Para alegria portista e tristeza verde e vermelha, Julen Lopetegui deixou o FCP. Sem experiência em equipas (o seu CV tinha um bom trabalha nas camadas jovens de Espanha), o basco foi aposta arriscada de Pinto da Costa. Como a anterior – Paulo Fonseca – falhou.

Se Fonseca falhou por falta de experiência e de estatuto, Lopetegui falhou por nunca perceber a grandeza do clube onde estava e por contrariar o ADN portista. Neste ano e meio, a equipa do FCP perdeu a garra nortenha que lhe era característica. Alguns homens que personificavam essa garra, como Josué ou Quaresma foram afastados. Este ano, André André, estava a começar a ser ignorado, como que a dizer que as personalidades forte à Porto não eram bem-vindas pelo espanhol.

Depois de nada ganhar com Fonseca, no Dragão apostou-se em gastar muitos milhões para regressar aos títulos. No ano passado, Lopetegui falhou a toda a linha. Foi eliminado da Taça da Liga pelo Marítimo (a história repete-se este ano); ofereceu a Taça de Portugal ao Sporting ao jogar com suplentes numa eliminatória no Dragão; foi esmagado pelo Bayern (mesmo tendo mérito de ter ganho ao gigante bávaro no Dragão) e perdeu a liga na reta final.

Este ano, gastou-se ainda mais. Só Imbula, que o espanhol não aproveitou minimamente e que tem tudo para ser um dos melhores médios do mundo nos próximos dez anos, custou a soma recorde de 20 milhões. No consolado de Lopetegui não faltam flops: Jose Angel, Cissokho, Indi (o internacional holandês nada mostrou até agora), Hernâni ou Campaña.

Sem surpresa, Lopetegui sai. O FCP nada ganhou e perdeu, isso sim, muitos milhões. Quem se segue? Nuno? Villas Boas?