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Visão do Peão

Visão do Peão

Yazalde

Francisco Chaveiro Reis
31
Ago17

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Hector Yazalde, avançado argentino, só jogou quatro anos no Sporting mas ficou para sempre conhecido como um dos maiores avançados que actuou em Portugal. Em 1973/1974, marcou 50 golos. 46 foram no campeonato, um recorde que nem mesmo Jardel conseguiu bater. O Chirola, já falecido, é um dos maiores de sempre. 

Nasceu em 1946 em Buenos Aires e faleceu 51 anos depois, na mesma cidade, vítima de  vítima de uma cirrose hepática e paragem cardíaca. Iniciou-se no Indenpendiente, histórico clube argentino, onde foi goleador. Chegou a Alvalade em 1971/1972 para se juntar a Victor Damas, Victorino Bastos, Manaca, Hilário ou Chico Faria. Em quatro épocas venceria apenas um campeonato e duas taças mas foi duas vezes o melhor marcador da prova e uma delas, a dos 46 golos, o melhor marcador da Europa. Mudou-se para o Marselha e durante pouco mais do que um ano, foi goleador, aquilo que melhor sabia fazer. Regressou à Argentina para jogar pelo N.O. Boys e Huracán. Pela Argentina, só jogou 10 vezes mas marcou dois golos, ambos no Mundial 1974. 

Fecho do mercado: Alemanha

Francisco Chaveiro Reis
31
Ago17

Na Alemanha o mercado já fechou. Nos últimos dois dias, a grande movimentação até foi um empréstimo. Após ter sido associado a Milan, Juventus, Liverpool ou Manchester United, Renato Sanches deixou o Bayern e juntou-se ao Swansea. O empréstimo rende mais de 8 milhões de euros aos bávaros.

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Na parte de entrada, o Leipzig, que jogará a Liga dos Campeões, contratou Kampl ao Leverkusen. O extremo já atuou também pelo Dortmund. A Wolfsburgo, de onde saiu o português Vieirinha para regressar ao PAOK, chegou, por empréstimo do Liverpool, o belga Divock Origi. O Estugarda, de regresso ao principal escalão, fez regressar o lateral Beck, após uma experiência no Besiktas. O Dortmund pós-Dembelé apresentou Toljan, promissor defesa alemão, ex-Hoffenheim e ainda Sancho, jovem médio inglês, ex-Manchester City. A Bremen chegou o argelino Belfodil, emprestado pelos belgas do St. Liége. Mas, o destaque maior vai para o talento Lucas Alario, avançado móvel argentino que troca o River Plate pelo Leverkusen. 

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O top de negócios da Bundesliga é encimado por Tolisso, que trocou o Lyon pelo Bayern, logo na abertura do mercdo, por cerca de 41 milhões. O Bayern gastou mais de 100 milhões, garantindo ainda Coman (21), Sule (20) ou Gnabry (8). O vice-campeão Leipzig gastou mais de 57 milhões, gastando 20 em Kampl. Bruma e Agustin custaram cerca de 13 milhões, cada. O Dortmund, que contratou Yarmolenko por 25 milhões, fez a segunda compra mais cara da liga. Philipp (Freiburgo) custou 20. O terceiro maior negócio foi Retsos, do Olympiacos para o Leverkusen, por 22 milhões. 

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Ao todo entraram 225 jogadores e saíram 201. A média de gastos foi de 33 milhões sendo que ao todo foram gastos quase 600 milhões de euros. Menos 80 do que os clubes receberam. 

 

 

 

 

Loucura em Braga

Francisco Chaveiro Reis
31
Ago17

A Lázio de Roma onde Fernando Couto e Sérgio Conceição chegaram a ser figuras de proa, contratou entre ontem e hoje mais três portugueses. Um, Nani, é visto como o substituto de Keita Baldé. Mesmo perdendo fulgor como fiz notar aqui, acaba por ser uma opção mais ou menos natural. Chocante, é o negócio que leva dois júniores do Braga - Neto e Jordão - das camadas jovens dos Gverreiros para Roma, por 26 milhões de euros. À proporção, é um dos melhores negócios da janela de mercado. No negócio, está, claro, envolvido Jorge Mendes. Segundo notícias, a Lázio ainda terá oferecido 20 milhões por Xadas. O que leva a Lázio, tão contida nos últimos anos, a vender a sua estrela (Baldé) por 30 milhões, para dias depois oferecer 46 milhões por três desconhecidos? 

