Bee Taechaubol, milionário tailandês, vai ser dono de parte do Milan. Berlusconi quer continuar a deter a maioria do clube e a ter um cargo de relevo mas, já cheira dinheiro fresco para os lados de San Siro. Isto significará um feroz ataque ao mercado. É que o Milan prepara-se para ficar de fora das competições europeias pelo segundo ano consecutivo, após apostas falhadas em antigos ídolos dos relvados (Inzaghi e Seedorf) cujo amor ao clube, só por si, não serviu para liderar as trocas. No banco, estará o primeiro desafio. Fala-se no regresso de Carlo Ancelotti, homem da casa que ganhou tudo como jogador e treinador e, ainda, em Unai Emery (Sevilha), Jorge Jesus e Julen Lopetegui. Um homem experiente, habituado à pressão e com mentalidade vencedora seria a melhor escolha mas, Mourinhos, há poucos. Veremos. O plantel, esse, irá sofrer uma revolução. A liga italiana está em crise, mais fraca que nunca mas, já se sabe que o dinheiro faz milagres. Veja-se que levou Eto´o e companhia para os confins da Rússia ou Rivaldo para o Cazaquistão. Levar meia dúzia de estrelas para jogar em Milão, não parece missão assim tão dura. Não serão Messi, Ronaldo, Neymar ou Bale mas, esperam-se boas compras. E caras.
A baliza do Milan precisa de um monstro. Abbiati está em fim de carreira e Amelia e Gabriel não vão passar de suplentes. Diego Lopez, renascido pelas mãos de Mourinho pode ficar mas, no novo Milan, não me admirava que houvesse mudança. Penso, claro, em Petr Cech, um dos melhores do mundo, que tem sido suplente. E um negócio que envolvesse a ida de Lopez para Londres, não era de descartar.
Na defesa, Abate e De Sciglio dão garantias de qualidade. Ambos jogam na direita mas o segundo tem sido utilizado na esquerda. Penso que chegará um lateral esquerdo. Kolarov, secundário no elenco do City, poderia regressar à liga onde mais brilhou. Antonelli poderia compor o setor, ficando o Milan com quatro opções para as laterais. Albertazzi deve procurar novo desafio. Bochetti, emprestado, não convence.
No centro, Alex e Paletta destacam-se e devem ficar. Rami, Zapata, Méxes, Zaccardo e Bonera, não. Os franceses são lentos e terão mercado em Inglaterra. O colombiano nunca mereceu a oportunidade e os veteranos italianos já não estão à altura. Faltam dois homens. Dória, amor antigo, falhou em Marselha mas ainda vai a tempo, aos 20 anos, de ser grande (está emprestado ao São Paulo). Falta um patrão (Alex já não vai para novo). Rose e Umtiti (Lyon), Virgil Van Djik (Celtic), Schar (Basileia) são nomes interessantes e jovens que podem liderar um novo Milan.
No meio, acreditando, numa zona intermédia com três homens, De Jong, Poli, Honda (pode ser extremo) e Montolivo devem ficar. Essien, Muntari e Van Ginkel têm o lugar em perigo. Aqui, fazem falta dois homens. Um médio combativo que dispute o lugar com De Jong mas seja um pouco mais fino a jogar e um dez que acrescente qualidade. Clasie (Feyennord), William (Sporting) ou Verrati (PSG) são hipóteses para a primeira opção. Pastore (PSG),« ou Wjinaldum (PSV), ficariam bem na segunda vaga.
No ataque, para as alas, faltam fantasistas. Di Maria, suplente do United, seria a primeira contratação a fazer. Menez deve manter-se. Faltariam dois. Gaitán (Benfica) seria um dos nomes interessantes a contratar. Niang não deve voltar do empréstimo e o lugar de El Shaarwary está em perigo. Lazar Markovic, secundário em Anfield, poderia ganhar nova vida em Itália.
Para o ataque, é preciso uma estrela. Dzeko, sempre ignorado em Inglaterra, seria garantia de golos. Mitrovic (Anderlecht) poderia ser a outra opção de ataque. Pazzini, Cerci e Destro pouco têm feito pelos golos do Milan e não devem contnuar de vermelho e preto.