do Celtic. O maior desaire de Caixinha foi mesmo a precoce eliminação da Liga Europa aos pés de uma modesta equipa luxemburguesa. Caixinha, após percurso interessante no México pouco ganhou com a mudança e o Rangers também não tirou dividendos da aposta. A verdade é que já não é tempo de vacas gordas e no Ibrox já não atuam homens como Barry Ferguson, Brian Laudrup, Paul Gasgoine ou Ally McCoist e este será, provavelmente, o problema maior.

25/10/17

A Lázio

2010276-dicanio.JPG

A Lázio vai patrocinar a visita a Auschwitz de 200 adeptos seus, por ano. Em causa, está uma fotomontagem de Anne Frank, com a camisola da Roma, usada para provocar os rivais da Roma. A Lázio tem sido associada, nos últimos anos, a movimentos de extrema-direita, com tendências antissemitas. Em 2005, ao festejar a vitória sobre a Roma, Paolo Di Canio (esse que venceu o prémio Fair Play da FIFA) fez a saudação romana (semelhante à nazi) para as bancadas, que exultaram. O avançado ainda se desculpou e afastou de qualquer movimento político mas no ano passado seria despedido de uma cadeia de televisão, após mostrar uma tatuagem de homenagem a Mussolini. Episódios tristes não faltam na história da Lázio que ainda recentemente jogou à porta fechada depois de ter sido castigada por cânticos nazis das bancadas. Este excelente texto resume bem o ambiente em torno da equipa, que acredito, seja apoiada por uma maioria de pessoas sem esta ideologia, aliás, como pude ver, empiricamente, quando assisti a um jogo da Lázio, no Olímpico. Chega agora, mais uma página triste, da qual o presidente e o treinador se tentam distanciar.

Pág. 1/4

Mais sobre mim

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub