Mercado não mexe em Alvalade
Poucas entradas e poucas saídas. O mês de janeiro tem sido demasiado parado em Alvalade.
O Sporting precisa de reforços para ser campeão (em 2000, César Prates, André Cruz e Mbo Mpenza mostraram-se essenciais). Faz falta o tal central, patrão da defesa que Naldo e Ewerton não são. Faz falta um extremo que desequilibre com mais experiência que Gelson e Matheus e com mais rotina na posição do que Mário, Bruno César ou mesmo Ruiz. E faz falta um outro avançado, que substitua Slimani em caso de necessidade e que seja lançado para a área com o argelino em jogos como o do Tondela, em que a equipa adversária se fecha.
Para já entraram Zeegelaar e Bruno César. O defesa-esquerdo holandês deve ser a sombra de Jefferson mas pouco mais ameaçador será do que Silva, promissor argentino, emprestado ao River Plate. O Sporting nada ganhou com a troca. Já o brasileiro, pode ser uma boa adição. Não representou custos e na estreia marcou dois belos golos. César tem bom remate e sabe marcar livres. Pode ser importante mas não é com ele que o Sporting fará a diferença. Na porta da saída, passaram Silva e Viola, este cedido por 18 meses ao AEL de Chipre. O Sporting nada ganha com esta saída, mas poupa salários. Nada brilhante esta operação mas ao menos, não teve custos.
Sem qualidade para serem mais-valias e portanto com a porta aberta estão Mané (associado a clubes ingleses e franceses antes de se falar num empréstimo ao Celtic), Martins (acaba contrato em junho e o Sporting ainda poderá ganhar uns trocos com ele) e Tanaka (não joga e pode ser útil para equipas de meio da tabela um pouco por toda a Europa). A estes juntam-se Rosell, Labyad e Salomão, em busca de colocação, mas não a qualquer custo. Para emprestar e ganharem ritmo estão na calha Esgaio (se Schelotto convenceu Jesus), Tobias (a recuperar de lesão), Fokobo, Dramé ou Sacko. Ganhar alguns milhões com estes jogadores, significaria atacar o mercado com algum fôlego.
Esperemos é que o mercado comece a mexer o quanto antes.