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Conhecido também pela sua farta cabeleira e pela forma acrobática como festeja os seus golos, Fernando Couto foi um dos melhores centrais europeus dos anos 90 e 2000, tendo-se destacado em Itália e passado pelo Barcelona. Acabou a formação no FCP e foi pelos portistas que se estreou no fim dos anos 80, fazendo 1 jogos em 1987-1988, numa altura em que reinavam Geraldão, Celso e Lima Pereira. Passou por empréstimos a Famalicão e Académica antes de se fixar no FCP como titular quatro anos seguidos. No primeiro ano do regresso, dividindo a defesa com João Pinto, Aloísio ou Branco, venceu taça e supertaça. No ano seguinte, campeonato e supertaça, com Baía, o malogrado Rui Filipe, Timofte, André ou Kostadinov. Ao terceiro ano mais um campeonato e ao quarto, mais uma taça e uma supertaça. Nessa mesma época, 1993-1994, chegou às meias finais da Liga dos Campeões, caindo aos pés do Barcelona.
No verão de 1994, Couto aterrou em Parma para reforçar a grande equipa de então, juntando-se a Bucci, Mussi, Crippa, Dino Baggio, Asprilla ou Zola. Couto esteve em 44 jogos e marcou 7 golos, a melhor marca da carreira numa só época. Perderia espaço na época seguinte, mas ainda assim foi contratado pelo Barcelona, encontrando Sir Bobby Robson, que o treinara no Porto. Fez 35 jogos e 2 golos na primeira época em Espanha e, com Ronaldo, Figo e Guardiola venceu a Taça das Taças, Taça do Rei e supertaça de Espanha. Fez uma segunda época, já com Van Gaal, vencendo campeonato, taça e supertaça europeia.
Regressou a Itália para 7 épocas na Lázio, onde fez 215 jogos e marcou 11 vezes. Conviveu com homens como Sérgio Conceição, Salas, Crespo, Mancini, Nedved, Simeone, Almeyda, Nesta ou Mihajlovic. Venceu a Taça das Taças e a taça italiana logo na estreia. Na segunda, campeonato, taça e supertaça europeia. Na terceira, supertaça italiana. Venceu ainda uma última taça italiana. Terminou a carreira após mais 3 épocas num Parma bem diferente do que conheceu nos anos 90. Pendurou as botas, aos 38 anos, em 2008.
Por Portugal, 110 jogos e 8 golos, não chegando à fase em que a seleção passou a não falhar uma qualificação para grandes provas. Ainda assim, esteve nos Euros 1996, 2000 e 2004 e no Mundial 2002. Foi campeão do mundo de sub-20 em 1989, em Riade, ao lado de Bizarro, Tozé, Hélio, Filipe, Jorge Couto, Amaral, Paulo Alves ou Folha.