André Cruz

Francisco Chaveiro Reis
30
Ago17

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Chegou a Alvalade em janeiro de 2000, já com uma carreira feita. Não se esperava muito dele mas cedo se percebeu que não só era um defesa de betão, como era um dos melhores goleadores da equipa. Com ele, os livres directos eram penalties. 

Depois de fazer 13 jogos pelo Torino, André Cruz, defesa brasileiro de 32 anos, aterrou em Alvalade. Escolheu a camisola 50 e tornou-se imediatamente titular. Fez 23 jogos, marcou 5 golos e foi campeão. Automaticamente tornou-se num dos favoritos das bancadas. Nascido há 49 anos em Piracicaba, Brasil, iniciou-se no Ponte Preta, onde jogou entre 1986 e 1989. Deu o salto e jogou um ano no Flamengo ao lado de Renato Gaúcho, Marcelinho Carioca, Djalminha ou Leonardo. Como qualquer jogador brasileiro, sobretudo naquela época, quis saltar para a Europa e o destino foi a Bélgica. De 1990 a 1994, defendeu o S. Liége. Não foi ao Mundial dos EUA mas ganhou uma promoção. Mudou-se para o então melhor campeonato da Europa, o italiano, e passou a ser jogador do Nápoles. Passou três anos no San Paolo. Subiu mais um degrau e fez parte do plantel do Milan, onde não vingou e trintão, regressou a Liége. Passou por Torino e aterrou em Lisboa para dois anos inesqueciveis. Os seus golos de livre são a imagem de marca que até hoje serve de medida a todos os defesas que chegam a Alvalade. Mas, mesmo sem eles, era um defesa de exceção. Ainda jogou pelo Goiás e Internacional, antes de se retirar em 2004. Jogou 33 vezes pelo Brasil o que, tendo em conta que foi comtemporaneo de homens como Ricardo Gomes, Aldair, Zago, Márcio Santos ou Júnior Baiano, não foi nada mau. 

Iordanov

Francisco Chaveiro Reis
29
Ago17

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Poucos jogadores terão conquistado tanto respeito e carinhos das bancadas de Alvalade como Iordanov. O búlgaro, que passou a maior parte da carreira em Portugal, era avançado mas chegou a ser central, jogou com a camisola 9 e com a maldita 7 e a  sua garra abriu-lhe as portas do estatuto de lenda. Foi o primeiro estranheiro a ser capitão do Sporting e só teve direito a jogo de despedida, 9 anos depois de abandonar a modalidade. Esteve 10 anos em Alvalade e será sempre lembrado por aqueles dois golos ao Marítimo, no Jamor, em 1995. 

Ivaylo Iordanov, hoje com 49 anos, nasceu em Samokov, Bulgária. Deu nas vistas em clubes modestos como o Rilski Sportist e o Loko Gorna antes do Sporting ter a boa ideia de o contratar, em 1991. No ano de estreia, com 24 anos, marcou 10 golos em 31 partidas. O Sporting, mesmo com estes golos e a presença de outros craques como Figo, Cadete, Peixe, Careca ou Litos, não passou do quarto posto. Iordanov teria que esperar até 1995 para conquistar o primeiro título pelo clube. Dois golos seus, no Jamor, contra o Marítimo, deram a Taça de Portugal ao Sporting. Festejou na despedida de Juskowiack (Wolfsburgo), Balakov (Estugarda), Figo (Barcelona) e Amunike (Barcelona). Em 1996, festejou o segundo título. Conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira. A final, a duas mãos, deu um 0-0 e um 2-2. Na finalíssima, jogada no Parc des Princes, em Paris, vitória por 3-0 com Sá Pinto e Carlos Xavier a decidirem. Esperaria até 2000 para ter a alegria suprema: ser campeão. Aí era suplente, tendo Acosta à frente mas ajudou em 15 jogos e marcou um golo. Faria apenas 2 jogos em 2000/2001 e deixaria os relvados, com dez anos de Sporting e o agradecimento eterno dos adeptos. Com grande atraso, o novo estádio fez-lhe uma justa homenagem em 2010. Menos (cerca de 16 mil) do que estava habituad foram ver o seu jogo de homenagem. Eu estava lá e o sortudo fui eu. Pela seleção, fez 50 jogos aos lado de Balakov ou Stoichkov. Esteve no Mundial 1994 onde a Bulgária ficou em quarto e disputou ainda o Euro 1996 e o Mundial 1998. Vive na Bulgária e, quando ainda jogava, foi-lhe diagnosticada Esclerose Múltipla, doença com a qual vive, como um campeão. 

