Irmãos à custa de irmãos
Já aqui dedicamos um artigo aos gémeos no mundo do futebol. Poderíamos ainda falar de irmãos (que não gémeos) como Sócrates e Raí, Michael e Brian Laudrup ou Kolo e Yaya Touré. Mas hoje queremos falar daqueles irmãos que são contratados mais a pedido do familiar do que por vontade do clube. Gigi Donnarumma, prodígio do Milan, esteve para deixar a equipa. Num volta-face aceitou um salário principesco. Hoje é anunciada a chegada do irmão Antonio, também guarda-redes, que tem tido uma carreira modesta (Asteras Tripolis, Génova, Bari) e receberá um milhão de euros por ano. É difícil de entender a contratação senão pelo grau de parentesco com um homem que o Milan queria amarrar e ao qual terá dito que sim a todos os pedidos. Também em Portugal tivemos casos semelhantes. Alan Ruiz, estrela argentina, quis trazer o irmão Federico. Fez um jogo pelo Sintrense, mas assinou com o Sporting, que o emprestou. Já acontecera o mesmo quando o Milan, onde brilhava Kaká, se lembrou de contratar Digão, central. Escusado será dizer que não vingou. Andou de empréstimo em empréstimo, com passagem pelo Penafiel, e acabou a carreira na MLS.
Antes o mesmo acontecera no Benfica. Uros viajou com o irmão Nemaja Matic. Sem surpresa não passou da equipa B. Ainda assim, continuou a carreira em clubes interessantes como Sturm Graz, NAC Breda ou Copenhaga. Também Filip veio com Lazar Markovic para a Luz. Teve o mesmo destino de Uros, a equipa B. Hoje está na Bélgica.
Também sem sucesso, Chedric acompanhou Clarence Seedord em Madrid e Milão; Julio seguiu Roque Santa Cruz para o Blackburn Rovers ou Jonathan que se foi para o Crystal Palace com o irmão Christian. Bem diferente é a histórias dos Hazard. Thorgan seguiu Eden para Londres, não vingou mas é a estrela do histórico Borussia M´gladbach e um valor seguro do futebol belga.