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Visão do Peão

Visão do Peão

Seg | 03.06.13

Mourinho no Chelsea, o remake

Francisco Chaveiro Reis

 

 

 

"Nunca voltes a um sítio onde foste feliz", costuma dizer-se. Contrariando esse adagio popular, Mourinho foi hoje anunciado como treinador do Chelsea. O português teve grande sucesso na primeira passagem pelo clube inglês, capitalizando o dinheiro imenso de Abramovich. Depois de duas grandes épocas, Mourinho claudicou na terceira e o impaciente patrão russo deu-lhe guia de marcha. Seguiram-se duas épocas de ouro no Inter e três no Real onde não conquistou os jogadores e adeptos.

 

O que esperar de Mourinho nesta segunda passagem pelo Chelsea? O que mudou na sua ausência?

 

O que se espera é a luta pelo topo do futebol inglês, algo que tem escapado ao clube. Espera-se que escolha alguns reforços de qualidade e que destrone o United, agora sem Fergunson, do topo, vencendo, de preferência dois ou três campeonatos de rajada. Para isso terá que começar por formar um plantel vencedor. Faltam dois laterais de maior qualidade, um oito ao estilo de Lampard, um avançado mais concretizador do que Torres e um extremo.

 

Na baliza, Cech e Turnbull dão garantias. Há ainda Courtois, emprestado ao Atlético de Madrid e o veterano Hilário, "descoberto" por Mourinho no Nacioanal. Na defesa, César, Cole e Bertrand são os laterais, após a saída de Ferreira, que acaba a carreira. Com Cole em fim de carreira, apostaria na contratação de um lateral mais experiente que Bertrand, apesar da sua qualidade. Coentrão seria boa opção. Para a direita é preciso um craque. Lukas, do Dortmund seria o meu escolhido. Para o meio, há Terry, Ivanovic, Luiz e Cahill.

 

No meio, talvez volte Essien, emprestado ao Real de Mourinho, utilizado a espaços. Ainda assim, está muito longe daquilo que foi. Mourinho deve apostar num duplo pivot. A Oriol Romeu e a Mikel juntar-se-ão dois jogadores. De Rossi é um dos pedidos. Um seis raçudo também deve estar nos planos.

 

Para jogar a dez, há Lampard e Óscar, que pode também jogar nas alas. Penso que deve chegar outro homem. Talvez Modric, que não explodiu em Madrid. Para as alas, Mata, Hazard e Moses. Um extremo mais "puro" como Di María deve chegar se não for para Paris. Para atacar a baliza há Ba e Torres mas creio que chegará outro craque que não Lukaku.

 

O que mudou?

 

Primeiro, Mourinho não terá Sir Alex, Benitez e terá Wenger mas longe dos tempos aureos do Arsenal. Fergunson reformou-se e não haverá troca de garrafas de vinho e de impressões; Rafa já não mora em Liverpool. Até morou e venceu em S. Bridge antes de assinar pelo Nápoles e o francês já não lidera o Arsenal na luta pelo título. O pacato Pellegrini não deve entrar em polémicas e Mourinho terá que se esforçar um pouco mais para encontrar adversários para os seus mind games. Além disso, a sua tática de chamar a si os focos, é já conhecida e não a novidade que era quando chegou à Premier.

 

Depois, com a entrada em campo de PSG, Mónaco ou City, o mercado está inflacionado e há vários clubes novos ricos a disputarem as estrelas. Por exemplo, Falcao, arrebatado pelo Mónaco, seria interessante para o ataque do Chelsea. O Chelsea já não pode comprar tudo o que mexe pois a competição é feroz. Isto obriga a uma maior rapidez e talvez uma fuga aos alvos mais óbvios. O desafio será bom para Mourinho.

 

Seja como for, Mourinho está de volta e a liga inglesa vai tornar-se bem mais interessante.

 

 

 

Seg | 03.06.13

Começa hoje a carreira de Neymar

Francisco Chaveiro Reis

 

 

Começa hoje a carreira de Neymar. O astro brasileiro já foi apresentado no Barcelona, deixando para trás o clube e o país onde era adorado. Longe da proteção e da projeção alcançada, começa do zero, junto a alguns dos melhores jogadores do mundo no clube que melhor futebol apresentou nos últimos anos.

Seg | 03.06.13

Gelson dispensado do Sion

Francisco Chaveiro Reis

 

 

 Fiquei agradado com a contratação de Gélson Fernandes. Internacional suíço que deixara boa imagem no Mundial 2010, com passagens por ligas competitivas, um bom pontapé e, ainda por cima, de origem cabp-verdiana e, logo, falante de bom português, parecia ser um grande reforço. Não foi. Nada acrescentou à equipa que não o seu salário principesco para a realidade portuguesa. Em janeiro regressou ao modesto Sion da liga suiça. Era de prever que lá ficasse, emprestado, ano e meio. Ficou meio e foi dispensado. E agora? Fala-se em Itália mas quem o quer agora e, principalmente, por quanto?