Mor em Vigo

Francisco Chaveiro Reis
29
Ago17

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Reforço surpresa. Emre Mor é jogador do Celta de Vigo, um ano apenas a sua chegada ao Borussia Dortmund. O extremo de 20 anos, com nacionalidade turca e dinamarquesa, deu nas vistas na Dinamarca, onde nasceu, defendendo o Nordsjaelland. Chamou à atenção dos olheiros do Dortmund, clube que pagou 10 milhões pelo prodígio. Com jogadores de maior nomeada à frente, fez 19 partidas e marcou 1 golo. Os alemães não hesitaram em vende-lo, um ano depois, com um pequeno lucro. Quem fica a ganhar, é o Celta. 

Keita Baldé muda-se para França

Francisco Chaveiro Reis
29
Ago17

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Ao mesmo tempo que continua a somar vendas multimilionárias, o Mónaco continua a comprar de forma rápida e inteligente. Depois de ter garantido Jovetic, mesmo antes de confirmar o adeus de Mbappé, acaba de garantir Keita Baldé, mesmo antes do previsivel adeus de Lemar, pretendido por Liverpool ou Arsenal. Falado há meses como possível reforço de Juventus, Inter ou Milan, o Mónaco fez um raide por Roma e contratou o extremo por 30 milhões de euros. O extremo de 22 anos, com dupla nacionalidade, espanhola e senegalesa, fez parte da formação no Barcelona antes de ingressar na Lázio. Será mais um talento para Jardim potenciar. 

Nani

Francisco Chaveiro Reis
29
Ago17

 

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Após dar nas vistas na equipa de júniores, o extremo Nani subiu aos séniores do Sporting pela mão de Paulo Bento. Usou a camisola 18, numa equipa que incluia Liedson e outros jovens da Academia como Djaló, Veloso ou Moutinho. Venceu duas Taças de Portugal e chamou à atenção do gigante Manchester United que o contratou por 25 milhões de euros. Juntou-se a Cristiano Ronaldo, Anderson, Rooney ou Rio Ferdinand. Jogou sete épocas em Old Trafford. Nas primeiras três temporadas, fez muitos jogos. Mas foi em 2010/2011 e 2011/2012 que mais deu nas vistas: fez 89 partidas e marcou 20 golos. Com a saída de Ronaldo para Madrid, Nani chamou a si a responsabilidade de ser a estrela da equipa. Em Manchester, venceu quatro ligas e uma Liga dos Campeões. Em 2012/2013 e na época seguinte, perdeu fulgor. Fez cerca de metada dos jogos nas épocas anteriores e sem surpresa, o Manchester quis a sua saída. Regressou ao Sporting em 2014. Foi recebido em festa e de facto, fez boas exibições. Em 37 jogos, marcou 12 vezes, incluindo este golo de antologia ao Gil Vicente. Não voltou ao United, acabando por ser transferido para o Fenerabahce. Na Turquia, fez 47 jogos e marcou 12 vezes. Seguiu-se o Valência, numa péssima época a nível colectivo e onde o extremo não conseguiu brilhar. Jogou 26 vezes e marcou 5 golos. Não deve ficar em Espanha. Ontem até foi associado ao Sporting mas aos 30 anos e com um salário principesco, o seu percurso irá continuar no estrangeiro. O que se segue para Nani? Aos 30 anos, já não tem o repentismo dos anos de Manchester e há jogadores que perdem parte do seu bilhantismo, como se a sua carreira tivesse um prazo de validade mais curto do que a dos outros. Ainda assim, continua a ter qualidade e pode ser uma grande ajuda para uma equipa de uma liga de segunda. Grécia, Rússia ou mesmo China são as minhas apostas. 

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